“JESUS CHOROU”
“Jesus, vendo-a chorar, e
bem assim os judeus que a acompanhavam, agitou-se no espírito e comoveu-se. E
perguntou: Onde o sepultastes? Eles lhe responderam: Senhor, vem e vê! Jesus
chorou. Então, disseram os judeus: Vede quanto o amava” (Jo 11.33-36).
Somos informados que, ao ver Marta chorando e os judeus,
juntamente com ela, nosso Senhor “agitou-se no espírito e comoveu-se”. E, além
disso, expressando visivelmente seus sentimentos, “Jesus chorou”. Ele sabia que
a aflição da família de Betânia em breve se tornaria em regozijo e que em
alguns minutos Lázaro seria restituído as suas irmãs, Mas, embora estivesse
ciente desses fatos, Ele “chorou” (Jo 11.35).
Chorar, lamentar e entristecer-se constituem fortes tentações
para a carne e o sangue, fazendo-nos perceber a fraqueza de nossa existência;
porém não são atitudes erradas em si mesmas. O próprio Filho de Deus chorou. Isso
nos mostra que um profundo sentimento é algo que não deve nos causar vergonha.
Ser frio, insensível e passivo na hora da tristeza não é uma evidência de que
possuímos a graça de Deus em nosso coração. Não existe indignidade em um filho
de Deus derramar lágrimas. O nosso Senhor Jesus “agitou-se no espírito,
comoveu-se e chorou”, mostrando que nosso Salvador é bastante sensível, compassivo
e amável. Quando O buscamos na hora da aflição e Lhe contamos nossos
sentimentos, Ele sabe pelo que estamos passando e tem compaixão de nós (Hb 4.14-16).
Lembremo-nos dessas verdades em nossa vida diária e jamais nos envergonhemos de andar nos passos de Jesus, nosso grande Sumo Sacerdote. Esforcemo-nos para ser homens e mulheres de corações sensíveis e espíritos repletos de simpatia. “Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram” (Rm 12.15). Seria bom para a igreja e o mundo se houvesse mais crentes dessa natureza e caráter. “Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados” (Mt 5.4).
Deus nos abençoe!
J.C.Ryle (1816-1900).
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