"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sexta-feira, 24 de agosto de 2018

“Duas marcas do pastor que teme a Deus”

“Duas marcas do pastor que teme a Deus
“Ai de mim! Estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos” (Is 6.5).

(A) Sensibilidade – Ninguém pode compartilhar graça melhor do que aquele que está profundamente convencido de que ele mesmo necessita desta graça, e a recebe de Cristo. Esta sensibilidade me faz afável, gentil, paciente, compreensivo e esperançoso diante do pecado alheio, sem nunca comprometer o chamamento santo de Deus. Protege-me de estimativas como “… não acredito que você pudesse fazer uma coisa dessas!”, o que, diga-se, me faz essencialmente diferente de todos os demais. É difícil apresentar o Evangelho a alguém, quando você está contemplando esse alguém, com superioridade. Confrontar os pecados dos outros com uma sensibilidade inspirada em meu assombro diante Deus, me livra de ser um agente de condenação, ou de esperar que a lei cumpra aquilo que somente a graça pode cumprir, e me motiva a ser um instrumento dessa graça.

(B) Confiança – Aquele sentimento de bem-estar e de capacitação me vem de conhecer Aquele a quem sirvo. Ele é minha confiança e minha habilidade. Ele nunca irá chamar-me para uma tarefa para a qual não me tenha capacitado. Ele tem mais zelo pela saúde de sua igreja do que eu jamais poderia ter. Ninguém tem maior interesse no uso dos meus dons do que Aquele que me outorgou ditos dons. Ele está sempre presente e sempre de boa vontade. Ele é todo-poderoso e todo onisciente. Ele é ilimitado em amor e glorioso em sua graça. Ele não muda; para sempre é fiel. Sua Palavra nunca cessará de ser a verdade. Seu poder para salvar nunca será exaurido. Seu governo nunca deixará de existir. Nunca será conquistado por algo maior do que Ele mesmo. Assim, eu posso fazer com confiança tudo o que Ele me chamou para fazer, não em virtude de quem eu seja, mas porque Ele é o meu Pai, e é glorioso em todos os aspectos, em todos os sentidos.

Pr. Paul David Tripp
http://www.ministeriofiel.com.br/

*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375

“Uma marca do pastor que teme a Deus”

Uma marca do pastor que teme a Deus
“Ai de mim! Estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos” (Is 6.5).

(1) Humildade

Diante da glória de Deus, eu me sinto despido, sem qualquer glória que ainda possa restar-me a fim de que eu possa exibir-me diante de outros. Enquanto eu me compare com outros, poderei sempre encontrar outra pessoa cuja existência parece fazer-me, por comparação, mais justo. Mas se eu comparar meus panos imundos ao puro linho, eternamente sem manchas, da justiça de Deus, eu correria a esconder-me com um coração dilacerado e envergonhado. E isto foi o que aconteceu com Isaías no capítulo 6. Ele está diante do majestoso trono da glória de Deus e diz: “Ai de mim! Estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros, habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o SENHOR dos Exércitos” (Is 6.5). Isaías não está falando aqui em termos de uma formal hipérbole religiosa. Ele não está buscando tornar-se agradável diante de Deus por mostrar-se “óh, tão humilde”. Não; Isaías aprendeu que só à luz da colossal glória e santidade de Deus, é que você poderá ter uma visão exata e correta de si mesmo e entender a profunda necessidade de ser resgatado com o resgate que só a graça gloriosa de Deus poderá prover-lhe. Com o passar do tempo na vida ministerial, muitos pastores se esquecem de quem são eles. Apresentam uma visão destorcida, grandiosa de si mesmos, que os mantêm inacessíveis, que lhes permitem justificar seus pensamentos, seus desejos, as coisas que dizem, e a fazerem aquilo que, biblicamente, não é justificável fazer. Maravilhados, posicionam-se como controladores e autoconfiantes. Inadvertidamente, constroem um reino em cujo trono se assentam, não importa o quanto afirmem que tudo o que fazem, o fazem para a glória de Deus. Medite estas coisas!

Pr. Paul David Tripp
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quarta-feira, 8 de agosto de 2018

“Espírito de Poder, de Amor e de Sobriedade”

“Espírito de Poder, de Amor e de Sobriedade”
“Porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de sobriedade” (2Tm 1.7).

Amados irmãos, daqui aprendemos que nenhum de nós possui em si mesmo a excelência de espírito e a inabalável confiança necessárias no exercício de nosso ministério; devemos ser revestidos com o novo poder do alto. Os obstáculos são tantos e tão imensuráveis, que nenhuma coragem humana é suficiente para transpô-los. Portanto, é Deus quem nos equipa com o Espírito de poder. Pois aqueles que, por outro lado, revelam grande força, caem quando não são sustentados pelo poder do Espírito Santo. Em segundo lugar, inferimos que os que são tímidos e servis como os escravos, de modo que, quando precisam soerguer-se não ousam tomar qualquer iniciativa em defesa da verdade, esses não são governados pelo Espírito que age sobre os servos de Cristo. Daí se conclui que mui poucos daqueles que se denominam ministros de Cristo, hoje, dão mostras de ser genuínos. Pois dificilmente se encontrará entre eles um que, confiando no poder do Espírito, destemidamente desdenhe de toda altivez que se exalta contra Cristo! Acaso a grande maioria não se preocupa mais com seu próprio interesse e seu próprio lazer? Não se prostram mudos assim que estala algum problema? Como resultado, em seu ministério não resplende nada da majestade de Deus. A palavra espírito é aqui usada figuradamente, como em muitas outras passagens. Mas, por que depois de poder ele acrescenta amor e sobriedade? Em minha opinião, é para distinguir o poder do Espírito do excessivo zelo dos fanáticos que se precipitam numa desenfreada pressa e se gabam de possuir o Espírito de Deus. Portanto, Paulo explicitamente declara que a poderosa energia do Espírito é temperada pelo amor e sobriedade, ou seja, por uma serena solicitude pela edificação. Medite estas coisas!

