"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sexta-feira, 29 de outubro de 2021

“BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES DE ESPÍRITO”

“BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES DE ESPÍRITO”

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.3).

* Introdução

Temos neste capítulo cinco do evangelho de Mateus, o início do que usualmente chamamos de “Sermão do Monte”. Cada palavra dita pelo nosso Senhor Jesus deve ser, por todos nós, reputada como preciosa. É a pregação do nosso supremo Pastor e Mestre.

Neste sermão podemos perceber que o nosso “Bom Pastor” é o tipo de pessoa que devemos ser. Aqui temos o modelo de caráter aprovado por Deus, e este deve ser nosso alvo. Se pretedemos saber qual a conduta e os hábitos mentais que devemos cultivar como cristãos, meditemos com frequência no “Sermão do Monte”. Nele estão as características daqueles que o nosso Senhor Jesus chamou de “Bem-aventurados”.

1 – Considere a primeira dessas características.

O nosso Senhor disse: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Esta é sem dúvida uma referência aos modestos quanto ao seu autoconceito. O nosso Senhor apontava para os que estão profundamente convictos da sua condição de pecadores. São os “pobres de espírito”, os carentes, os necessitados, os dependentes do Salvador. São aqueles que entenderam a advertência do profeta Isaías 5.21, “Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito”.

2 – Dê atenção aos textos bíblicos que revelam a importância da “humildade de espírito”.

1. “O temor do SENHOR é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra” (Pv 15.33).

2 “Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos” (Pv 16.19).

3. “Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade” (Pv 18.12).

4. “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra” (Pv 29.23).

5. “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq 6.8).

6. “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.1-3).

7. “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3).

8. “... no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1Pe 5.5).

3 – Medite na pastoral “O Pastor Aprovado” – Richard Baxter (1615-1691).

A necessidade de humilhar-nos a nós mesmos constitui o âmago do evangelho. A obra da graça só é iniciada e sustentada pelo exercício da humildade. É parte essencial da nova criatura. É contradição ser nascido de Deus, nascido do Espírito, ser um verdadeiro cristão e não ser “humilde de espírito”.

Todo aquele que pretende ser discípulo de Cristo, deve vir a Ele para aprender. E a primeira lição é esta: “Seja humilde de espírito”.

Quantos preceitos e quantos exemplos admiráveis o nosso Mestre nos deu com este propósito. Podemos imaginar outra coisa que não seja a humildade quando o vemos deliberadamente lavando os pés dos seus discípulos? (Jo 13.12-17).

Do que nos orgulhamos? Dos nossos corpos? Não são eles como os dos animais que voltam ao pó da terra?

Orgulhamo-nos das nossas graças ou bênçãos recebidas? Ora, quanto mais nos orgulhamos delas, menos orgulhosos devemos ser.

Orgulhamo-nos da nossa cultura, do nosso conhecimento?  Nós devemos compreender que, se temos algum conhecimento, deveria humilhar-nos o fato de sabermos tão pouco. E, se sabemos mais que outros, certamente temos maiores motivos para sermos mais humildes do que eles.

* Conclusão

Como líderes a nossa real ocupação deve consistir em ensinar ao nosso povo a lição da “humildade de espirito”; em mostrar como não nos fica bem orgulhar-nos de nós mesmos. Portanto, devemos estudar a humildade e ensiná-la, bem como possuí-la e praticá-la.

Um bom exemplo de humildade que podemos encontrar nas Escrituras está em José do Egito (Gn 37-50). A forma como ele tratou dos irmãos que agiram maldosamente contra ele; a consciência que ele teve das ações soberanas de Deus cuidando de tudo; e, que os dons que ele possuía eram dádivas do Senhor.

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-8).

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-1115

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

“OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO”


OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO”

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.27,28).

1 – Depravação Total. O homem caído, totalmente afetado e escravizado pelo pecado, não possui capacidade de salvar a si mesmo, nem de crer no evangelho oferecido livremente. “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5.39,40).

2 – Eleição Incondicional. As pessoas são salvas devido o fato de que Deus escolhe livre, soberana e incondicionalmente pecadores para serem redimidos por Cristo, trazidos à fé e, por fim, à glória. “Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5).

3 – Expiação Limitada. A obra redentora de Cristo visa à salvação dos eleitos, ou seja, Cristo salva realmente aqueles pelos quais Ele morreu. “O meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Is 53.11).

4 – Graça Irresistível. O Espírito Santo nunca falha em seu objetivo de trazer à fé àqueles que Deus predestinou para a vida. Esse ponto é resultado inevitável dos três primeiros. Nossa depravação total necessita da graça irresistível. A eleição incondicional é o seu ancoradouro. A expiação limitada é a sua verdade correspondente, pois se a graça salvadora fosse resistível, Cristo teria morrido em vão por muitos. “Não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn 4.35).

