“Bem-aventurados os
humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.3).
A
necessidade de humilhar-nos a nós mesmos constitui o âmago do evangelho. A obra
da graça só é iniciada e sustentada pelo exercício da humildade. É parte
essencial da nova criatura. É contradição ser santificado, ser um verdadeiro cristão, e não ser
humilde.
Todos
os que pretendem ser cristãos têm que ser discípulos de Cristo e vir a Ele para
aprender; e a lição que recebem é que sejam mansos e humildes. Quantos
preceitos e quantos exemplos admiráveis nosso Senhor e Mestre nos deu com este
propósito! Podemos imaginá-Lo deliberadamente lavando e enxugando os pés dos
Seus discípulos a fim de mostrar-Se arrogante? (Jo 13.12-17).
Ah,
de que nos orgulhamos? De nossos corpos? Não são eles como os dos animais, como
o pó da terra? Orgulhamo-nos das nossas graças ou bênçãos? Ora, quanto mais
orgulhosos ficarmos delas, menos orgulhosos deveremos ser. Quando tão grande
parte da natureza da graça é humildade, é absurdo ter orgulho dela.
Orgulhamo-nos
da nossa cultura, dos nossos conhecimentos e dos nossos talentos? Pois bem,
certamente devemos compreender que, se temos algum conhecimento, deveria
humilhar-nos o fato de sabermos tão pouco! Se sabemos mais que os outros,
certamente temos maiores motivos para sermos mais humildes do que eles.
Assim,
a nossa real ocupação deve consistir em ensinar a lição da abnegação e da
humildade ao nosso povo, e em mostrar como não nos fica bem orgulhar-nos de nós
mesmos. Portanto devemos estudar a humildade e pregá-la, bem como possuí-la e
praticá-la. Todo orgulhoso que prega a humildade é, para dizer o mínimo, alguém
que se condena a si mesmo. “Revesti-vos,
pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de ternos afetos de misericórdia,
de bondade, de humildade, de mansidão, de longanimidade” (Cl 3.12).
Deus nos abençoe!
Pr. Richard Baxter (1615-1691).
*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
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