"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Considerações sobre o Fruto do Espírito

Considerações sobre o Fruto do Espírito
“Mas o fruto do Espírito é: amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão, domínio próprio. Contra essas coisas não há lei” (Gl 5.22,23).

Assim como os dons, o fruto do Espírito é incomum e extraordinário. Para exemplificar melhor, é a diferença entre o amor natural e o amor sobrenatural. 

1 - Amor. O amor, fruto do Espírito Santo, eleva-se bem acima da virtude comum dos afetos naturais. Uma coisa é amar os amáveis. Isso é inteiramente diferente de amar os próprios inimigos. O Amor natural é misturado com coisas inconvenientes, com ciúmes, inveja, interesses próprios, etc. O verdadeiro amor é paciente, é benigno; não arde em ciúmes, não se ufana, não se ensoberbece, não se conduz inconvenientemente, não procura os seus interesses, não se exaspera, não se ressente do mal; não se alegra com a injustiça, mas regozija-se com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1Co 13-4-7). Esse é o amor de Deus derramado em nosso coração pelo Espírito Santo, que nos foi outorgado (Rm 5.5).

2 - Alegria. A alegria cristã é nascida da bem-aventurança. Os incrédulos experimentam emoções positivas que evocam sorrisos, mas nenhum deles jamais experimentou a alegria “indizível e cheia de glória” (1Pe 1.8). A alegria, fruto do Espírito Santo, é permanente. A alegria da salvação é eterna. “A alegria do Senhor é a vossa força” (Ne 8.10).

3 - Paz. Essa paz é herança que recebemos do “Príncipe da Paz”. É paz que o mundo não pode dar. Ela é duradoura. É paz interior. Ela ultrapassa o nosso entendimento. É mais que paz mental. É paz de espírito. É paz que flui da nossa justificação. “Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo” (Rm 5.1).

4 - Longanimidade. A longanimidade é lenta para irar-se. É em longanimidade que suportamos bem os insultos e as malícias de outros. É a capacidade de esperar. Deus é paciente com as pessoas. “A paciência divina é o poder que Deus exerce sobre Si mesmo, fazendo-O suportar os perversos e demorar em puni-los” - A.W.Pink. “Não retarda o Senhor a sua promessa, como alguns a julgam demorada; pelo contrário, ele é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento” (2Pe 2.9).

5 - Benignidade. O nosso Senhor Jesus era forte e terno. Quando enfrentava os poderosos e arrogantes se mantinha firme. Quando se encontrava com os fracos e quebrantados de coração, se mostrava terno. Ele nunca partiu uma cana quebrada. É em benignidade que mantemos o próprio poder e a própria autoridade sob controle. Assim não esmagamos os fracos. A benignidade é cheia de consideração. Esse fruto do Espírito manifesta o julgamento do amor temperando a justiça com a misericórdia. “Erguendo-se Jesus e não vendo a ninguém mais além da mulher, perguntou-lhe: Mulher, onde estão aqueles teus acusadores? Ninguém te condenou? Respondeu ela: Ninguém, Senhor! Então, lhe disse Jesus: Nem eu tampouco te condeno; vai e não peques mais” (João 8.10,11).

6 - Bondade. A bondade é um termo relativo. Alguém é bondoso para outrem em relação a algum padrão. O padrão final da bondade é o caráter do próprio Deus. Foi isso que Cristo Jesus disse ao jovem rico: “Por que me chamas bom? Ninguém é bom, senão um, que é Deus” (Lc 18.19). Contudo, a qualidade da bondade é implantada na vida dos nascidos de Deus. Deus não somente perdoa os nossos pecados, Ele nos justifica, nos declara justos, Ele nos santifica. Isso é fruto de Sua bondade para conosco.

7 - Fidelidade. A fé é um dom de Deus. É também um fruto. O Espírito Santo é quem nos comunica a fé. É essa fé viva que produz obras de obediência. Ter fé é confiar. Isso significa mais do que acreditar em Deus. Significa que, como filhos de Deus, nos tornamos dignos de confiança. Uma pessoa de fé não é somente uma pessoa que confia, mas que merece confiança. Seu sim significa sim. Seu não significa não. Ele mantém a sua palavra. Ele cumpre com as suas obrigações. Ele é leal. Ele é fiel. A fidelidade é uma marca do caráter cristão.

8 - Mansidão. Uma pessoa mansa é uma pessoa gentil. Ser autenticamente gentil é ser parecido com Jesus Cristo. Ele é o modelo. O mundo precisa ver em nós a força e a ternura de Cristo. A gentileza e a mansidão não devem ser confundidas com fraqueza. Moisés foi um homem extremamente manso, mas ousado, sem ser arrogante.

9 - Domínio Próprio. É a capacidade efetiva de dominar o corpo e a mente. Há certas ocasiões em que, antes de percebermos o que estamos fazendo, perdemos o controle, e passamos a ser vítimas do descontrole, velada ou violentamente. A prostituição, impureza e lascívia nos sobrevêm quando perdemos o controle sobre a paixão e nos deixamos levar por ela; idolatria e feitiçarias, quando desesperamos diante das circunstâncias e buscamos bênçãos de todo tipo; inimizades, porfias, ciúmes, iras, discórdias, dissensões, facções e invejas nos dominam quando damos lugar aos desejos de superação do outro; bebedices e glutonarias, quando nos deixamos escravizar pelo desejo do nosso ventre. “Não há nenhum homem que tenha domínio sobre o vento para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; nem há tréguas nesta peleja; nem tampouco a perversidade livrará aquele que a ela se entrega” (Ec 8.8). O domínio próprio, no entanto, manifesta-se no cristão como temperança e autocontrole.

O Espírito Santo e suas virtudes comunicadas são o selo e o sinal da genuína piedade. A garantia de que somos nascidos de Deus. No exercício dos dons espirituais somos aperfeiçoados no corpo de Cristo. E pelo fruto do Espírito somos modelados como verdadeiros discípulos do Senhor. Amém!

Rev. José Oliveira Filho

*“O Ministério do Espírito Santo” - R.C.Sproul - Cultura Cristã.

*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375

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