"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sábado, 15 de junho de 2019

Eleição Incondicional

Eleição Incondicional
“Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2Ts 2.13).

Um dos cinco pontos do calvinismo conhecido como “Eleição Incondicional” ensina que ela é imutável, não condicionada à fé nem ao arrependimento previstos ou em boas obras, mas em cada caso à soberana graça e ao amor pessoal de Deus, segundo o conselho secreto da sua vontade. A fé, o arrependimento, as boas obras são frutos da eleição, e consequentemente não podem ser suas condições.

A Confissão de Fé de Westminster (1643-1646), de tradição calvinista, expressamente sustenta que o eterno, soberano, imutável e incondicional decreto eletivo de Deus determina que da massa da humanidade caída, certos indivíduos alcançarão a vida e a glória eterna; que este decreto repousa na graça soberana e no amor pessoal de Deus, segundo o secreto conselho da sua vontade, tendo como fim último a manifestação de sua própria glória, o louvor de sua gloriosa graça.

Segundo o seu eterno e imutável propósito e segundo o santo conselho e beneplácito da sua vontade, antes que fosse o mundo criado, Deus escolheu em Cristo, para a glória eterna, os homens que são predestinados para a vida; para o louvor da sua gloriosa graça ele os escolheu de sua mera e livre graça e amor, e não por previsão de fé, ou de boas obras e perseverança nelas, ou de qualquer outra coisa na criatura que a isso o movesse, como condição ou causa” (CFW.III.V).

Ref. Ef 1.3-6,9,11; Rm 8.30; 2Tm 1.9; 1Ts 5.9; Rm 9.11,13,16; Ef 2.8-10.

A eleição está condicionada ao beneplácito da vontade de Deus que “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho de sua vontade” (Ef 1.5,6,11). Amém!

Pr. José Rodrigues Filho

* Confissão de Fé de Westminster Comentada, A.A.Hodge, Editora Os Puritanos

*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375

sexta-feira, 7 de junho de 2019

Eleitos de Deus

Eleitos de Deus
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele” (Ef 1.3,4).

Deus nos escolheu soberanamente, antes da fundação do mundo, e em Cristo Jesus nos salvou para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor nos predestinou para a adoção de filhos, segundo a sua boa vontade. Se já somos salvos, devemos reconhecer que esta obra está fundamentada em Deus. O nosso cântico, por toda a eternidade, será aquele pronunciado pelos lábios do profeta Jonas: “Ao SENHOR pertence a salvação!” (Jn 2.9).

Deus não nos elegeu meramente para nos livrar da “ira vindoura”; a eleição também tem em vista testemunhos que glorificam a Deus. “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 2.10). “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça” (Jo 15.16). “Assim brilhe também a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai que está nos céus” (Mt 5.16).

“A doutrina deste profundo mistério de predestinação deve ser tratada com especial prudência e cuidado, a fim de que os homens, atendendo à vontade de Deus revelada em sua palavra e prestando-lhe obediência, possam, pela evidência da sua vocação eficaz, certificar-se da sua eterna eleição. Assim, a todos os que sinceramente obedecem ao Evangelho, esta doutrina fornece motivo de louvor, reverência e admiração a Deus, bem como de humildade, diligência e abundante consolação” (CFW.III.VIII).

Eleitos de Deus sem fruto do Espírito é um engano do coração. Onde não há vida cristã autêntica não reconhecemos a eleição. Assimilando este princípio, não teremos receio em admitir esta maravilhosa doutrina. Como outras verdades apresentadas no Evangelho, a doutrina da eleição tem sofrido deturpação por parte de ignorantes e instáveis (2Pe 3.16). Todavia, para o crente maduro, ela traz segurança, consolo e plena satisfação em Cristo Jesus. Amém!

Pr. José Rodrigues Filho

*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR.
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segunda-feira, 3 de junho de 2019

Segurança Infalível de Fé

Segurança Infalível de Fé
“Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que, segundo a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança, mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos, para uma herança incorruptível, sem mácula, imarcescível, reservada nos céus para vós outros que sois guardados pelo poder de Deus, mediante a fé, para a salvação preparada para revelar-se no último tempo” (1Pe 1.3-5).

