“MOTIVO DE TROPEÇO”
“Bem-aventurado
é aquele que não achar em mim motivo de tropeço” (Lc 7.23).
Dê a devida
atenção ao aviso que o nosso Senhor deu aos discípulos de João Batista. Cristo Jesus
sabia do perigo em que aqueles homens se encontravam: Eles estavam dispostos a questionar
sua reivindicação de ser Ele o Messias. Em Jesus não havia qualquer
característica de um rei. Ele não tinha vestes reais e nem riquezas. Estes
homens viam em Jesus um homem comum – filho de José e Maria – tão sem recurso
financeiro quanto eles mesmos. A probabilidade de rejeição não era pequena.
Mesmo depois de mostrar as suas credenciais Cristo sondou o coração deles e os
despediu com uma advertência: “Bem-aventurado é aquele que não achar em mim
motivo de tropeço”.
Enquanto este mundo
existir, Jesus Cristo será “motivo de tropeço” para muitos. Anunciar que somos pecadores, culpados e perdidos, que não podemos salvar a nós
mesmos, que temos que abandonar a nossa justiça própria, “que não há salvação
em nem um outro; porque
abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens, pelo qual
importa que sejamos salvos” (At 4.12), que Aquele humilhado e
traspassado na cruz do Calvário entre dois malfeitores, feito maldição em nosso
lugar, é o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, o Filho de Deus, o único que
tira o pecado do mundo, e que a nossa salvação deve-se exclusivamente ao
imerecido favor divino – isso é ofensivo ao homem natural. O coração orgulhoso
se sente ofendido, e tropeça, e rejeita estas verdades, permanecendo debaixo da
ira de Deus (Jo 3.36).
“Bem-aventurado
é aquele que não achar em mim motivo de tropeço”, disse o Senhor Jesus.
Deus nos
abençoe!
J.C.Ryle (1816-1900).
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