"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



terça-feira, 1 de julho de 2025

GOD IK KIJK NAAR U

GOD IK KIJK NAAR U - DEUS, EU OLHO PARA TI

“Olhai para mim e sede salvos, vós, todos os limites da terra; porque eu sou Deus, e não há outro” (Is 45.22).

Deus, eu olho para Ti, pois então não desanimarei
Mostra-me, Senhor, como Tu vês as coisas
Deus, eu olho para Ti, meu auxílio, meu solo firme
Dá-me sabedoria, Tu sabes o que devo fazer.

Eu Te amo, ó Senhor, minha força
Eu Te amo, ó Senhor, meu escudo
Eu Te amo, ó Senhor, minha rocha
Para todo o sempre, Senhor, eu Te amo.

Aleluia, Deus reina
Aleluia, Deus reina
Aleluia, Deus reina
Para todo o sempre, Aleluia!


segunda-feira, 30 de junho de 2025

“O SEU TESTEMUNHO É VERDADEIRO”


“O SEU TESTEMUNHO É VERDADEIRO”

“Este é o discípulo que dá testemunho a respeito destas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. Há, porém, ainda muitas outras coisas que Jesus fez. Se todas elas fossem relatadas uma por uma, creio eu que nem no mundo inteiro caberiam os livros que seriam escritos” (Jo 21.24,25).

O significado da palavra evangelho é bem conhecido. Na Escritura, ela denota, a alegre e prazerosa mensagem da graça a nós exibida em Cristo, a fim de instruir-nos a desprezar o mundo com suas passageiras riquezas e prazeres, a desejar essa bênção de todo nosso coração e abraçá-la quando ela nos for oferecida. É natural em todos nós aquela conduta que percebemos em homens irreligiosos que cultivam extravagantes prazeres nos fúteis deleites do mundo, ainda que sejam poucos, de modo que alguns se deixam afetar pelos encantos das bênçãos espirituais. Com o propósito de corrigir esse erro, Deus expressamente dá o título de evangelho à mensagem que ele ordena seja concernente a Cristo. Desse modo, ele nos lembra que em nenhuma outra parte se pode obter a genuína e sólida felicidade, e que nele temos tudo que necessitamos para a perfeição de uma vida feliz.

Há quem considere a palavra evangelho como se estendendo a todas as preciosas promessas de Deus que se acham espalhadas inclusive na Lei e nos Profetas. Tampouco se pode negar que sempre que Deus declara que se deixará reconciliar com os homens e perdoará seus pecados, ao mesmo tempo exibe Cristo cujo peculiar ofício onde que se manifeste, é jorrar por toda parte os raios de sua alegria. Reconheço, pois, que os [antigos] pais foram participantes juntamente conosco do mesmo evangelho, no que diz respeito à fé na salvação gratuita. Visto, porém, que a declaração ordinária do Espírito Santo nas Escrituras é que o evangelho foi proclamado pela primeira vez quando Cristo veio, abracemos também essa forma de expressão, bem como conservemos a definição de evangelho que tenho formulado, a saber: é a solene publicação da graça revelada em Cristo. Por isso o evangelho é chamado de poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê [Rm 1.16], porque nele Deus exibe sua justiça. Ele é também chamado embaixada por meio do qual Deus reconcilia consigo os homens [2Co 5.20]; e, visto que Cristo é o penhor da misericórdia de Deus e de seu paternal amor para conosco, assim ele é, de uma maneira peculiar, o tema do evangelho.

Por isso, ele veio para que as histórias que narram que Cristo se manifestou em carne, morreu, ressuscitou dentre os mortos e, por fim, foi assunto ao céu tivessem peculiarmente o mérito do título evangelho. Pois ainda que, por razões já expressas, esta palavra signifique o Novo Testamento, contudo o título que denota a totalidade, pela prática geral, representa aquela parte dele que declara que Cristo se nos manifestou na carne, morrendo e ressuscitando dentre os mortos. Mas, como a mera história não seria suficiente, e de fato ela seria de nenhuma valia para a salvação, o evangelista não relata simplesmente que Cristo nasceu, morreu e venceu a morte, mas também explica com que propósito ele nasceu, morreu e ressuscitou, bem como qual o benefício que recebemos desses fatos.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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quarta-feira, 25 de junho de 2025

“AMARAM MAIS A GLÓRIA DOS HOMENS”


“AMARAM MAIS A GLÓRIA DOS HOMENS”

“Porque amaram mais a glória dos homens do que a glória de Deus” (Jo 12.43).

