“Ensina-nos a contar os nossos dias para que o
nosso coração alcance sabedoria” (Sl 90.12).
Até
compreender quão séria e urgentemente Moisés orou nessa passagem, eu não
entendia que nós devemos pedir a Deus que nos ensine a contar os nossos dias.
Eu pensava que todos tinham tanto medo da morte quanto eu. Contudo, de 10 mil
pessoas, somente dez devem pensar que contar os dias é importante. O restante
das pessoas vive como se Deus não existisse e a morte não acontecesse.
Mas
essa não é a pior parte. Algumas pessoas que estão prestes a morrer acreditam
que continuarão vivendo. Outras, oprimidas pela miséria, sonham com a
felicidade. Outras ainda, que estão em perigo extremo, pensam estupidamente
estar em total segurança. A ilusão delas é a parte mais triste de tudo.
Assim,
Moisés adequadamente nos ensina que devemos contar os nossos dias. Não devemos
perguntar a Deus quanto tempo exatamente ainda nos resta. Em vez disso, devemos
orar para que possamos tomar consciência de quão miserável e curta é a nossa
vida. A morte e a ira eterna de Deus nos ameaçam a todo segundo.
Às
vezes encontramos pessoas realmente preocupadas com a brevidade da vida. Elas
estão ocupadas com pensamentos sobre sua morte iminente, mesmo não tendo orado
para ter esse conhecimento. Mas a maioria das pessoas não está ciente de
que seus dias são numerados. Elas vivem como se o presente durasse para sempre.
De tal modo, para a maioria de nós, orar da maneira como Moisés sugere nessa
passagem é imprescindível.
“Ensina-nos
a contar os nossos dias para que o nosso coração alcance sabedoria” (Sl 90.12).
“Tudo
tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu: há
tempo de nascer e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que
se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de derribar e tempo de
edificar; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de prantear e tempo de saltar
de alegria; tempo de espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras; tempo de
abraçar e tempo de afastar-se de abraçar; tempo de buscar e tempo de perder;
tempo de guardar e tempo de deitar fora; tempo de rasgar e tempo de coser;
tempo de estar calado e tempo de falar; tempo de amar e tempo de aborrecer;
tempo de guerra e tempo de paz” (Ec 3.1-8).
Feliz
no Novo!
Martinho Lutero (1483-1545).
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