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quinta-feira, 15 de maio de 2025

“O SENHOR É O MEU PASTOR” - Parte 2


“O SENHOR É O MEU PASTOR” - Parte 2

“O SENHOR É O MEU PASTOR, NADA ME FALTARÁ” (Sl 23.1).

Sob a similitude de um pastor, Davi enaltece o cuidado com que Deus, em sua providência, havia exercido para com ele. Sua linguagem implica que Deus não tinha menos cuidado para com ele do que um pastor tinha para com as ovelhas que eram postas em sua responsabilidade. Deus, na Escritura, frequentemente toma sobre si o nome e assume o caráter de um pastor, e isso de forma alguma é o emblema de um frágil amor por nós. Visto ser essa uma despretensiosa e familiar forma de expressão, Aquele que se digna descer tão baixo por nossa causa, com certeza nutre uma afeição singularmente forte para conosco. Portanto, não é de admirar que, quando nos convida para si com tal mansidão e familiaridade, não nos deixamos ser atraídos ou fascinados por ele para que descansemos em segurança e paz sob sua guarda. É preciso, porém, observar-se que Deus só é pastor em relação àqueles que, tocados com o senso de sua própria fragilidade e pobreza, sentem-se dependentes de sua proteção, e que espontaneamente habita seu redil e se deixa governar por ele. Davi, que excedia tanto em poder quanto em riquezas, não obstante confessa francamente não passar de uma pobre ovelha, com o intuito de fazer de Deus o seu pastor. Quem há, pois, entre nós que se eximiria de tal necessidade, visto que nossa própria fragilidade sobejamente revela que seríamos mais que miseráveis caso não vivêssemos sob a proteção deste pastor? Tenhamos em mente, pois, que nossa felicidade consiste nisto: que sua mão se estende para governar-nos, a fim de que vivamos sob sua sombra, e para que sua providência mantenha-se insone e preserve nosso bem estar. Portanto, ainda que tenhamos abundância de todas as coisas excelentes e temporais, no entanto asseguremo-nos de que não podemos ser realmente felizes a menos que Deus se digne de incluir-nos no rol de seu rebanho. Além disso, só atribuímos a Deus o ofício de Pastor com a devida e legítima honra, quando nos persuadimos de que sua exclusiva providência é suficiente para suprir todas as nossas necessidades.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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