"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



quinta-feira, 29 de março de 2018

Ame Também a Seu Irmão

Ame Também a Seu Irmão
Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (1Jo 4.21).

Amados irmãos, o nosso Senhor Jesus esteve em extrema agonia lá na Cruz do Calvário. Isto não o impediu de demonstrar amor. Vemos de forma especial em suas palavras dirigidas a Maria, Sua mãe e a João, Seu discípulo. “Vendo Jesus sua mãe e junto a ela o discípulo amado, disse: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí a tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa” (Jo 19.26,27). Consideremos o que Jesus disse a João: “Eis aí a tua mãe. Dessa hora em diante, o discípulo a tomou para casa. Por tradicional interpretação atribui-se que com essas palavras o nosso Senhor Jesus entregava Maria aos cuidados de João. Disto aprendemos que não é por fluência no trato de assuntos espirituais, mas pela prática diligente daquilo que o Senhor nos ordenou que provamos ser verdadeiros cristãos. “Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros” (Jo 13.35). “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama” (Jo 14.21). “O meu mandamento é este: que vos ameis uns aos outros, assim como eu vos amei. Vós sois meus amigos se fazeis o que vos mando” (Jo 15.12,14). “Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (1Jo 4.21). Que o amor não seja apenas um conceito em nossas mentes, e sim atitudes que comprovam a nossa verdadeira profissão de fé (1Co 13.1-7). Dizer que amamos é inútil se não estiver acompanhado de ação. Se pretendemos dizer algo quando afirmamos que Deus é amor, isto será percebido em nosso comportamento. Em especial, se evidenciará em nossa maneira de lidar com os irmãos. “Se alguém disser: Amo a Deus, e odiar a seu irmão, é mentiroso; pois aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. Ora, temos, da parte dele, este mandamento: que aquele que ama a Deus ame também a seu irmão” (1Jo 4.20,21). Medita nestas coisas!

Pr. José Rodrigues Filho

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Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375

sábado, 24 de março de 2018

Considerações a respeito da Ressurreição de Jesus Cristo

Considerações a respeito da Ressurreição de Jesus Cristo
“Porque buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou” (Lc 24.5,6).

Consideremos três coisas a respeito da ressurreição de Jesus Cristo. Houve, primeiramente, a obra de Deus Pai ao libertar o Filho da morte quando a lei foi totalmente satisfeita e a justiça realizada. “Vós o matastes, crucificando-o por mãos de iníquos; ao qual, porém, Deus ressuscitou, rompendo os grilhões da morte; porquanto não era possível fosse ele retido por ela” (At 2.24). Em segundo lugar, ouve a obra do Filho que levantou a si mesmo dos mortos. Embora os homens tenham malignamente lhe tirado a vida, eles não teriam autoridade nem capacidade para fazê-lo sem o seu consentimento. Eles jamais poderiam matá-lo contra a sua vontade. O Pai o levantou dos mortos porque a justiça havia sido satisfeita. Mas Cristo também levantou a si mesmo dos mortos tomando novamente a sua vida por meio do cuidado e poder que fluía da sua natureza divina para a sua natureza humana. “Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para a reassumir. Ninguém a tira de mim; pelo contrário, eu espontaneamente a dou. Tenho autoridade para a entregar e também para reavê-la. Este mandato recebi de meu Pai” (Jo 10.17,18). Em terceiro lugar, a tarefa especial de unir novamente a santíssima alma e corpo de Jesus Cristo foi deixada ao Espírito Santo. “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito” (1Pe 3.18). E é também, por esse mesmo Espírito que devemos ser levantados dos mortos. “Se habita em vós o Espírito daquele que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu Espírito, que em vós habita” (Rm 8.11). O Espírito Santo tornou a natureza humana de Cristo apta para sentar-se à direita de Deus Pai. Essa natureza humana glorificada de Cristo é o padrão ao qual os corpos de todos os crentes serão eternamente conformados. Que Deus nos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dEle, iluminando os olhos do nosso coração, para compreendermos a suprema grandeza e a eficácia do seu poder. (Ef 1.17-20). Amém!

Pr. José Rodrigues Filho

*John Owen, “O Espírito Santo” - Editora Os Puritanos

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“Ora, se vós, que sois Maus”

“Ora, se Vós, que Sois Maus”
“Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem?” (Lc 11.13).

Jesus Cristo sabia muito bem o que queremos dizer quando falamos que a humanidade está sem esperança. Ele esteve entre os homens e, por ver muito além do que eles viam do seu tempo, disse: “Ora, se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos”. O nosso Senhor estava familiarizado com a filantropia dos homens e com aquele tipo de bondade que nos dias atuais conhecemos muito bem, por isso, Ele não disse apenas “sabeis dar boas dádivas”, mas também disse: “Ora, se vós, que sois maus”. E disse tais coisas para homens que manifestavam bondade de coração (Lc. 11.13).

