"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



terça-feira, 26 de julho de 2022

“MOTIVO DE TROPEÇO”


“MOTIVO DE TROPEÇO”

“Bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Lc 7.23).

Dê a devida atenção ao aviso que o nosso Senhor deu aos discípulos de João Batista. Cristo Jesus sabia do perigo em que aqueles homens se encontravam: Eles estavam dispostos a questionar sua reivindicação de ser Ele o Messias. Em Jesus não havia qualquer característica de um rei. Ele não tinha vestes reais e nem riquezas. Estes homens viam em Jesus um homem comum – filho de José e Maria – tão sem recurso financeiro quanto eles mesmos. A probabilidade de rejeição não era pequena. Mesmo depois de mostrar as suas credenciais Cristo sondou o coração deles e os despediu com uma advertência: “Bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”.

Enquanto este mundo existir, Jesus Cristo será “motivo de tropeço” para muitos. Anunciar que somos pecadores, culpados e perdidos, que não podemos salvar a nós mesmos, que temos que abandonar a nossa justiça própria, “que não há salvação em nem um outro; porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual importa que sejamos salvos” (At 4.12), que Aquele humilhado e traspassado na cruz do Calvário entre dois malfeitores, feito maldição em nosso lugar, é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Filho de Deus, o único que tira o pecado do mundo, e que a nossa salvação deve-se exclusivamente ao imerecido favor divino – isso é ofensivo ao homem natural. O coração orgulhoso se sente ofendido, e tropeça, e rejeita estas verdades, permanecendo debaixo da ira de Deus (Jo 3.36).

“Bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”, disse o Senhor Jesus.

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil no bairro Fazendinha/Curitiba.
Rua Elias Karan, 150.
(41)3239-2123 

sábado, 16 de julho de 2022

“ÉS TU AQUELE QUE ESTAVA PARA VIR?”

 

“ÉS TU AQUELE QUE ESTAVA PARA VIR?”

“És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro?” (Lc 7.19).

A mensagem que João Batista enviou ao nosso Senhor Jesus, apresentada neste versículo, é especialmente instrutiva, quando pensamos nas circunstâncias sob as quais foi enviada. João Batista era prisioneiro de Herodes (Mt 11.2). Sua vida aqui neste mundo estava chegando ao fim. Seu tempo de utilidade efetiva estava acabando. Um demorado aprisionamento ou morte violenta eram as perspectivas. Mas mesmo nestes dias obscuros, percebemos este homem de Deus preservando seu antigo fundamento como testemunha de Cristo. Ele ainda era o mesmo que obteve a revelação e disse: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo” (Jo 1.29). Testemunhar a respeito de Cristo era sua obra continua como pregador em liberdade. Enviar homens a Cristo foi uma de suas últimas obras mesmo estando encarcerado.

Devemos notar a sabedoria que João Batista demonstrou ao enviar seus discípulos a Cristo. Ele enviou dois deles com a seguinte pergunta: “És tu aquele estava para vir ou havemos de esperar outro?” João esperava que seus discípulos recebessem uma resposta cuja impressão jamais seria apagada de suas mentes. E ele estava certo. Os discípulos receberam uma resposta tanto por meio de obras quanto por palavras – uma resposta que produziu um efeito mais profundo que qualquer argumento apresentado.

João Batista estava ciente da falta de conhecimento e fragilidade da fé exercida por aqueles discípulos. Ele sabia quão natural seria para eles alguma contenda ou cisma e tratarem Jesus e seus discípulos com algum sentimento de ciúmes (Jo 3.22-36), isso podia prevalecer e mantê-los distantes de Cristo. E dentro de suas possibilidades, João tomou a devida providência. Enviou os discípulos a Jesus, para que vissem por si mesmos que tipo de mestre era Aquele e não O rejeitassem sem vê-Lo e ouvi-Lo. Assim como o seu divino Mestre, que amou os seus discípulos, João Batista amou os seus até o fim. Consciente que em breve os deixaria, tomou o devido cuidado para deixá-los nas melhores de todas as mãos.

Naquela mesma hora, curou Jesus muitos de moléstias, e de flagelos, e de espíritos malignos; e deu vista a muitos cegos. Em seguida, Jesus lhes disse: “Ide e anunciai a João o que vistes e ouvistes: os cegos veem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres, anuncia-se-lhes o evangelho” (Lc 7.21,22).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil no bairro Fazendinha/Curitiba.
Rua Elias Karan, 150.
(41)3239-2123