“Guardemos
firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel
(Hb 10.22). “Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando até ao fim, a
mesma diligência para a plena certeza da esperança” (Hb 6.11).
A segurança, num grau ou noutro dela, faz
parte da essência da fé, visto que justamente em proporção à força de nossa fé
está nossa segurança da veracidade daquilo em que cremos; visto, porém, que a
verdadeira fé existe em todos os diversos graus da força, e visto que seus
exercícios são às vezes interrompidos, segue-se que a segurança que acompanha a
verdadeira fé nem sempre é uma segurança plena.
Além disso, a expressão plena ou “segurança infalível”, aqui exposto, não diz respeito à
certeza de nossa fé ou confiança quanto à veracidade do objetivo sobre o qual a
fé repousa – isto é, a promessa divina de salvação em Cristo -, mas à certeza
de nossa esperança ou fé quanto à nossa própria relação pessoal com Cristo e
com a salvação eterna. Donde se segue que, enquanto a segurança, em algum grau
dela, pertence à essência de toda fé real na suficiência de Cristo e na
veracidade das promessas, ela em grau algum é essencial à fé genuína de que o
crente deve ser persuadido ante a veracidade de sua própria experiência e da
segurança de seu estado. Os teólogos consequentemente têm feito distinção entre
a segurança de fé (Hb 10.22) – isto é, uma fé vigorosa quanto à verdade de
Cristo – e a segurança da esperança (Hb 6.11) – isto é, inabalável persuasão de
que somos realmente crentes e, portanto salvos. Esta última é também chamada a segurança
do senso, porquanto repousa sobre o senso interior que a alma tem da realidade
de suas próprias experiências espirituais. A primeira provém da essência da fé,
e termina diretamente em Cristo e suas promessas; e por isso é chamada o ato direto da fé. A última não provém da
essência da fé, mas é seu fruto, e é chamada o ato reflexivo da fé, porque é delineada como uma inferência da
experiência das graças do Espírito que a alma discerne quando reflete em sua
própria consciência. Deus afirma que todo aquele que crê é salvo – eis o alvo
da fé direta; eu creio – eis a substância da experiência consciente; portanto
sou salvo – eis a substância da inferência e da essência da segurança plena. “É de se esperar dos que gastam o
melhor do seu tempo meditando nestas coisas que fruam de maior calma e serenidade
espiritual, maior clareza e evidência de conhecimento, e sejam menos assediados
por dificuldades e dúvidas do que os outros homens” (George Berkeley). Amém!
Pr. José Rodrigues Filho
*Confissão
de Fé de Westminster Comentada, A.A.Hodge - Editora Os Puritanos.
*George Berkeley (1685-1753) - Irlandês, ministro da igreja Anglicana e Filósofo.
*George Berkeley (1685-1753) - Irlandês, ministro da igreja Anglicana e Filósofo.
*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375
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