Quando nos deparamos com o parecer de Jesus sobre o mal, tal linguagem pode dar a impressão de ser essencialmente pessimista. Quando nos voltamos para a Cruz, vemos e reconhecemos a verdadeira face da malignidade. Contudo, não alcançamos a revelação da estimativa que Cristo tem da humanidade, ou seja: ainda que, sendo maus, os homens são passíveis de redenção.

Cristo  Jesus viu a mácula e a desolação da humanidade caída; ele sabia da sua degradação e desesperança - como nós não podemos ver ou entender - salvo se pudéssemos ver com os seus olhos. O nosso Senhor não estava enganado quanto à natureza humana. "Sois, maus", mesmo assim Ele morreu pelos homens tal qual descreve. Entretanto, todo homem que tenha contemplado o olhar santo e amoroso de Cristo morrendo na Cruz, jamais poderá falar em desesperança, pois a Cruz significa exatamente o contrário. Os homens ainda que desfigurados da imagem de Deus, o “Filho do Homem” considerou que valia a pena morrer por eles. “O Filho do Homem veio buscar e salvar o perdido” (Lc 19.10).

“Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo” (At 2.38).

Deus nos abençoe!

* “A Bíblia e a Cruz" – George Campbell Morgan (1863-1945).

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sexta-feira, 23 de março de 2018

Arrependimento Falso – Parte 2

Arrependimento Falso – Parte 2
E os principais sacerdotes, tomando as moedas, disseram: Não é lícito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue. E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros” (Mt 27.6,7).

Amados irmãos, outra imitação do arrependimento pode surgir do medo de um mal futuro, a apreensão causada pela morte e pelo inferno. “E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo” (Ap 6.8). Que não fará o pecador, que votos não fará, quando sabe que vai morrer e que vai comparecer perante o trono do juízo? O amor próprio provoca o voto de um enfermo, e o amor ao pecado prevalecerá contra isso. Outra imitação do arrependimento é o abandono de muitas formas de pecado. É uma grande realização, confesso, abandonar um ou mais pecados. O pecado é tão valorizado por este ou àquele homem que ele prefere abandonar um filho a abandonar o pecado da luxúria. O pecado pode ser abandonado, ainda que sem arrependimento. Consideremos: 1) Um homem pode abandonar alguns pecados e manter outros, como Herodes, que reformou muitas coisas erradas, mas não pôde renunciar a seu incesto. 2) Um velho pecado pode ser abandonado para dar lugar a um novo pecado. Isso é fazer troca de pecados. O pecado pode ser trocado, e o coração permanecer sem mudança. Assim sucede que o pecador muda de um vício para outro, mas continua sendo pecador, continua em pecado. 3) Um pecado pode ser abandonado mais por motivos de prudência do que pela força da graça. Um homem vê que, embora este ou aquele pecado lhe dê prazer, todavia não convém a seus interesses. Acabará com o seu crédito, prejudicará a sua saúde, arruinará as suas posses. Daí, por razões de prudência, ele o descarta. O verdadeiro abandono do pecado acontece quando os atos pecaminosos cessam pela infusão de um princípio da graça, como um ambiente deixa de estar escuro pela infusão da luz. “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado” (Sl 51.1,2). Medita nestas coisas!

*Thomas Watson - “A Doutrina do Arrependimento”, PES

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Arrependimento Falso – Parte 1

Arrependimento Falso – Parte 1
Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo” (Mt 27.3,4).

Amados irmãos, há diversas formas falsas de arrependimento que bem podem ter dado ocasião a estas palavras de Agostinho: “O arrependimento condena muitos”. Ele se referia ao falso arrependimento; à pessoa que se ilude com uma imitação de arrependimento. A primeira imitação de arrependimento é o medo da lei. Um homem permaneceu muito tempo no pecado. Por fim, Deus o detém, mostra-lhe o risco desesperador que ele corre, e ele se enche de angústia. Não demora, a tempestade da consciência é soprada para longe, e ele se tranquiliza. Então conclui que é um verdadeiro penitente porque sentiu alguma amargura por seu pecado. Ninguém se engane: isso não é arrependimento. Judas teve alguma inquietação mental. Uma coisa é ser um pecador aterrorizado, outra é ser um pecador arrependido. O sentimento de culpa é suficiente para gerar terror. A infusão da graça gera arrependimento. A dor e aflição não são suficientes para gerar arrependimento. O arrependimento depende da ocorrência de mudança do coração. Pode haver terror pelo pecado sem mudança do coração. “Então, Judas, o que o traiu, vendo que Jesus fora condenado, tocado de remorso, devolveu as trinta moedas de prata aos principais sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei, traindo sangue inocente. Eles, porém, responderam: Que nos importa? Isso é contigo. Então, Judas, atirando para o santuário as moedas de prata, retirou-se e foi enforcar-se. E os principais sacerdotes, tomando as moedas, disseram: Não é lícito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue. E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros. Por isso, aquele campo tem sido chamado, até ao dia de hoje, Campo de Sangue. Então, se cumpriu o que foi dito por intermédio do profeta Jeremias: Tomaram as trinta moedas de prata, preço em que foi estimado aquele a quem alguns dos filhos de Israel avaliaram; e as deram pelo campo do oleiro, assim como me ordenou o Senhor” (Mt 27.3-10). Medita nestas coisas!

