“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria,
paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio
próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gl 5.22,23).
Assim como os dons,
o fruto do Espírito é incomum e extraordinário. Para exemplificar melhor, é a
diferença entre o amor natural e o amor
sobrenatural.
1 - Amor. O amor, fruto do Espírito Santo, eleva-se bem acima da virtude comum dos afetos naturais. Uma coisa é amar os amáveis. Isso é inteiramente diferente de
amar os próprios inimigos. O Amor natural é misturado com coisas
inconvenientes, com ciúmes, inveja, interesses próprios, etc. O
verdadeiro amor é paciente, é benigno; não arde em ciúmes, não se ufana,
não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus
interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a
injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera,
tudo suporta. (1Co 13-4-7). Esse é “o amor de Deus derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado” (Rm 5.5).
2 - Alegria. A alegria cristã é nascida da
bem-aventurança. Os incrédulos experimentam emoções positivas que evocam
sorrisos, mas nenhum deles jamais experimentou a alegria “indizível e cheia
de glória” (1Pe 1.8). A alegria, fruto do Espírito Santo, é permanente. A alegria da salvação é eterna. “A alegria do Senhor
é a vossa força” (Ne 8.10).
3 - Paz. Essa paz é herança que recebemos do
“Príncipe da Paz”. É paz que o mundo não pode dar. Ela é duradoura. É paz
interior. Ela ultrapassa o nosso entendimento. É mais que paz mental. É paz de espírito. É paz que flui da nossa justificação. “Justificados, pois, mediante a fé, temos
paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).
4 - Longanimidade. A longanimidade é lenta
para irar-se. É em
longanimidade que suportamos bem os insultos e as malícias de outros. É a capacidade de esperar. Deus
é paciente com as pessoas. “A paciência divina é o poder que Deus exerce
sobre Si mesmo, fazendo-O suportar os perversos e demorar em puni-los” -
A.W.Pink. “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada;
pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça,
senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 2.9).
5 - Benignidade. O nosso Senhor Jesus era
forte e terno. Quando enfrentava os poderosos e arrogantes se mantinha firme.
Quando se encontrava com os fracos e quebrantados de coração, se mostrava
terno. Ele nunca partiu uma cana quebrada. É em benignidade que mantemos o
próprio poder e a própria autoridade sob controle. Assim não esmagamos os
fracos. A benignidade é cheia de consideração. Esse fruto do
Espírito manifesta o julgamento do amor temperando a justiça com a
misericórdia. “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher,
perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te
condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu
tampouco te condeno; vai e não peques mais” (João 8.10,11).
6 - Bondade. A bondade é um termo relativo.
Alguém é bondoso para outrem em relação a algum padrão. O padrão final da bondade
é o caráter do próprio Deus. Foi isso que Cristo Jesus disse ao jovem rico:
“Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus” (Lc 18.19).
Contudo, a qualidade da bondade é implantada na vida dos nascidos de Deus. Deus
não somente perdoa os nossos pecados, Ele nos justifica, nos declara justos,
Ele nos santifica. Isso é fruto de Sua bondade para conosco.
7 - Fidelidade. A fé é um dom de Deus. É também um fruto. O Espírito Santo é quem nos comunica a fé. É essa fé viva
que produz obras de obediência. Ter fé é confiar. Isso significa mais do que
acreditar em Deus. Significa que, como filhos de Deus, nos tornamos dignos de
confiança. Uma pessoa de fé não é somente uma pessoa que confia, mas que merece
confiança. Seu sim significa sim. Seu não significa não. Ele mantém a sua
palavra. Ele cumpre com as suas obrigações. Ele é
leal. Ele é fiel. A fidelidade é uma marca do caráter cristão.
8 - Mansidão. Uma pessoa mansa é uma pessoa
gentil. Ser autenticamente gentil é ser parecido com Jesus Cristo. Ele é o
modelo. O mundo precisa ver em nós a força e a ternura de Cristo. A gentileza e
a mansidão não devem ser confundidas com fraqueza. Moisés foi um homem
extremamente manso, mas ousado, sem ser arrogante.
9 - Domínio Próprio. É a capacidade efetiva de
dominar o corpo e a mente. Há certas ocasiões em
que, antes de percebermos o que estamos fazendo, perdemos o controle, e passamos
a ser vítimas do descontrole, velada ou violentamente. A prostituição, impureza
e lascívia nos sobrevêm quando perdemos o controle sobre a paixão e nos
deixamos levar por ela; idolatria e feitiçarias, quando desesperamos diante das
circunstâncias e buscamos bênçãos de todo tipo; inimizades, porfias, ciúmes,
iras, discórdias, dissensões, facções e invejas nos dominam quando damos lugar
aos desejos de superação do outro; bebedices e glutonarias, quando nos deixamos
escravizar pelo desejo do nosso ventre. “Não há nenhum homem que tenha domínio
sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte;
nem há tréguas nesta peleja; nem tampouco a perversidade livrará aquele que a
ela se entrega” (Ec 8.8). O domínio próprio, no entanto, manifesta-se no cristão como
temperança e autocontrole.
O Espírito Santo e suas
virtudes comunicadas são o selo e o sinal da genuína piedade. A garantia de que somos nascidos de Deus. No exercício dos dons espirituais somos aperfeiçoados
no corpo de Cristo. E pelo fruto do Espírito somos modelados como verdadeiros
discípulos do Senhor. Amém!
Rev. José Oliveira Filho
*“O Ministério do Espírito Santo” - R.C.Sproul - Cultura Cristã.
*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375
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Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
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