"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sábado, 31 de maio de 2025

“FERIDO COMO A ERVA, SECOU-SE O MEU CORAÇÃO”


FERIDO COMO A ERVA, SECOU-SE O MEU CORAÇÃO

“Ferido como a erva, secou-se o meu coração; até me esqueço de comer o meu pão. Os meus ossos já se apegam à pele por causa do meu dolorido gemer” (Sl 102.4,5).

Aqui o salmista emprega mais uma comparação, declarando que seu coração está emurchecido e totalmente seco como a erva ceifada. Sua intenção, porém, é expressar algo mais do que estar seu coração murcho e seus ossos reduzidos a um estado de sequidão. Sua linguagem implica que, à semelhança da erva quando cortada não pode mais receber a umidade da terra, não retém a vida e o vigor que se derivam da raiz, assim seu coração sendo, por assim dizer, rasgado e decepado desde a raiz, estava privado de sua nutrição natural. O significado da última sentença, até me esqueço de comer o meu pão, é: Minha tristeza tem sido tão profunda que negligenciei meu alimento ordinário. Mas o que o salmista tem em mente é que se encontrava tão aflito, em profunda tristeza, que recusava todos os deleites e se privava até mesmo do alimento e bebida. Os crentes genuínos podem cessar por algum tempo de fazer uso de seu alimento ordinário, quando, por meio do jejum voluntário, humildemente rogam a Deus que revogue sua ira; o salmista, porém, aqui não fala desse tipo de abstinência da subsistência física. Ele fala daquele efeito de extrema angústia mental que é acompanhada da supressão do alimento e do uso de tudo. Na conclusão do versículo, ele acrescenta que seu corpo estava, por assim dizer, consumido ou desgastado, de tal sorte que seus ossos aderiam a sua pele.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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