“A PARÁBOLA DA GRANDE CEIA” - II
“Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos” (Lc 14.21).
Vemos ainda nesta parábola, Deus chamando outros homens para a grande ceia, garantindo a aceitação do Evangelho e a graça especial revelada em Jesus Cristo. Quando os primeiros convidados recusaram vir, “voltando o servo, tudo contou ao seu senhor. Então, irado, o dono da casa disse ao seu servo: Sai depressa para as ruas e becos da cidade e traze para aqui os pobres, os aleijados, os cegos e os coxos. Depois, lhe disse o servo: Senhor, feito está como mandaste, e ainda há lugar. Respondeu-lhe o senhor: Sai pelos caminhos e atalhos e obriga a todos a entrar, para que fique cheia a minha casa. Porque vos declaro que nenhum daqueles homens que foram convidados provará a minha ceia” (Lc 14.21-24).
Há quem rejeite o convite e a bênção da salvação oferecidos por meio de Jesus Cristo. Mas Deus, no exercício de sua longanimidade e misericórdia, chamará outros “para que fique cheia a sua casa”. Ele usará o poder constrangedor do seu infinito amor para eficazmente atrair todos aqueles que foram predestinados para a vida (Rm 8.30).
No capítulo X
da Confissão de Fé de Westminster, seções I e II – “Da Vocação Eficaz” –, temos
o seguinte:
“Todos aqueles
a quem Deus predestinou para a vida, e somente esses, aprouve a Deus, no tempo
por Ele determinado e aceito, chamar eficazmente, por sua palavra e por seu
Espírito, daquele estado de pecado e de morte, em que estão por natureza, à
graça e a salvação por meio de Jesus Cristo; iluminando suas mentes espiritual e
salvificamente para entenderem as coisas de Deus; removendo seus corações de
pedra e dando-lhes um coração de carne; renovando sua vontade e, por seu
infinito poder, determinando-lhes o que é bom, e eficazmente atraindo-os a
Jesus Cristo, mas de tal forma que eles vêm mui livremente, sendo para isso
dispostos por sua graça”.
“Esta vocação
eficaz provém unicamente da livre e especial graça de Deus e não de coisa
alguma prevista no homem, nesta vocação ele é totalmente passivo, até que,
vivificado e renovado pelo Espírito Santo, seja desse modo capacitado a
responder a esta vocação e a abraçar a graça oferecida e comunicada nela”.
Deus nos
abençoe!
Pr. José
Rodrigues Filho
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