“Lembra-te
do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua
obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum
trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua
serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque,
em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao
sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o
santificou” (Êx 20.8-11).
Amados
irmãos, “sábado” é uma palavra hebraica que significa “descanso”. É sábado
santo porque foi consagrado e separado pelo próprio Deus. O quarto mandamento
exige que consagremos a Deus os tempos determinados em sua Palavra,
particularmente um dia inteiro em cada sete, para que seja um dia de santo
descanso a ele dedicado. Desde o princípio do mundo até à ressurreição de
Cristo, Deus designou o sétimo dia da semana para o descanso semanal; e a
partir de então, prevaleceu o primeiro dia da semana para continuar sempre até
ao fim do mundo, que é o sábado cristão ou o domingo. Você já compreendeu o genuíno sentido do domingo? Considere o que escreveu o reformador João Calvino:
“Não foi sem alguma razão que os antigos escolheram o dia do
domingo para pô-lo no lugar do sábado. Ora, como na ressurreição do Senhor está
o fim e cumprimento daquele verdadeiro descanso que o antigo sábado
prefigurava, os cristãos são advertidos pelo próprio dia que pôs termo às
sombras a não se apegarem ao cerimonial envolto em sombras. Nem a tal ponto,
contudo, me prendo ao número sete que obrigue a Igreja à sua servidão, pois nem
haverei de condenar as igrejas que tenham outros dias solenes para suas
reuniões, desde que se guardem da superstição. Isto ocorrerá, se se mantiver a
observância da disciplina e da ordem bem regulada. A síntese do mandamento é:
como aos judeus a verdade era comunicada sob prefiguração, assim ela, em
primeiro lugar, nos é outorgada sem sombras, para que por toda a vida
observemos um perpétuo sabatismo de nossos labores, a fim de que o Senhor em
nós opere por seu Espírito; em segundo lugar, para que cada um, individualmente,
sempre que disponha de lazer, se exercite diligentemente na piedosa reflexão
das obras de Deus. Então, ainda, para que todos a um tempo observemos a legítima
ordem da Igreja, constituída para ouvir-se a Palavra, para a administração dos
sacramentos, para as orações públicas. Em terceiro lugar, para que não
oprimamos desumanamente os que nos estão sujeitos. E assim se desvanecem-se as
mentiras dos falsos profetas, os quais, em séculos transatos, imbuíram o povo
de uma opinião judaica, asseverando que nada mais foi cancelado senão o que
era cerimonial neste mandamento, com isto entendem em seu linguajar a
fixação do dia sétimo, mas remanescer o que é moral, isto é, a
observância de um dia na semana. Com efeito, isto outra coisa não é
senão mudar o dia por despeito aos judeus e reter em mente a mesma
santidade do dia, uma vez que ainda nos permanece nos dias sentido de mistério
igual ao que tinha lugar entre os judeus. E de fato vemos que proveito
têm fruído com tal doutrina, pois quantos deles se apegam às estipulações
superam três vezes aos judeus em sua crassa e carnal superstição de sabatismo,
de sorte que as reprimendas que lemos em Isaías [1.13-15; 58.13] nada menos
lhes convêm hoje que àqueles a quem o Profeta increpava em seu tempo. Contudo,
importa manter-se, principalmente, o ensino geral: para que a religião não
pereça ou enlanguesça entre nós, devem ser realizadas diligentemente as
reuniões sagradas e deve dar-se atenção aos meios externos que servem para
fomentar o culto divino”.
Pr. José Rodrigues Filho
*Aula em Escola Bíblica Dominical - IPChampagnat/Curitiba, no dia 12/11/2017
*Confissão de Fé de Westminster Comentada – A.A.Hodge
*Estudos no Breve Catecismo de Westminster – Leonard Van Horn
*As Institutas de João Calvino, Vol 2.
*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR
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Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375
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