“Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és o Deus
da minha salvação” (Sl 25.5).
Uma concepção da verdade é que ela é a manifestação daquilo que é
realmente tal como se mostra. A verdade pode ser o que vemos numa
contemplação, o que se manifesta para os olhos do corpo e da alma. O
verdadeiro se opõe ao falso, ao dissimulado, ao que parece ser, mas não é, ao
que não é, mas parece ser.
Certa vez o nosso Senhor Jesus contou uma parábola a alguns que
confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: “O
fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus,
graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e
adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o
dízimo de tudo quanto ganho” (Lc 18.9-13).
Percebemos nesta parábola, o Senhor Jesus revelando o homem dissimulado,
aquele que parece ser, mas não é, que não demonstra a verdade sobre si mesmo,
enganado pelo próprio coração, sem qualquer senso do pecado, onde não há
confissão, súplica ou reconhecimento de culpa, nenhum pedido por graça e
misericórdia de Deus. Este homem apresenta um coração alimentado por uma falsa
e orgulhosa declaração de seus supostos méritos, acompanhada por um
sinistro julgamento sobre o comportamento dos outros. Este é o estado mais
perigoso de uma alma; é quando ela está tomada por presunção e soberba,
completamente destituída de humildade, insensível a sua própria realidade (Jr
17.9).
Ai do homem que confia em seus próprios méritos para a salvação, não
tendo descoberto que nenhuma obra humana é suficiente para justificá-lo diante
de Deus que exige perfeição. Somente em Deus encontramos a graça da
justificação, mediante a fé em Cristo Jesus, nosso Redentor (Rm 3.24).
“A
ti, SENHOR, elevo a minha alma. Guia-me na tua verdade e ensina-me, pois tu és
o Deus da minha salvação, em quem eu espero todo o dia” (Sl 25.1,5).
Deus nos abençoe!
Pr. José Rodrigues Filho
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