“E QUANDO ORAREM...”
“E quando orarem, não fiquem sempre repetindo a
mesma coisa, como fazem os pagãos. Eles pensam que por muito falarem serão
ouvidos” (Mt. 6.7).
Os cristãos veem a oração não como um trabalho
maçante, mas como uma agradável responsabilidade. Eles oram com fé porque sabem
que Deus prometeu ouvi-los. Suas orações nascem no fundo dos seus corações e,
com gemidos e suspiros, revelam suas aflições e necessidades. Como o apóstolo Paulo
escreveu, “o próprio Espírito intercede por nós com gemidos inexprimíveis” (Rm
8.26). O Espírito sabe que Deus está ouvindo e que, portanto, divagações excessivas
são dispensáveis.
Elias, Eliseu, Davi e outros do Antigo Testamento
usaram poucas palavras quando oraram, indo direto ao ponto. Os pais, na igreja
antiga, disseram bem: “Nada se conseguirá com orações longas”. De fato, os pais
da igreja recomendavam expressões curtas e sussurradas de tristeza, com orações
de apenas uma palavra ou duas. Esse tipo de oração pode ser feita em qualquer momento ou circunstância.
Contudo, quem considera a oração incômoda e
trabalhosa, nunca vai encontrar qualquer satisfação em sua vida de
oração. Sua única fonte de prazer será sua divagação contínua. O seu coração
não estará na oração se você tentar orar sem fé e sem sentir necessidade.
Quando isso acontece e você ainda se sente obrigado a orar, sua oração se torna entediante. É como o trabalho mesmo: quando um serviço é feito relutantemente,
ele se torna fatigante. No entanto, se o seu coração estiver no seu trabalho,
você nem mesmo percebe a dificuldade da sua tarefa. Da mesma forma, quem ora
com entusiasmo não percebe as dificuldades envolvidas. Deus não quer orações
longas e cansativas. Ele quer orações sinceras que fluem de um coração fiel.
Martinho Lutero (1483-1546).
* Somente a Fé, Editora Ultimato.
*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.