O Evangelista João declara expressivamente que aqueles homens não eram guiados por alguma superstição, mas apenas diligenciavam em evitar a desgraça entre os homens; pois se a ambição tinha maior influência sobre eles do que o temor de Deus, segue-se que não era um fútil escrúpulo da consciência que os fazia inquietos. Ora, que possamos observar quão grande ignomínia se contrai diante de Deus, mediante a covardia dos que, movidos pelo medo de serem odiados, dissimulam sua fé diante dos homens. Pode alguma coisa ser mais tola, ou, melhor, pode algo ser mais bestial do que preferir o fútil aplauso dos homens ao juízo de Deus? Mas ele declara que todos quantos se esquivam do ódio dos homens, quando a fé pura deve ser confessada, se deixam dominar por esse tipo de demência. E com razão, pois o apóstolo, ao aplicar a inabalável firmeza de Moisés, diz ele que permaneceu firme, como se visse aquele que é invisível [Hb 11.27]. Com estas palavras ele tem em vista que, quando alguma pessoa fixa seus olhos em Deus, seu coração se torna invencível e totalmente incapaz de ser movido. Donde, pois, provém a fraqueza que nos leva a ceder à insidiosa hipocrisia, senão porque, aos olhos do mundo, todos os nossos sentidos se embrutecem? Pois uma genuína visão de Deus dissiparia instantaneamente toda névoa da riqueza e honras. Longe, pois, com aqueles que consideram uma negação indireta de Cristo como sendo um escândalo trivial, ou, como costumam chamá-lo, uma leve transgressão! [Mt 10.33].

Amar mais a glória dos homens significa, nesta passagem, o anseio pelo desfrute de reputação entre os homens. O apóstolo João, pois, tem em vista que aqueles homens eram tão devotados ao mundo, que aspiravam mais o aplauso dos homens do que o agrado de Deus. Além disso, ao acusar deste crime os que negavam a Cristo, ao mesmo tempo ele mostra que a excomunhão, da qual os sacerdotes usavam e abusavam, contraria a tudo o que era direito e lícito e era destituída de qualquer valor ou eficácia.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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“POR CAUSA DOS FARISEUS, NÃO O CONFESSAVAM”


“POR CAUSA DOS FARISEUS, NÃO O CONFESSAVAM”  

“Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga” (Jo 12.42).

Pode-se imaginar que o Evangelista João fala incorretamente, ao separar a fé da confissão; pois é com o coração que cremos para a justiça, e é com a boca que fazemos confissão para a salvação [Rm 10.10), e é impossível que a fé, que uma vez tenha sido acesa no coração, não arroje suas chamas. Minha resposta é que ele realça aqui quão fraca era a fé dos que eram tão mornos, ou melhor, frios. Em suma, João tem em vista que abraçaram a doutrina de Cristo, porque bem sabiam que ela provinha de Deus, mas que não possuíam uma fé vívida, ou uma fé tão vigorosa como deveriam ter; pois Cristo não concede aos seus seguidores um espírito de medo, e sim de firmeza, para que ousada e destemidamente confessem o que têm aprendido dele. Entretanto, não creio que ficaram em total silêncio, mas como sua confissão não era suficientemente pública, o Evangelista, em minha opinião, simplesmente declara que não faziam uma confissão de sua fé, pois o tipo próprio de confissão era a declaração pública de que eram discípulos de Cristo. Que ninguém, pois, se gabe, se em algum aspecto oculta ou dissimula sua fé por medo de incorrer no ódio dos homens; porque, por mais odioso que seja o Nome de Cristo, aquela covardia que nos impele a nos esquivarmos, um mínimo sequer, da confissão dele, não admite escusa.

Deve-se observar ainda que os líderes (principais) têm menos rigor e firmeza, porque a ambição quase sempre reina neles, a qual é a mais escravizadora de todas as disposições e, para expressá-lo numa só palavra, pode-se dizer que as honras terrenas são cadeias de ouro que prendem um homem para que o mesmo não consiga cumprir seu dever com liberdade. Por esta conta, as pessoas que são postas numa condição inferior e humilde devem suportar sua sorte com maior paciência, porquanto estão, ao menos, isentas de muitas redes nocivas. Não obstante, os grandes e nobres devem lutar contra sua elevada posição para que esta não os embarace de se submeterem a Cristo. João afirma que eles tinham medo dos fariseus, não que os demais escribas e sacerdotes permitissem livremente que algum homem se denominasse discípulo de Cristo, mas porque, sob a semelhança de zelo, cruelmente ardiam no íntimo com mais intensa ferocidade. O zelo, na defesa da religião, é uma excelente virtude, mas se adicionar-lhe a hipocrisia, não pode haver praga mais danosa. Tanto mais solícitos devemos ser em rogar ao Senhor que nos guie pela regra inerrante de seu Espírito.

Para não serem expulsos da sinagoga. Isto era o que os impelia ao medo da desgraça; pois teriam sido expulsos da sinagoga. Daí vemos quão grande é a perversidade dos homens, a qual não só corrompe e avilta a melhor das ordenanças de Deus, mas as convertem em destrutiva tirania. A excomunhão deveria ter sido o tendão da santa disciplina, para que a punição fosse prontamente infligida, se alguma pessoa menosprezasse a Igreja. Mas os problemas atingiram um ponto tal, que todo aquele que confessasse pertencer a Cristo era banido da sociedade dos crentes. De igual modo, nos dias atuais, líderes eclesiásticos, a fim de exercer o mesmo tipo de tirania, falsamente pretendem o direito de exercer a excomunhão, e não só trovejam com cega fúria contra todos os santos, mas tudo faz para descer Cristo de seu trono celestial; e, no entanto não hesitam manter com impudência o direito da sacra jurisdição com a qual Cristo adornou a Igreja.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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“MUITOS DENTRE AS PRÓPRIAS AUTORIDADES CRERAM NELE”


“MUITOS DENTRE AS PRÓPRIAS AUTORIDADES CRERAM NELE”

“Contudo, muitos dentre as próprias autoridades creram nele, mas, por causa dos fariseus, não o confessavam, para não serem expulsos da sinagoga” (Jo 12.42).

