“SENHOR, JUSTIÇA NOSSA”
“Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro;
será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa” (Jr 23.6).
Sempre dará ao cristão a maior calma, tranquilidade, conforto e paz, pensar na justiça perfeita de Cristo. Quantas vezes os santos de Deus estão abatidos e tristes! Não
acho que deveriam ficar. Não acho que ficariam se pudessem constantemente
contemplar sua perfeição em Cristo.
Há alguns que estão sempre falando sobre corrupção,
depravação do coração e maldade inata da alma. Isso é verdade, mas por que não
ir um pouco além, e lembrar-se de que nós somos “perfeitos em Cristo Jesus”?
Não é de espantar que aqueles que estão vivendo de sua própria corrupção devam
sustentar olhares tão abatidos; mas certamente se nos lembrarmos que “Cristo se
tornou para nós justiça”, teremos bom ânimo. Apesar das angústias que me
afligem, apesar dos ataques de Satanás e embora possa haver muitas coisas a
serem vivenciadas antes de eu chegar ao céu, todas essas coisas são feitas para
mim e estão incluídas na aliança da divina graça; não há nenhuma falta de
provisão em meu Senhor, Cristo fez tudo. Na cruz Ele disse: “Está consumado!”,
e se está consumado, então estou completo nele, e posso me regozijar com
alegria indescritível e cheia de glória. “Não tendo justiça própria, que
procede de lei, senão a que é mediante a fé em Cristo, a justiça que procede de
Deus, baseada na fé” (Fp 3.9).
Quando o cristão diz: “Vivo só em Cristo; descanso nele
apenas pela salvação, e creio que, apesar de não merecer, ainda sou salvo em
Jesus”, então esse pensamento se eleva como motivo de gratidão: “Não deverei
viver para Cristo? Não deverei amá-lo e servi-lo, vendo que sou salvo por seus
méritos?” “O amor de Cristo nos constrange [...] para que os que vivem não
vivam mais para si mesmos, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou”
(2Co 5.14,15).
“Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um
Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e
a justiça na terra” (Jr 23.5).
Aleluia!
C.H.Spurgeon (1834-1892).
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