5 – Perseverança dos Santos. Todos que participam da graça e do poder salvífico da união com Cristo, pela fé, continuam nessa união com seus frutos e benefícios. Por meio da obra perseverante do Deus trino, os salvos permanecem na fé verdadeira e nas obras que procedem da fé enquanto estiverem neste mundo. Se pelo Espírito você é regenerado, justificado e santificado em Cristo, você não pode cair deste estado finalmente. “Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36.27).

Deus nos abençoe!

Pr. Joel Beeke

*Vivendo para a glória de Deus: Uma Introdução à Fé Reformada, Ed. Fiel

*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil no bairro Fazendinha/Curitiba.
Rua Elias Karan, 150.
(41)3239-2123

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

“ESCOLHIDOS DESDE O PRINCÍPIO”


“ESCOLHIDOS DESDE O PRINCÍPIO”

“Entretanto, devemos dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2Ts 2.13).

Deus nos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o louvor da glória de sua graça; bem como os meios e condições para isso. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele..., segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça” (Ef 1.3,4,6).

Devemos a nossa eleição exclusivamente ao nosso bondoso e gracioso Deus, que “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo..., no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho de sua vontade” (Ef 1.5,11).

A doutrina calvinista conhecida como “Eleição Incondicional” ensina que essa escolha não está condicionada a alguma coisa prevista ou executada pelo homem. Que as ações humanas atendendo ao chamado do Espírito, que o arrependimento e a fé, que a justificação e demais graças que a acompanham são meios preordenados por Deus e operadas no tempo devido, indicando a condição dos escolhidos em Cristo, guardados por seu poder, para a salvação e louvor da sua glória (1Pe 1.5).

“Visto que Deus designou os eleitos para a glória, assim ele, pelo eterno e mui livre propósito de sua vontade, preordenou todos os meios para se alcançar esse fim; os que, portanto, são eleitos, achando-se caídos em Adão, são remidos por Cristo; são eficazmente chamados para a fé em Cristo pelo seu Espírito, que opera no tempo devido; são justificados, adotados, santificados e guardados por seu poder mediante a fé para a salvação. Além dos eleitos não há nenhum outro que seja remido por Cristo, eficazmente chamado, justificado, adotado, santificado e salvo” (CFW.III.vi).

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

ELEIÇÃO INCONDICIONAL

 

ELEIÇÃO INCONDICIONAL

“Deus nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9).

Os cristãos calvinistas ensinam que a doutrina da “Eleição Incondicional” é imutável, condicionada a livre graça e ao amor pessoal de Deus, segundo o conselho secreto da sua vontade. Que as boas obras são frutos da eleição, e consequentemente não podem ser suas condições. “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele”. “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 1.4; 2.10).

A Confissão de Fé de Westminster (1643-1646), expressamente sustenta que antes da fundação do mundo, o eterno, soberano, imutável e incondicional decreto eletivo de Deus determina que da humanidade caída, certos indivíduos alcançarão a vida e a glória eterna; que este decreto repousa na graça soberana e no amor pessoal de Deus, segundo o secreto conselho da sua vontade, tendo como fim ou motivo último na eleição, o louvor de sua gloriosa graça (Ef 1.6).

“Aqueles dentre a humanidade que são predestinados para a vida, Deus, antes que fossem lançados os fundamentos do mundo, segundo seu eterno e imutável propósito, e o secreto conselho e beneplácito de sua vontade, escolheu em Cristo para a glória eterna, de sua mera e livre graça e amor, sem qualquer previsão de fé ou de boa obras, ou de perseverança em qualquer um deles, ou qualquer outra coisa na criatura, como condições ou causas que a isso o movessem; e tudo para o louvor de sua gloriosa graça” (CFW.III.v).

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.3,5-7).

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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terça-feira, 12 de outubro de 2021

“PIEDOSOS E PERSEGUIDOS”


“PIEDOSOS E PERSEGUIDOS”

“Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3.12).

A lembrança de suas próprias perseguições leva o apóstolo Paulo a acrescentar que tudo quanto lhe acontecera também se dará com todas as pessoas piedosas. Ele acrescenta isso para que os crentes se predispusessem a aceitar tal situação, e em parte para que as pessoas bondosas não se afastassem dele movidas pela dúvida em virtude de suas perseguições, as quais recebiam das mãos dos ímpios, pois às vezes sucede que acontecimentos adversos suscitam críticas adversas. Se porventura alguém cai no desfavor humano, imediatamente corre o rumor de que o mesmo é odiado por Deus. Com esta afirmação geral, Paulo declara que ele é um entre os filhos de Deus, e ao mesmo tempo adverte seus irmãos a suportarem as perseguições.

É plenamente natural que o mundo odeie a Cristo, mesmo em seus membros. E já que a crueldade acompanha o ódio, daí surgem as perseguições. É essencial que reconheçamos o fato de que, se somos cristãos, devemos nos preparar para muitas tribulações e lutas de diferentes tipos.

