A Certeza da Salvação
“O próprio Espírito testifica como o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16).
A certeza da salvação está fundamentada, primeiro: na verdade divina das promessas de salvação; segundo: na evidência interna das graças às quais são feitas essas promessas; e terceiro: no testemunho do Espírito de adoção, testemunhando com o nosso espírito que somos filhos de Deus. “Porque não recebestes o espírito de escravidão, para viverdes, outra vez atemorizados, mas recebestes o espírito de adoção, baseados no qual clamamos Aba, Pai. O próprio Espírito testifica como o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.15,16).
“Ainda que os hipócritas, bem como outras pessoas não regeneradas, inutilmente se enganem com falsas esperanças e carnal presunção de serem alvos do favor divino e estado de salvação, esperança que perecerá, contudo os que creem realmente no Senhor Jesus e o amam sinceramente, envidando todo esforço por andar em toda sã consciência diante dele, podem nesta vida estar plenamente certos de que estão em estado de graça e podem regozijar-se na esperança da glória de Deus, esperança esta que jamais os envergonhará” (CFW XVIII.§1).
Pode-se distinguir essa convicção legítima daquela vã e presunçosa confiança que é uma ilusão de satanás, distinção que pode ser notada pelas seguintes provas: 1) A verdadeira segurança gera humildade, sem fingimento; a falsa segurança gera orgulho espiritual (Gl 6.14); 2) A verdadeira conduz à crescente diligência na prática da santidade; a falsa conduz à indolência e a permissividade (Sl 51.13,14); 3) A verdadeira conduz ao sincero auto-exame e desejo de ser sondado e corrigido por Deus; a falsa conduz a uma disposição de se satisfazer com a aparência e de se evitar a acurada investigação (Sl 139.23,24); 4) A verdadeira conduz a perenes aspirações por mais íntima comunhão com Deus (1Jo 3.2,3).
O Espírito Santo dá aos redimidos do Senhor, especialmente ao que se destaca por sua diligência e fidelidade a graça da iluminação espiritual, para que possua uma penetrante percepção em seu próprio caráter, para que julgue a real autenticidade de suas próprias graças, para que interprete corretamente as promessas e os caracteres aos quais se limitam nas Escrituras; de modo que, comparando o padrão externo com a experiência interna, extraia conclusões corretas e inquestionáveis. Amém!
Pr. José Rodrigues Filho
*Confissão de Fé de Westminster Comentada, A.A.Hoge – Editora Os Puritanos.
*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR
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