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quinta-feira, 1 de maio de 2025

“O CUMPRIMENTO DE TODAS AS PROFECIAS”


“O CUMPRIMENTO DE TODAS AS PROFECIAS”

“E, quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado” (Jo 19.30).

1. Aqui vemos efetuado o cumprimento de todas as profecias que foram escritas sobre Jesus antes que viesse a morrer.

Esse é o pensamento imediato do contexto: “Quando Jesus tomou o vinagre, disse: Está consumado” (Jo 19.30). Séculos antes, os profetas de Deus tinham descrito passo a passo a humilhação e o sofrimento por que o Salvador vindouro deveria passar. Uma por uma das profecias haviam sido cumpridas, maravilhosamente cumpridas, cumpridas ao pé da letra. Havia profecia que declarava que ele deveria vir da “semente da mulher” (Gn 3.15); então, ele veio “nascido de mulher” (Gl 4.4). Havia profecia que anunciava que sua mãe seria uma “virgem” (Is 7.14); então foi ela literalmente cumprida (Mt 1.18). Havia profecia que revelava que ele deveria ser da semente de Abraão (Gn 22.18); então, observe seu cumprimento (Mt 1.1). Havia profecia que fazia saber que ele deveria ser da linhagem de Davi (2Sm 7.12,13); então tal se deu em realidade (Rm 1.3).

Havia profecia que dizia que ele receberia seu nome antes de nascer (Is 49.1); então assim se sucedeu (Lc 1.30,31). Havia profecia que previa que ele deveria nascer em Belém de Judá (Mq 5.2); observe então como essa aldeia mesma foi de fato sua terra natal. Havia profecia que alertava de antemão que seu nascimento acarretaria desgosto para outros (Jr 31.15); então, contemple seu trágico cumprimento (Mt 2.16-18). Havia profecia que mostrava com antecedência que o Messias deveria aparecer antes que o cetro da ascendência de Judá sobre as demais tribos tivesse dela partido (Gn 49.10); então assim foi, pois ainda que as dez tribos estivessem cativas, Judá ainda estava na terra na época de seu advento. Havia profecia que aludia à fuga para o Egito e ao subseqüente retorno para a Palestina (Os 11.1 e cf. Is 49.3,6); então, assim aconteceu (Mt 2.14,15). Havia profecia que fazia menção de um que viria antes de Cristo para aprontar seu caminho (Ml 3.1); então, veja seu cumprimento na pessoa de João Batista. Havia profecia que dava a conhecer que no aparecimento do Messias “os olhos dos cegos serão abertos, e os ouvidos dos surdos se abrirão. Então os coxos saltarão como cervos, e a língua dos mudos cantará” (Is 35.5,6); então, leia os quatro evangelhos e veja de quão bendita maneira isso se provou verdadeiro. Havia profecia que falava dele como “pobre e necessitado” (Sl 40.17); então, contemple-o não tendo onde reclinar a cabeça. Havia profecia que sugeria que ele falaria em “parábolas” (Sl 78.2); então tal foi amiúde seu método de ensino. Havia profecia que o representava acalmando a tempestade (Sl 107.29); então, isso foi exatamente o que ele fez. Havia profecia que proclamava sua “entrada triunfal” em Jerusalém (Zc 9.9): então assim se sucedeu.

Havia profecia que anunciava que sua pessoa deveria ser desprezada (Is 53.3); que ele deveria ser rejeitado pelos judeus (Is 8.14); que ele deveria ser aborrecido “sem causa” (Sl 69.4); então, é triste dizê-lo, tal foi precisamente o caso. Havia profecia que pintava o quadro inteiro de sua degradação e crucificação — então, foi ele vividamente reproduzido. Houvera a traição por um amigo íntimo, a deserção por seus queridos discípulos, o ser levado ao matadouro, o ser levado a julgamento, o aparecimento de falsas testemunhas contra si, a recusa de sua parte de se defender, a demonstração de sua inocência, a condenação injusta, a pena de morte sentenciada sobre si, o traspassamento literal de suas mãos e pés, o ser contado entre os transgressores, a zombaria da multidão, o lançar sortes sobre suas vestes — tudo predito séculos antes, e tudo cumprido ao pé da letra. A última profecia de todas que ainda restava antes de encomendar seu espírito às mãos do Pai tinha agora sido cumprida. Ele clamou, “Tenho sede”, e após o oferecimento de vinagre e fel tudo estava agora “concluído”; e, quando o Senhor Jesus reviu o inteiro escopo da palavra profética e viu sua completa realização, ele bradou, “Está consumado”!

Somente nos resta assinalar que, enquanto houve um grupo todo de profecias que tinha de se dar no primeiro advento do Salvador, assim também há um outro que tem de acontecer em seu segundo advento — o último, tão definido, pessoal e completo em seu escopo quanto o primeiro. Assim como vemos o real cumprimento daquelas que tinham de ocorrer em sua primeira vinda à terra, também podemos aguardar com absoluta confiança e segurança o cumprimento daquelas que terão lugar em sua segunda vinda. E, como vimos que o primeiro grupo de profecias foi cumprido literal, real e pessoalmente, também devemos esperar que o último o seja. Admitir o cumprimento literal do primeiro, e então procurar espiritualizar e simbolizar o último, é não apenas grosseiramente inconsistente e ilógico, mas altamente pernicioso para nós e profundamente desonroso a Deus e à sua palavra.

Deus nos abençoe!

Arthur W. Pink (1886-1952).

*Faça-nos uma oferta (Pix 083.620.762-91).

*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil - Curitiba(PR).

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