O murmúrio e ferocidade dos judeus, ao rejeitarem a Cristo, elevou-se a tal nível de insolência que era possível que se concluísse que todo o povo, sem exceção, havia conspirado contra ele. Mas o apóstolo João diz que, em meio à demência geral da nação, havia muitos que eram de uma mente sã. Aliás, esse era um notável exemplo da graça de Deus; porque, quando a impiedade uma vez chega a prevalecer, ela se torna uma sorte de praga universal, afetando com seu contágio cada parte do corpo. Portanto, é um dom notável e uma graça especial de Deus quando, em meio a um povo tão corrupto, encontram-se alguns que permanecem impolutos. E mesmo agora percebemos no mundo a mesma graça de Deus, pois ainda que a impiedade e menosprezo por Deus se proliferem por toda parte, e ainda que uma vasta multidão de seres humanos promova furiosas tentativas com o intuito de exterminar completamente a doutrina do evangelho, contudo esse encontra alguns lugares de abrigo; e assim a fé tem o que se pode chamar seus portos ou lugares de refúgio, para que ela não seja inteiramente banida do mundo.

A palavra é ainda enfática; porque, na ordem dos governantes existia tão profundo e inveterado ódio pelo evangelho, que raramente se poderia crer que se pudesse encontrar em seu meio um único crente. Tão mais profunda admiração se deve ao Espírito de Deus que penetra onde não havia nenhuma abertura, ainda que não fosse um vício, peculiar a uma única geração, que os governantes fossem rebeldes e desobedientes a Cristo; porquanto honra, riqueza e alto escalão geralmente são acompanhados por orgulho. A consequência é que aqueles que, inchados de arrogância, raramente se reconhecem como sendo homens, por isso não se deixam subjugar com facilidade e com humildade voluntária. Todos quantos, pois, que mantém uma elevada posição no mundo, se porventura são sábios, olharão com suspeita para sua posição, não permitindo que ela seja um entrave em seu caminho. Quando João diz que havia muitos, isto não deve ser entendido como se constituíssem a maioria ou mesmo a metade; porque, quando comparados com os outros que constituíam um número mui vasto, eram poucos, mas, mesmo assim, eram muitos, quando vistos separadamente.

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sábado, 21 de junho de 2025

“SACIÁ-LO-EI COM LONGEVIDADE”


“SACIÁ-LO-EI COM LONGEVIDADE”

Saciá-lo-ei com longevidade e lhe mostrarei a minha salvação” (Sl 91.16).

Pode parecer estranho que longevidade seja mencionada no último versículo como a eles prometida, visto que muitos dentre o povo do Senhor são cedo arrebatados do mundo. Mas eu poderia reiterar uma observação que já foi feita em outros lugares, a saber, que aquelas bênçãos divinas que estão prometidas em relação ao presente mundo perecível, não devem ser consideradas como bons feitos num sentido universal e absoluto, ou cumpridas em total concordância com uma regra estabelecida e igual. Riquezas e outros confortos mundanos devem ser vistos como que propiciando alguma experiência do favor e benevolência divinos, mas não se deduz daí que os pobres sejam objetos do desprazer divino; ter um corpo saudável e boa saúde são bênçãos de Deus, porém não devemos conceber que isso constitua prova de que a fraqueza e a enfermidade devam ser consideradas com desaprovação. Longa vida deve ser classificada entre os benefícios desse gênero, e seriam concedidos por Deus a todos seus filhos não fosse para seu benefício serem eles levados tão cedo deste mundo. Eles se satisfazem mais com um curto período durante o qual vivem melhor que os ímpios, ainda que sua vida se estenda por mil anos. A expressão não pode aplicar-se aos ímpios, de que estão satisfeitos com longevidade, pois por mais longa seja sua vida, a sede de seus desejos continua a ser inextinguível. É a vida, e nada mais, que eles esbanjam com tal ansiedade; tampouco se pode dizer ter eles um desfruto momentâneo daquele favor e bondade divinos que só podem comunicar a real satisfação. O salmista poderia, pois, com propriedade declarar, como um privilégio pertencente peculiarmente ao povo do Senhor, que vivem satisfeitos com a vida. A trajetória breve que lhes é designada é reconhecida por eles como sendo sobejamente suficiente. Além disso, longevidade não se deve jamais comparar com eternidade. A salvação divina se estende para além das estreitas fronteiras da existência terrena; e se vivermos ou morrermos, é para isso que devemos primordialmente olhar. É com essa visão que o salmista, depois de declarar todos os demais benefícios que Deus concede, acrescenta esta como uma frase final que, quando ele os tiver seguido com sua paternal bondade por toda sua vida, por fim lhes mostrará sua salvação.

Deus nos abençoe!

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