"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



domingo, 12 de março de 2017

Segurança Infalível de Salvação

Segurança Infalível de Salvação
“Guardemos firme a confissão da esperança, sem vacilar, pois quem fez a promessa é fiel (Hb 10.22). “Desejamos, porém, continue cada um de vós mostrando até ao fim, a mesma diligência para a plena certeza da esperança” (Hb 6.11).

A segurança, num grau ou noutro dela, faz parte da essência da fé, visto que justamente em proporção à força de nossa fé está nossa segurança da veracidade daquilo em que cremos; visto, porém, que a verdadeira fé existe em todos os diversos graus da força, e visto que seus exercícios são às vezes interrompidos, segue-se que a segurança que acompanha a verdadeira fé nem sempre é uma segurança plena. Além disso, a expressão plena ou “segurança infalível”, aqui exposto, não diz respeito à certeza de nossa fé ou confiança quanto à veracidade do objetivo sobre o qual a fé repousa – isto é, a promessa divina de salvação em Cristo -, mas à certeza de nossa esperança ou fé quanto à nossa própria relação pessoal com Cristo e com a salvação eterna. Donde se segue que, enquanto a segurança, em algum grau dela, pertence à essência de toda fé real na suficiência de Cristo e na veracidade das promessas, ela em grau algum é essencial à fé genuína de que o crente deve ser persuadido ante a veracidade de sua própria experiência e da segurança de seu estado. Os teólogos consequentemente têm feito distinção entre a segurança de fé (Hb 10.22) – isto é, uma fé vigorosa quanto à verdade de Cristo – e a segurança da esperança (Hb 6.11) – isto é, inabalável persuasão de que somos realmente crentes e, portanto salvos. Esta última é também chamada a segurança do senso, porquanto repousa sobre o senso interior que a alma tem da realidade de suas próprias experiências espirituais. A primeira provém da essência da fé, e termina diretamente em Cristo e suas promessas; e por isso é chamada o ato direto da fé. A última não provém da essência da fé, mas é seu fruto, e é chamada o ato reflexivo da fé, porque é delineada como uma inferência da experiência das graças do Espírito que a alma discerne quando reflete em sua própria consciência. Deus afirma que todo aquele que crê é salvo – eis o alvo da fé direta; eu creio – eis a substância da experiência consciente; portanto sou salvo – eis a substância da inferência e da essência da segurança plenaÉ de se esperar dos que gastam o melhor do seu tempo meditando nestas coisas que fruam de maior calma e serenidade espiritual, maior clareza e evidência de conhecimento, e sejam menos assediados por dificuldades e dúvidas do que os outros homens” (George Berkeley). Amém!

Pr. José Rodrigues Filho

*Confissão de Fé de Westminster Comentada, A.A.Hodge - Editora Os Puritanos.
*George Berkeley (1685-1753)  - Irlandês, ministro da igreja Anglicana e Filósofo.

*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375

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