“E os principais sacerdotes, tomando as moedas, disseram: Não é lícito deitá-las no cofre das ofertas, porque é preço de sangue. E, tendo deliberado, compraram com elas o campo do oleiro, para cemitério de forasteiros” (Mt 27.6,7).
Amados irmãos, outra imitação do arrependimento pode surgir do medo de um mal futuro, a apreensão causada pela morte e pelo inferno. “E olhei, e eis um cavalo amarelo e o seu cavaleiro, sendo este chamado Morte; e o Inferno o estava seguindo” (Ap 6.8). Que não fará o pecador, que votos não fará, quando sabe que vai morrer e que vai comparecer perante o trono do juízo? O amor próprio provoca o voto de um enfermo, e o amor ao pecado prevalecerá contra isso. Outra imitação do arrependimento é o abandono de muitas formas de pecado. É uma grande realização, confesso, abandonar um ou mais pecados. O pecado é tão valorizado por este ou àquele homem que ele prefere abandonar um filho a abandonar o pecado da luxúria. O pecado pode ser abandonado, ainda que sem arrependimento. Consideremos: 1) Um homem pode abandonar alguns pecados e manter outros, como Herodes, que reformou muitas coisas erradas, mas não pôde renunciar a seu incesto. 2) Um velho pecado pode ser abandonado para dar lugar a um novo pecado. Isso é fazer troca de pecados. O pecado pode ser trocado, e o coração permanecer sem mudança. Assim sucede que o pecador muda de um vício para outro, mas continua sendo pecador, continua em pecado. 3) Um pecado pode ser abandonado mais por motivos de prudência do que pela força da graça. Um homem vê que, embora este ou aquele pecado lhe dê prazer, todavia não convém a seus interesses. Acabará com o seu crédito, prejudicará a sua saúde, arruinará as suas posses. Daí, por razões de prudência, ele o descarta. O verdadeiro abandono do pecado acontece quando os atos pecaminosos cessam pela infusão de um princípio da graça, como um ambiente deixa de estar escuro pela infusão da luz. “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado” (Sl 51.1,2). Medita nestas coisas!
*Thomas Watson - “A Doutrina do Arrependimento”, PES
*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR
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