*Edições Paracletos, Pastorais - João Calvino (1509-1564).

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“Deus não nos deu espírito de Covardia”

“Deus não nos deu espírito de Covardia”
“Por essa causa te desperto a lembrança para que reavives o dom de Deus, o qual está em ti pela imposição de minhas mãos. Porque Deus não nos deu espírito de covardia, mas de poder, de amor e de sobriedade” (2Tm 1.6,7).

“Porque Deus não nos deu espírito de covardia”. Isso confirma sua afirmação anterior (vs 6), pela qual Paulo prossegue insistindo com Timóteo a apresentar evidência do poder dos dons que recebera. Ele apela para o fato de que Deus governa seus ministros pelo espírito de poder que é o oposto do espírito de covardia. Daqui se conclui que eles não devem cair na indolência, mas que devem animar-se com profunda segurança e ardorosa atividade, e que exibam com visíveis resultados o poder do Espírito. Há uma passagem em Romanos (8.15) que, à primeira vista, se assemelha muito a esta; o contexto, porém, revela que o sentido é diferente. Ali, Paulo está tratando da confiança na adoção possuída por todos os crentes; aqui, porém, sua preocupação é especificamente com os ministros, e os exorta na pessoa de Timóteo a animar-se para dinâmicos feitos de bravura; pois o Senhor não quer que exerçam seu ofício com tibieza e langor, senão que avancem com todo vigor, confiando na eficácia do Espírito. Medite estas coisas!

*Edições Paracletos, Pastorais - João Calvino (1509-1564).

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sábado, 4 de agosto de 2018

“Fé Eficaz”

“Fé Eficaz”
Dou sempre graças ao meu Deus, fazendo menção de ti em minhas orações, ouvindo de teu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e para com todos os santos; para que a comunhão de tua fé venha a ser eficaz no conhecimento de todo o bem que há em vós para com Cristo” (Fl 1.4-6).

“Para que a comunhão de tua fé venha a ser eficaz”. Esta cláusula é um tanto obscura, contudo tentarei elucidá-la de uma maneira tal que meus leitores venham a apreender a intenção de Paulo. Primeiramente devemos descobrir que o apóstolo não está dando prosseguimento ao seu enaltecimento à pessoa de Filemom, mas está explicando o que pedira para ele, ao fazer menção dele em suas orações (vs 4). Então, o que ele pediu? Que sua fé, convertendo-se em boas obras, por si só provasse ser genuína e frutífera. Ele qualifica: “a comunhão de tua fé”, visto que a fé não permanece inativa e escondida, mas se manifesta aos homens através de seus frutos. Pois ainda que a fé tenha sua residência secreta nos recessos do coração, ela se comunica com os homens através das boas obras. É como se ele quisesse dizer: “Tua fé, ao comunicar-se, pode comprovar sua eficácia em todas as coisas saudáveis”. “No conhecimento de todo o bem” significa experiência. O apóstolo deseja que a fé de Filemom se comprovasse eficaz por seus efeitos, e isso sucede quando as pessoas entre as quais vivemos conhecem nossa vida piedosa e santa. Daí ele falar de todo o bem que há em vós, porque tudo o que existe de bom em nós revela nossa fé. Medite estas coisas!

*Edições Paracletos, Pastorais - João Calvino (1509-1564).

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“Providência Divina”


“Providência Divina”
“Pois acredito que ele veio a ser afastado de ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre” (Fl 1.15).

Amados irmãos, caso nos iremos ante as ofensas praticadas pelos homens, nossa ira deve amenizar-se ao vermos que as coisas feitas maliciosamente foram praticadas para servir a diferentes fins segundo os desígnios divinos. Um ditoso resultado pode ser considerado como a cura para muitos males, a qual a mão divina nos oferece com o fim de dissipar as ofensas. Assim foi com José (Gn 45.5), ao considerar como a portentosa providência divina realizou quando, apesar de ser vendido como escravo, não obstante foi elevado a uma posição tal que dai pôde sustentar a seu pai e a seus irmãos, e ainda pôde esquecer a traição e crueldade de seus irmãos, dizendo-lhes que fora enviado para ali por causa deles. Semelhantemente, Paulo lembra a Filemom que não se sentisse por demais ofendido pela fuga de seu escravo, porque ela produziu algo positivo, sobre o quê não deve lastimar. Pois sendo Onésimo essencialmente um trânsfuga, mesmo que Filemom o retivesse em casa, na realidade não haveria desfrutado de sua propriedade. Sendo ele perverso e desleal, não era de nenhuma valia ao seu senhor. Onésimo fora vagante por algum tempo, para que, mudando de lugar, fosse ele mesmo mudado, convertendo-se em novo homem. O apóstolo sabiamente ameniza toda a situação, denominando a fuga de Onésimo, uma partida, e acrescentando que ela fora apenas temporária, e finalmente ele contrasta a durabilidade da utilidade com a breve duração da perda. Ele prossegue, fazendo menção de outro resultado positivo da fuga de Onésimo – ele não só foi corrigido por ela, de modo a transformar-se num escravo útil, mas ainda se converteu em irmão de seu senhor (Fl 1.16). Medite estas coisas!

*Edições Paracletos, Pastorais - João Calvino (1509-1564).

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