Mas pode-se perguntar se todos devem, então, ser mártires. É evidente que têm havido muitos servos de Cristo que jamais sofreram desterro, nem prisão, nem qualquer outro gênero de perseguição. Nossa resposta é que Satanás possui mais de um método de perseguição aos piedosos. Mas é absolutamente necessário que todos eles suportem as hostilidades do Maligno, a fim de que sua fé se exercite e sua perseverança se comprove. Satanás, que é o perpétuo inimigo de Cristo, jamais deixará que o piedoso viva sua vida sem perturbação, e haverá sempre pessoas perversas a nos perseguir. De fato, tão pronto um crente mostre sinais de zelo por Deus, a ira dos ímpios se acende e, mesmo que não tenham suas espadas desembainhadas, arrojam seu veneno, ou criticando, ou caluniando, ou provocando inquietação, ou agitação da alma. Portanto, ainda que não sofram os mesmos ataques e não se envolvam nas mesmas batalhas, os piedosos em Cristo têm uma só guerra em comum e jamais viverão totalmente em paz nem isentos de perseguições.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564). 

*Pastorais - Edições Paracletos.

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sexta-feira, 8 de outubro de 2021

“SERVO INÚTIL”


 SERVO INÚTIL”

“E o servo inútil, lançai-o para fora, nas trevas. Ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 25.30).

Aprendemos na Parábola dos Talentos que todos os membros infrutíferos da igreja de Cristo serão condenados e lançados fora no dia do juízo.

O servo que enterrou o dinheiro de seu senhor foi condenado como “mau e negligente” e “inútil”, e foi lançado “para fora, nas trevas”. E o Senhor acrescenta estas assustadoras palavras: “Ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 25.30).

No último dia não haverá desculpa para um crente professo e não-convertido. As razões com que agora ele imagina justificar a si mesmo mostrarão ser vãs e inúteis. Naquele dia ficará comprovado que o Juiz de toda a terra agiu com justiça. A ruína do homem perdido será devida exclusivamente a ele mesmo. As palavras: “Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei?” (Mt 25.26), deveriam soar bem alto aos ouvidos de muitos homens, compungindo-lhes o coração. Milhares de pessoas estão vivendo sem Cristo e sem conversão, e fazendo de conta que nada podem fazer a respeito. Mas sabem o tempo todo, em sua própria consciência, que são culpados. Estão enterrando o seu talento. Não fazendo o quanto podem. Felizes são os que descobrem essa realidade a tempo. No último dia tudo será desvendado.

Que haja em nós uma firme resolução de, pela graça de Deus, nunca nos contentarmos com o cristianismo apenas de nome, sem vida prática. O nosso compromisso não é apenas falar sobre religião, e, sim, agir. Não devemos apenas sentir a importância da religião; devemos também fazer algo a respeito. Tomemos precaução contra um cristianismo do tipo “nada-fazer”. Tal cristianismo desprovido do fruto do Espírito não procede de Deus (Gl 5.22,23; Mt 25.34-40).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

“AJUSTE DE CONTAS”

AJUSTE DE CONTAS”

“Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles” (Mt 25.19).

A parábola dos talentos é semelhante a parábola das dez virgens. Ambas nos direcionam para o mesmo e importante acontecimento, a segunda vinda de Jesus Cristo. Ambas nos remetem aos membros da igreja professa de Cristo. As virgens e os servos representam um só e o mesmo povo, mas este povo considerado de um ângulo diferente, sendo retratados diferentes aspectos de sua atuação. A lição prática de cada parábola é o principal ponto de diferença. A vigilância é a nota chave da parábola das dez virgens, e a diligência é a ênfase da parábola dos talentos. A história sobre as virgens exorta a igreja a vigiar; a história sobre os talentos conclama a igreja a trabalhar, ao cuidado aplicado na execução de sua tarefa.

Um dos ensinos da parábola dos talentos é que todos os que se professam cristãos um dia haverão de prestar contas a Deus. A parábola nos diz que, “depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles”.

Há um julgamento à espera de cada um de nós. Se não há julgamento, as palavras da Bíblia não têm qualquer significado ou importância. Negá-lo é tratar com leviandade as Escrituras. Há um julgamento que nos aguarda, de acordo com nossas obras, e será seguro, estrito e inevitável. Importantes ou não, ricos ou pobres, eruditos ou incultos, todos teremos de comparecer diante do tribunal de Deus e receber nossa sentença eterna. Não haverá escapatória. Esconder-se será impossível. Nós e Deus haveremos enfim de nos encontrar face a face. Teremos de prestar contas de cada privilégio que nos foi concedido, e de cada bênção desfrutada. Descobriremos, por fim, que somos tratados como criaturas responsáveis que terão que prestar contas de tudo que recebeu do bondoso e gracioso Deus. “Quem é, pois, o servo fiel e prudente, a quem o senhor confiou os seus conservos para dar-lhes o sustento a seu tempo?” (Mt 24.45).

“Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente” (Dn 12.3).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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