"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sábado, 14 de janeiro de 2023

“O GOVERNO MORAL DE DEUS”


“O GOVERNO MORAL DE DEUS”

“Deus o desamparou, para prová-lo e fazê-lo conhecer tudo o que lhe estava no coração” (2Cr 32.31).

*Confissão de Fé de Westminster, Cap. V – Doutrina da Providência.

Seção V – O sapientíssimo, justíssimo e graciosíssimo Deus com frequência deixa, por algum tempo, seus próprios filhos à mercê de multiformes tentações e da corrupção de seus próprios corações, com o fim de castigá-los pelos seus pecados anteriores, ou levá-los a descobrirem a força oculta da corrupção e fraudulência de seus corações, a fim de serem humilhados, e a fim de reanimá-los para uma dependência mais íntima e constante do apoio dele e fazê-los mais vigilantes contra toda e qualquer ocasião futura de pecar, e para vários outros fins justos e santos.

Ref. 2Cr 32.25-26,31; 2Sm 24.1; 2Cr 12.7-9; Sl 73; Sl 77.1,10,12; Mc 14.66-72; Jo 21.15-17.

Seção VI – Quanto àqueles homens perversos e ímpios a quem Deus, como justo Juiz, cega e endurece em razão dos pecados anteriores, deles não só subtrai sua graça e pela qual poderiam ter sido iluminados em seus entendimentos e operado em seus corações, mas às vezes também elimina os dons que possuíam, e os expõe a objetos que, por sua corrupção, tornam ocasião de pecado; por outro lado, os entrega às suas próprias concupiscências e às tentações do mundo e ao poder de Satanás; e assim sucede que eles se endurecem, mesmo diante daqueles meios que Deus usa para o abrandamento dos outros.

Ref. Rm 1.24-25,28;11.7,8; Dt 29.4; Mt 13.12;25.29; Dt 2.30; 2Rs 8.12-13; Sl 81.11-12; 2Ts 2.10-12; Ex 7.3;8.15,32; 2Co 2.15,16; Is 8.14; 1Pe 2.7,8; Is 6.9,10; At 28.26,27.

Seção VII – Visto que a providência de Deus, em geral, se estende as todas as criaturas, assim, de uma maneira muito especial, ele cuida de sua Igreja e tudo dispõe para o bem dela.

Ref. 1Tm 4.10; Am 9.8-9; Rm 8.28; Is 43.3-5,14.

O governo moral de Deus sobre todos os homens, e especialmente seu governo sobre sua Igreja, inclui também, além de uma providência externa, ordenando as circunstâncias externas de indivíduos, uma providência espiritual interna, consistindo das influências de seu Espírito em seus corações. Como “graça comum”, essa influência espiritual se estende a todos os homens sem exceção, ainda que em vários graus de poder, restringindo a corrupção de sua natureza e impregnando seus corações e consciências com as verdades reveladas na luz da natureza ou da revelação; e ela é ou exercida ou judicialmente retida por Deus em seu soberano beneplácito. Como “eficaz” e “graça salvífica”, essa influência espiritual se estende só aos eleitos, e é exercida sobre eles em termos e em graus tais como Deus determinou desde o princípio.

Por essa razão, no caminho da disciplina, para seu próprio bem, visando a mortificar seus pecados e a corroborar suas graças, Deus com frequência sábia e graciosamente, ainda que não finalmente, por certo tempo e em certo grau, retém suas influências espirituais de seus próprios filhos, e “os entrega a multiformes tentações e corrupções de seus próprios corações”.

Por essa razão também Deus às vezes, como justo castigo a seus pecados, judicialmente remove os freios de seu Espírito e, consequentemente, todos os dons superficiais que sua presença tenha porventura conferido, dos homens ímpios, e assim os deixa entregues à influência de tentações, ao irrestrito controle de suas concupiscências e ao poder de Satanás. E por essa razão sucede que as verdades do evangelho e as ordenanças da Igreja, que são um aroma de vida para aqueles que são graciosamente abençoados, se tornam aroma de morte e de crescente condenação para aqueles que, por seus pecados, foram entregues a si próprios.

Deus nos abençoe!

A.A.Hodge (1823-1886).

* Confissão de Fé de Westminster Comentada, Editora Os Puritanos

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.

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