"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Fogo Estranho

Igreja Presbiteriana Betel
Cultos: Domingos às 09h30 e 19h00

FOGO ESTRANHO
“Nadabe e Abiú, filhos de Arão, tomaram cada um o seu incensário, e puseram neles fogo, e sobre este, incenso, e trouxeram fogo estranho perante a face do SENHOR, o que lhes não ordenara. Então, saiu fogo de diante do SENHOR e os consumiu; e morreram perante o SENHOR" (Lv 10.1,2).

O que significa trazer fogo estranho em nosso serviço a Deus? Quero que vocês considerem o seguinte: acima de qualquer outro fogo estranho, tomem cuidado como o fogo estranho da paixão e da ira, especialmente na adoração a Deus. Em toda e qualquer ocasião em que perceberem seu coração irritado e inflamado pela ira, quando estiverem para adorar a Deus, lembrem-se de Nadabe e Abiú, eles foram consumidos por Deus, com fogo vindo da parte dEle, por terem ido à Sua presença com fogo estranho (Lv 10.1,2). Talvez seu coração arda em amor quando você vem à presença de Deus. Ore com fervor, pois é isso que Deus ordena. Precisamos, de fato, ser inflamados em oração pelo Espírito Santo em nosso coração, mas com certeza não devemos ir com o fogo da paixão e da ira. “... levantando mãos santas, sem ira e sem contenda” (1Tm 2.8). Se vocês têm estado exacerbados e o coração de vocês têm se inflamado desse modo, acalmem o coração antes de orar. E assim também, quando vierem ouvir a Palavra, se o coração estiver inflamado de paixão, certifiquem-se de aquietá-lo antes de virem para ouvir a Palavra. “... acolhei, com mansidão, a palavra em vós implantada, a qual é poderosa para salvar a vossa alma” (Tg 1.21). Quando vocês vierem participar da Ceia do Senhor, guardem-se de fazê-lo com ira e malícia, pois, se o fizerem dessa maneira, estarão oferecendo fogo estranho. Isso é algo que deve ser levado em consideração, especialmente pelos ministros que vão pregar. Eles devem tomar cuidado para não trazer fogo estranho ao púlpito, ou seja, ousarem apresentar seus próprios sentimentos e paixões. O homem designado para revelar a ira de Deus precisa calar a sua própria ira. O Senhor envia seus pregadores para tornar conhecida a sua ira contra os pecados dos homens; mas quanto mais tornam conhecida a ira divina, mais devem calar a sua própria ira. É dever dos ministros de Deus se certificar de não apresentar senão o fogo do Espírito de Deus, o fogo que retiram do altar, sendo a língua deles tocada por uma dessas brasas. Eles não devem vir com as suas próprias paixões para promover a justiça de Deus. Não, a ira do homem não produz a justiça de Deus. Amém!  

Pr. Jeremiah Burroughs(1599-1646).

*Extraído do livro: Adoração Evangélica (2015), Editora Os Puritanos.

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