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domingo, 25 de maio de 2025

“AMAI O SENHOR, VÓS TODOS OS SEUS SANTOS”


“AMAI O SENHOR, VÓS TODOS OS SEUS SANTOS”

“Amai o SENHOR, vós todos os seus santos. O SENHOR preserva os fiéis, mas retribui com largueza ao soberbo” (Sl 31.23).

Em minha opinião, o salmista Davi, neste ponto, não exorta os santos a temerem e a reverenciarem a Deus, como muitos pensam, senão que os encoraja a confiarem nele; ou, noutros termos, a se devotarem totalmente a ele, pondo nele toda sua esperança e se entregando inteiramente a ele, não se permitindo buscar a nenhum outro. Donde procede que nossos próprios planos nos deleitem tanto, senão porque não nos deleitamos em Deus tanto quanto deveríamos e porque nossas aflições não abrem caminho para ele? Este amor de Deus, portanto, envolve nele todos os desejos do coração. Por natureza, todos os homens desejam profundamente viver num estado de prosperidade e felicidade; mas enquanto a maioria vive fascinada pelos encantos do mundo, e preferem suas mentiras e imposturas, raramente um em cem põe seu coração em Deus. A razão que imediatamente se segue confirma esta interpretação; pois o salmista inspirado incentiva os humildes a amarem a Deus, porque ele preserva, os fiéis, como se desejasse que repousassem satisfeitos sob a guarda divina e reconhecessem que nela encontrariam suficiente socorro. No ínterim, ele os admoesta a conservar uma boa consciência e a cultivar a retidão, visto que Deus promete preservar somente aqueles que são íntegros e fiéis. Em contrapartida, ele declara que Deus sobejamente premia os soberbos, a fim de que, quando observarmos que eles, por algum tempo, prosperam com demasiado êxito, uma indigna emulação não nos seduza a imitá-los, e que sua insolência e o ultraje que cometem, enquanto acreditam que são livres para fazerem o que lhes apeteça, não esmigalhemos nem angustiemos nossos espíritos. Isto equivale ao seguinte: Embora os ímpios se gabem, enquanto prosseguem impunemente em sua perversidade, e os crentes são acossados com muitos temores, enfrentando os muitos perigos, que se devotem a Deus e nutram confiança em sua graça, porquanto ele sempre defenderá os fiéis e retribuirá os soberbos segundo seu merecimento.  

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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