sábado, 17 de fevereiro de 2024

“AI DELES!


“AI DELES!”

“Ai deles! Porque prosseguiram pelo caminho de Caim, e, movidos de ganância, se precipitaram no erro de Balaão, e pereceram na revolta de Corá. (Jd 1.11).

É de se questionar por que Judas os censura tão severamente, quando acabara de dizer que não fora permitido a um anjo pronunciar acusação injuriosa contra Satanás. Mas não era o seu propósito estabelecer uma regra geral. Ele apenas explicou brevemente, pelo exemplo do arcanjo Miguel, quão intolerável era a loucura deles quando censuravam insolentemente o que Deus honrou. Sem dúvida era lícito a Miguel fulminar Satanás. E sabemos quão veementemente os profetas ameaçavam os ímpios. Mas, quando Miguel absteve-se da severidade extrema (de outro modo legítima), que loucura seria não observar moderação para com aqueles que se sobressaem em glória? Mas quando pronunciou maldição sobre eles, Judas não imprecou tanto o mal sobre eles, mas antes lembrou-os o tipo de final que os aguardava. E fez isto para que não levassem outros consigo à perdição.

Ele diz que aqueles eram imitadores de Caim, o qual, sendo ingrato a Deus perverteu a sua adoração por um coração ímpio e mau, tornando-se maldito sobre a terra. Ele diz que estavam enganados pela recompensa como Balaão, porque adulteravam a doutrina da verdadeira religião por lucro imundo. Ele diz, em terceiro lugar, que eles imitavam a contradição de Corá, porque perturbavam a ordem e tranquilidade da igreja.

Deus te abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário. 

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