"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sábado, 11 de abril de 2020

“A Palavra de Salvação”

“A Palavra de Salvação”
“E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23.42,43).

A segunda Palavra de Cristo na cruz aconteceu em resposta ao pedido de um dos malfeitores que estava ao seu lado agonizando e à beira da morte.

1. Sabemos que não foi coincidência Jesus ser crucificado entre esses malfeitores.

700 anos antes Deus tinha declarado mediante o profeta Isaías que seu Filho deveria ser “contado com os transgressores” (Is 53.12). Nada aconteceu por acaso, e nada ocorre por acidente em um mundo que é governado por Deus. Desde a eternidade Deus havia decretado quando, e onde, e como, e com quem seu único Filho deveria morrer. Tudo sucedeu exatamente como O SOBERANO DEUS havia predeterminado (At 4.28).

O nosso bendito Salvador foi crucificado entre dois ladrões para, dentre diversas razões, demonstrar plenamente as insondáveis riquezas de seu amor e manifestar a sua imensa compaixão ao perdido pecador.

Devemos notar que os dois malfeitores crucificados com Cristo viram e ouviram tudo o que se tornou conhecido durante aquelas fatídicas horas. Ambos eram notoriamente perversos; ambos estavam sofrendo e morrendo, e ambos necessitavam urgentemente de assistência divina. Todavia, um morreu agonizando em seus pecados, morreu como tinha vivido - endurecido e impenitente; ao passo que o outro experimentou um profundo arrependimento do seu pecado, creu em Cristo, recorreu a ele para obter paz, alívio, misericórdia e entrar no Paraíso.

Vemos aqui a soberania de Deus em ação sem destruir a responsabilidade humana. O Evangelho é graciosamente anunciado e o pecador é intimado pelo Espírito Santo ao arrependimento e fé!

Por um lado, vemos a graça Deus triunfando. Deus em sua infinita graça planejou a salvação, proveu a salvação, e assim opera sobre e em seus eleitos sobrepujando a dureza de seus corações, a obstinação de suas vontades, e a inimizade de suas mentes, tornando-os desejosos por receber a salvação em Cristo Jesus. Graça soberana, livre, irresistível!

Por outro lado, vemos que a salvação de um dos malfeitores ocorreu numa hora quando, exteriormente, parecia que Cristo havia perdido o poder para salvar, seja a si mesmo ou a outros. É bem provável que esse foi o primeiro contato desse homem com Jesus e, agora que o via, era um momento de dor e desgraça. Até mesmo aqueles que tinham crido nele foram levados às dúvidas por causa de sua crucificação. E, não obstante a tais obstáculos e dificuldades o ladrão apreendeu a condição de Salvador e o Senhorio de Cristo. Como explicar isso? Sem dúvida houve intervenção divina: o novo nascimento, a conversão, o arrependimento e fé experimentados por este ladrão na cruz foi um tremendo milagre!

2. Vemos aqui a necessidade do arrependimento e da fé.

Não temos nas Escrituras ensino que Deus tenha eleito pessoas para o paraíso sem que estas respondam positivamente ao seu chamado em arrependimento e fé. Arrependimento de pecados e fé em Cristo são elementos que identificam o nascido de Deus, e isso é indispensável à salvação.

“Tu, ó homem, pensas que te livrarás do juízo de Deus? Ou desprezas a riqueza da sua bondade, e tolerância, e longanimidade, ignorando que a bondade de Deus é que te conduz ao arrependimento” (Rm 2.3,4).  “Pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8). “Fé que uma vez por todas foi entregue aos santos” (Jd 1.3).

3. Iluminação espiritual e crescimento na graça e no conhecimento Senhor e Salvador.

Percebam o maravilhoso progresso espiritual desse homem naquelas poucas horas, mesmo em circunstâncias tão adversas e terríveis.

Primeiro - a consciência de que há um Deus justo e que vinga o pecado. “Tu nem ao menos temes a Deus?”

Segundo - esse homem viu sua própria pecaminosidade. Ele reconheceu que era um transgressor da lei de Deus. Ele viu que o seu pecado merecia justa punição. (Rm 6.23).

Terceiro, ele testemunhou da impecabilidade Jesus — “este nenhum mal fez”. Deus abriu os olhos desse homem para ver a perfeição de seu Filho, e este homem abriu os seus lábios para dar testemunho da Excelência diante dele. Ele não apenas testemunhou da humanidade impecável de Cristo, mas também confessou a sua Divindade - “lembra-te de mim”. Ele creu em Cristo, como seu Senhor e Salvador. Ele ouviu a oração de Jesus por seus inimigos, “Pai, perdoa-lhes...”. Esta curta palavra tornou-se um sermão de salvação pra ele. E o seu clamor foi: “Senhor, lembra-te de mim”! “Senhor, salva-me”!

Conclusão

“Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso”.

O que torna o céu atraente ao coração daquele que é eficazmente chamado pelo Espírito Santo não é meramente o fato de ser um lugar de libertação de todo pecado, tristeza e dor, ou o lugar do eterno encontro com os santos do Senhor - não, benditas são essas coisas, mas a maior de todas as bênçãos do céu é o próprio Cristo, é estar com Ele, é estar em eterna comunhão com Deus.

“Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em quem eu me compraza na terra” (Sl 73.25).

Se Cristo dissesse aquele homem apenas “Em verdade te digo que hoje estarás no Paraíso”, isso teria cessado os temores daquele ladrão, mas isso não satisfez ao Salvador. Aquilo sobre o qual seu coração estava firmado era o fato de que naquele mesmo dia uma alma salva por seu precioso sangue deveria estar com Ele no Paraíso! Esse é o clímax da graça e a essência da bênção cristã. Esta deve ser a nossa esperança, a nossa ardente e alegre expectativa: “Estar com Cristo no Paraíso”.

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

*The Seven Sayings of the Saviour on the Cross, A.W.Pink.

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-8375

Nenhum comentário:

Postar um comentário