*Thomas Watson - “A Doutrina do Arrependimento”, PES

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terça-feira, 13 de março de 2018

FACE A FACE COM DEUS

FACE A FACE COM DEUS 
“Passareis a orar a mim, e eu vos ouvirei” (Jr 29.12).

O ponto máximo de nossa experiência como cristãos torna-se real quando em oração nos encontramos face a face com Deus. A oração é uma sublime ocupação da alma, e, por conseguinte, ao mesmo tempo, serve como teste da verdadeira espiritualidade. Não existe nada mais eficaz para revelar o nosso estado espiritual do que a nossa vida de oração. Qualquer coisa que se faça como atividade cristã é bem mais fácil do que prostrar-se diante de Deus em oração. Doar esmolas não é uma prática muito difícil – o homem natural, o incrédulo sabe alguma coisa a esse respeito, e é possível encontrar caridade em pessoas que não professam a fé cristã. São pessoas que parecem ter nascido com espírito e disposição à generosidade, e, para elas, ajudar quem pede auxílio não é algo particularmente muito penoso. Sem dúvida, a oração expõe a nossa verdadeira condição espiritual, manifesta a espécie, a natureza da nossa relação com Deus, e qual o nível de comunhão que temos com o Espírito do Senhor. Em última análise, portanto, descobrimos a verdadeira situação de nossa alma e autenticidade cristã quando em oração, privadamente, revelamos intimidade com Deus. E mais, corremos um grande perigo quando em ajuntamento solene, em culto público, dirigirmos nossas orações às pessoas presentes ao invés de proferi-las a Deus. Entretanto, quando estamos a sós com Deus, esse perigo desaparece. Porventura todos nós não sabemos o que significa ter menos para dizer a Deus quando estamos a sós com Ele do que quando estamos na companhia de outras pessoas? Não deveria ser assim; mas é precisamente isso que acontece. Orar não é somente uma sublime ocupação da alma, é também o mais profundo e autêntico momento de um homem com Deus. “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração. Serei achado de vós, diz o SENHOR, e farei mudar a vossa sorte” (Jr 29.13). Medita nestas coisas!

Pr. Jose Rodrigues

*Estudos no Sermão do Monte, Martin .Lloyd-Jones, PES

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Longe de mim, que eu peque contra o SENHOR

Longe de mim, que eu peque contra o SENHOR 
Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o SENHOR, deixando de orar por vós; antes, vos ensinarei o caminho bom e direito” (1Sm 12.23).

Amados irmãos, vamos dar atenção às palavras do profeta Samuel: “Quanto a mim, longe de mim que eu peque contra o Senhor, deixando de orar por vós”. Deixar de orar em favor dos nossos irmãos é um pecado contra Deus. Pecamos não só quando praticamos o mal, mas também quando deixamos de fazer o bem. “Portanto, aquele que sabe que deve fazer o bem e não o faz, nisso está pecando” (Tg 4.17). Os cristãos são exortados a serem fortalecidos no Senhor e na força do Seu poder, “com toda oração e súplica, orando em todo o tempo no Espírito e para isto vigiando com toda a perseverança e súplica por todos os santos” (Ef 6.18). A negligência na prática da oração demonstra desconsideração para com Deus, por Sua Palavra, pelos irmãos, entristece o Espírito Santo e enfraquece a alma. Não é difícil reservarmos tempo para quem amamos. Não ter tempo para Deus é uma declaração que não O amamos. A indiferença quanto a oração leva também ao descaso dos outros meios da graça. A ausência do espírito de oração torna evidente que estamos mortalmente debilitados. E mais, quando negligenciamos a prática da oração não crescemos em graça e intimidade com o Senhor. Uma relação adequada com Deus inclui a oração. Sem o desenvolvimento necessário da comunhão com Cristo perdemos a consciência de Sua santa presença e deixamos de ouvir Sua voz. Podemos dar muitas desculpas, mas deixar de orar pelos nossos irmãos é pecado. Não apenas pecado contra os irmãos, mas diretamente contra Deus, e todo pecado traz sérias consequências. Por fim, lembre-se que Cristo Jesus vive para sempre intercedendo por nós (Hb 7.25). O Espírito de Cristo é Espírito de oração! “
Também o Espírito, semelhantemente, nos assiste em nossa fraqueza; porque não sabemos orar como convém, mas o mesmo Espírito intercede por nós sobremaneira, com gemidos inexprimíveis” (Rm 8.26). Medita nestas coisas!

Pr. José Rodrigues Filho

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