Os verdadeiros crentes podem, nesta vida, alcançar a certeza com respeito às suas próprias relações pessoais com Cristo, e que essa certeza não é mera persuasão conjectural e provável, fundada numa esperança falível, mas numa segurança infalível de fé. Esta segurança repousa sobre a verdade divina das promessas e ações graciosas de salvação. “Vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa; o qual é o penhor da nossa herança, até ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória” (Ef 1.13,14).

“Esta certeza não é uma mera persuasão conjectural e provável, fundada numa esperança falível, mas uma infalível segurança de fé, fundada na divina verdade das promessas de salvação, na evidência interna daquelas graças nas quais essas promessas são feitas, no testemunho do Espírito de adoção, testificando com nosso espírito de que somos filhos de Deus, sendo o Espírito o penhor de nossa herança, por meio de quem somos selados para o dia da redenção” (CFW XVIII. §2).

O cristão cuja fé é vigorosa e inteligente tem uma evidência distinta em sua própria consciência de que ele, pessoalmente, crê nas palavras do Senhor Jesus: Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” (Jo 5.24). A mesma garantia é oferecida a todos os que amam a Deus, a todos quantos guardam os seus mandamentos, a todos quantos amam os irmãos, aos humildes de espírito, aos puros de coração, aos que têm fome e sede de justiça, etc. Quando essas graças são possuídas num grau tal, forte e puro, que somos cônscios de sua genuinidade, então a conclusão é imediata e irresistível, ou seja, que estamos em união com Cristo e seguros da nossa salvação. Amém!

Pr. José Rodrigues Filho

*Aula de EBD - IPSilva Jardim (02/06/2019).
* Esboços de Teologia, A.A.Hodge, Editora PES.
* Confissão de Fé de Westminster Comentada, A.A.Hodge, Editora Os Puritanos

*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375

A Certeza da Graça e Salvação

A Certeza da Graça e Salvação
“O próprio Espírito testifica como o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16).

A certeza da graça e salvação está fundamentada, primeiro: na verdade divina das promessas de salvação; segundo: na evidência interna das graças às quais são feitas essas promessas; e terceiro: no testemunho do Espírito de adoção, testemunhando com o nosso espírito que somos filhos de Deus. “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos Aba, Pai. O próprio Espírito testifica como o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.15,16).

“Ainda que os hipócritas, bem como outras pessoas não regeneradas, inutilmente se enganem com falsas esperanças e carnal presunção de serem alvos do favor divino e estado de salvação, esperança que perecerá, contudo os que creem realmente no Senhor Jesus e o amam sinceramente, envidando todo esforço por andar em toda sã consciência diante dele, podem nesta vida estar plenamente certos de que estão em estado de graça e podem regozijar-se na esperança da glória de Deus, esperança esta que jamais os envergonhará” (CFW.XVIII.I).

Pode-se distinguir essa convicção legítima daquela vã e presunçosa confiança que é uma ilusão de satanás, distinção que pode ser notada pelas seguintes provas: 1) A verdadeira segurança gera humildade, sem fingimento; a falsa segurança gera orgulho espiritual (Gl 6.14); 2) A verdadeira conduz à crescente diligência na prática da santidade; a falsa conduz à indolência e a permissividade (Sl 51.13,14); 3) A verdadeira conduz ao sincero autoexame e desejo de ser sondado e corrigido por Deus; a falsa conduz a uma disposição de se satisfazer com a aparência e de se evitar a acurada investigação (Sl 139.23,24); 4) A verdadeira conduz a perenes aspirações por mais íntima comunhão com Deus (1Jo 3.2,3). 

O Espírito Santo dá aos redimidos do Senhor, especialmente ao que se destaca por sua diligência e fidelidade a graça da iluminação espiritual, para que possua uma penetrante percepção em seu próprio caráter, para que julgue a real autenticidade de suas próprias graças, para que interprete corretamente as promessas e os caracteres aos quais se limitam nas Escrituras; de modo que, comparando o padrão externo com a experiência interna, extraia conclusões corretas e inquestionáveis. Amém!

Pr. José Rodrigues Filho

*Aula de EBD - IPSilva Jardim (02/06/2019).
* Esboços de Teologia, A.A.Hodge, Editora PES.
* Confissão de Fé de Westminster Comentada, A.A.Hodge, Editora Os Puritanos.

*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375