A Falsidade e a Mentira
“Por isso, deixando a mentira, fale cada um a verdade com o seu próximo”
(Ef 4.25).
Para formularmos um juízo verdadeiro sobre as coisas precisamos
conhecê-las. Nós falseamos ou mentimos quando não vemos as coisas tais como
são, não falando delas tais como são.
A falsidade e a mentira se referem à aparência superficial e ilusória das
coisas e surgem quando não conseguimos alcançar a sua essência. São defeitos,
falhas em nossa percepção sensorial ou intelectual. O falso e a mentira surgem
quando dizemos de alguma coisa aquilo que ela não é, quando lhe atribuímos
qualidades ou propriedades que ela não possui. Nesse caso, a falsidade e a mentira
se alojam na linguagem e acontecem no momento em que fazemos afirmações ou
negações que não correspondem à realidade.
Em certa ocasião o Senhor Jesus perguntou aos principais sacerdotes
e escribas: “O batismo de João era dos céus ou dos homens?”, eles responderam
que “não sabiam” (Lc 20:1-8). Foram falsos, pois sabiam da verdade e poderiam
ter respondido com exatidão, mas preferiram a mentira. Há quem defenda
a ideia do livre arbítrio da vontade, de modo que a verdade fica na
dependência não só da conformidade entre relato e fato, mas também da boa
vontade ou da vontade que deseja o verdadeiro.
Como explicar atitudes falsas e mentiras? Por que milhares de pessoas dirão qualquer coisa, antes de reconhecerem seus erros? Mentir é apenas um dos pecados ao qual o coração humano está mais naturalmente inclinado e um dos mais comuns entre os homens. O número de mentiras que se utiliza falsificando a verdade, mesmo no meio evangélico, é bem maior do que imaginamos. Cuidado com a verdade falsificada sendo anunciada “em nome de Jesus”. “Ora, o aparecimento do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo poder, e sinais, e prodígios da mentira, e com todo engano de injustiça aos que perecem, porque não acolheram o amor da verdade para serem salvos” (2Ts 2.9,10).
Deus nos abençoe!