“É POR ELES QUE EU ROGO”
“É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por aqueles que me
deste, porque são teus” (Jo 17.9).
No versículo nove, Jesus diz algo dos discípulos que os coloca numa
posição diferenciada do mundo incrédulo. Cristo intercede por eles de forma
especial. Ele disse: “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo, mas por
aqueles que me deste, porque são teus”. O ensino contido aqui pode ser, e é
muitas vezes mal interpretado por aqueles que têm despertado dentro de si sentimentos
de rancor ao anunciar ou ouvir que Deus estabeleceu e notou determinada diferença
entre os homens. Todos nós concordamos que Deus nunca utilizou de igual
complacência e favor ao lidar com o bem e o mal, com o justo e o perverso, com
a santidade e a impiedade, com a justiça e a injustiça (Gn 6.1-9; Gn 18.16-33).
Portanto, na intercessão de Cristo em favor dos seus discípulos há harmonia e bom
senso. “É por eles que eu rogo; não rogo pelo mundo”. Os discípulos seriam odiados
pelo mundo, rejeitados, perseguidos, maltratados e mortos por causa de Cristo e
do seu evangelho. “Mas vem a hora em que todo o que vos matar julgará com isso
tributar culto a Deus” (João 16.2,3).
Naturalmente, assim como outras verdades, essa também requer um
esclarecimento mais adequado. É verdade que Deus ama todos os pecadores e os chama
à salvação; entretanto, também é verdade que Ele ama de maneira especial todos aqueles
que em Cristo Jesus foram colocados em um novo estado, numa nova posição. Estes
foram transportados das trevas para a luz, estes são aqueles lavados no sangue
do Cordeiro, estes são os escolhidos, chamados eficazmente, justificados
mediante a fé em Cristo e glorificados pelo poder de Deus (Rm 8.30).
É verdade que a redenção em Cristo Jesus é suficiente para todo o mundo,
que ela é oferecida gratuitamente a todos os homens; mas também é verdade que
essa redenção é eficaz somente para aqueles que creem. “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que
deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a
vida eterna. Porquanto Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse
o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem nele crê não é julgado;
o que não crê já está julgado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de
Deus” (Jo 3.16-18).
Deus nos abençoe!
Pr. José Rodrigues Filho
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