“E para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele
ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1Ts
1.10).
É verdade
que Cristo nos livrou pela sua morte da ira de Deus, mas a importância desse
livramento se tornará visível no último dia. No entanto, esta afirmação consiste
de duas seções. A primeira é que a ira de Deus e a destruição eterna são
iminentes à raça humana, porquanto todos pecaram, e destituídos estão da glória
de Deus (Rm 3.23). A segunda é que não existe meio de escape senão através
da graça de Cristo; pois não é sem bons motivos que Paulo lhe atribui este
ofício. Contudo, é um dom inestimável que os que são piedosos, sempre que é
feita menção ao juízo, saibam que Cristo virá para eles como um Redentor. Além
disso, ele afirma enfaticamente: a ira futura, para despertar as mentes piedosas,
para que não fracassem ao considerar a vida presente. Pois, assim como a fé é a
prova das coisas que não se veem (Hb 11.1), nada é menos adequado do que
estimarmos a ira de Deus de acordo com o que cada um é afligido no mundo; assim
como nada é mais absurdo do que nos apegarmos às bênçãos transitórias de que
desfrutamos, para que por elas tenhamos uma estimativa do favor de Deus.
Portanto, enquanto, por um lado, os ímpios se divertem à vontade, e nós, por
outro, definhamos em miséria, aprendamos a temer a vingança de Deus, que está
oculta aos olhos da carne, e a ter nossa satisfação nos deleites secretos da
vida espiritual. A quem ressuscitou. O apóstolo Paulo faz menção aqui da ressurreição de Cristo, sobre a qual
a esperança da nossa ressurreição está fundamentada, pois a morte nos assalta
em toda a parte. Por isso, a menos que aprendamos a olhar para Cristo, nossas
mentes recuarão a toda a hora. Pela mesma consideração, ele os admoesta que
Cristo deve ser aguardado desde o céu, porque não encontraremos nada no
mundo para nos sustentar, enquanto que há inúmeras provas para nos subjugar.
Outra circunstância deve ser observada; pois, como Cristo ressuscitou com este
objetivo – para que finalmente nos fizesse a todos, como seus membros,
participantes da mesma glória consigo, Paulo sugere que a sua ressurreição
seria em vão, a menos que ele aparecesse novamente como Redentor deles, e
estendesse a todo o corpo da Igreja o fruto e o efeito desse poder que ele manifestou
em si mesmo. Amém!
*1Tessalonicenses – Comentários de João
Calvino.
Igreja Presbiteriana do Brasil no Champagnat
Rua Desembargador Otávio do Amaral, 885 – Curitiba/PR
(41) 3023-5896
Pastor Efetivo: Rev. Luiz Eduardo Pugsley Ferreira
Pastor Auxiliar: Rev. José Rodrigues de Oliveira Filho
Pastor Auxiliar: Rev. José Rodrigues de Oliveira Filho
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