“NÃO ME OCULTES O ROSTO NO DIA DA MINHA ANGÚSTIA”
“Não me ocultes o rosto no dia da minha
angústia; inclina-me os ouvidos; no dia em que eu clamar, dá-te pressa em
acudir-me” (Sl 102.2).
A
oração, para que Deus não ocultasse seu rosto, longe está de ser supérflua.
Visto que o povo se enfraquecera no cativeiro ao longo de quase setenta anos,
poderia parecer que Deus tivesse para sempre suprimido deles seu favor. Não
obstante, eles decidiram, em sua extrema aflição, recorrer à oração como seu único
remédio. Afirmam que clamaram no dia de sua angústia, não como costumam fazer
os hipócritas que articulam suas queixas de uma forma tumultuosa, mas porque
sentiam que então eram convocados por Deus a clamar-lhe.
Dá-te pressa em acudir-me. Havendo em outro lugar falado mais plenamente
dessas formas de expressão, é suficiente aqui observar em termos breves que,
quando Deus nos permite apresentar francamente diante dele nossa fragilidade,
sem qualquer reserva, e pacientemente suportar nossa estultícia, ele lida
conosco com grande ternura. Derramar nossas queixas diante dele como fazem as criancinhas
certamente seria tratar sua Majestade com bem pouca reverência, caso não lhe
agradasse permitir-nos tal liberdade. Intencionalmente faço uso desta ilustração
para que os fracos, que temem aproximar-se de Deus, entendam que são convidados
a chegar-se a ele com tal mansidão que nada os impeça de, familiar e confiadamente,
ter-lhe acesso.
“Acheguemo-nos,
portanto, confiadamente, junto ao trono da graça, a fim de recebermos
misericórdia e acharmos graça para socorro em ocasião oportuna” (Hb 4.16).
Deus nos abençoe!
João Calvino (1509-1564).
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Amém🙏
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