“Providência Divina”
“Pois acredito que ele veio a ser afastado de
ti temporariamente, a fim de que o recebas para sempre” (Fl 1.15).
Amados
irmãos, caso nos iremos ante as ofensas praticadas pelos homens, nossa ira deve
amenizar-se ao vermos que as coisas feitas maliciosamente foram praticadas para
servir a diferentes fins segundo os desígnios divinos. Um ditoso resultado pode
ser considerado como a cura para muitos males, a qual a mão divina nos oferece
com o fim de dissipar as ofensas. Assim foi com José (Gn 45.5), ao considerar
como a portentosa providência divina realizou quando, apesar de ser vendido
como escravo, não obstante foi elevado a uma posição tal que dai pôde sustentar
a seu pai e a seus irmãos, e ainda pôde esquecer a traição e crueldade de seus
irmãos, dizendo-lhes que fora enviado para ali por causa deles. Semelhantemente,
Paulo lembra a Filemom que não se sentisse por demais ofendido pela fuga de seu
escravo, porque ela produziu algo positivo, sobre o quê não deve lastimar. Pois
sendo Onésimo essencialmente um trânsfuga, mesmo que Filemom o retivesse em
casa, na realidade não haveria desfrutado de sua propriedade. Sendo ele
perverso e desleal, não era de nenhuma valia ao seu senhor. Onésimo fora vagante por algum tempo, para que, mudando de lugar, fosse ele
mesmo mudado, convertendo-se em novo homem. O apóstolo sabiamente ameniza toda
a situação, denominando a fuga de Onésimo, uma
partida, e acrescentando que ela fora apenas temporária, e finalmente ele contrasta a durabilidade da utilidade
com a breve duração da perda. Ele prossegue, fazendo menção de outro resultado
positivo da fuga de Onésimo – ele não só foi corrigido por ela, de modo a
transformar-se num escravo útil, mas ainda se converteu em irmão de seu senhor
(Fl 1.16). Medite estas coisas!
*Edições Paracletos, Pastorais - João Calvino (1509-1564).
*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375
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