"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

“ALEGRA-TE, MUITO FAVORECIDA!”


“ALEGRA-TE, MUITO FAVORECIDA!”

“E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo” (Lc 1.28).

Observemos a expressão com que o anjo se dirigiu a virgem Maria, ele disse: “Alegra-te, muito favorecida! O Senhor é contigo”.

Devemos reconhecer que jamais uma mulher recebeu honra tão elevada quanto a mãe de Jesus. É evidente que apenas um dentre os incontáveis milhões de mulheres da raça humana poderia ser o vaso pelo qual o Filho de Deus se manifestaria em carne, e a virgem Maria teve o privilégio singular de ser esse vaso. Por uma mulher, no princípio, o pecado e a morte entraram no mundo. Pela concepção de uma mulher, a vida e a imortalidade vieram à luz, quando Jesus nasceu. Não é de se admirar que essa mulher tenha sido chamada de “muito favorecida”!

Um aspecto ligado a este assunto jamais poder ser esquecido pelos crentes: há uma comunhão com Jesus que está ao alcance de nós todos – uma comunhão muito mais achegada que a da carne e sangue; a comunhão que pertence a todos os servos de Deus. Disse Jesus: “Qualquer que fizer a vontade de Deus, esse é meu irmão, irmã e mãe” (Mc 3.35). “Bem-aventurada aquela que te concebeu, foi a expressão de uma mulher certa vez. Qual foi a resposta que ela ouviu? “Antes, bem-aventurados são os que ouvem a palavra de Deus e a aguardam” (Lc 11.28).

“Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14.21).

Deus nos abençoe!

John Charles Ryle (1816-1900).

*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil - Curitiba(PR).

“A VIRGEM CHAMAVA-SE MARIA”


“A VIRGEM CHAMAVA-SE MARIA”

“No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria” (Lc 1.26,27).

Temos no capítulo primeiro do livro de Lucas o anúncio do acontecimento mais maravilhoso que já ocorreu neste mundo: a encarnação e nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

O anjo que anunciou o seu advento foi enviado a uma vila obscura da Galileia chamada Nazaré. A mulher que recebeu a honra de tornar-se a mãe do Senhor ocupava claramente uma posição social humilde. Tanto em sua condição social quanto em sua cidade, havia ausência completa daquilo que o mundo considera “grande”. Não devemos hesitar em concluir que em tudo isso estava a sábia Providência. O conselho do Altíssimo, que ordena todas as coisas nos céus e na terra, poderia determinar que a residência de Maria fosse Jerusalém, tão simplesmente quanto determinar que fosse Nazaré; ou, da mesma forma, poderia ser escolhido a filha de algum escriba poderoso para ser a mãe do Senhor, tão facilmente como escolheu uma moça pobre. Pareceu-Lhe bem ser como foi. O primeiro advento do Messias deveria se um advento de humilhação. Essa humilhação dar-se-ia já desde a sua concepção e nascimento.

Cuidemos para não desprezarmos a pobreza dos outros ou de nos envergonharmos da nossa própria pobreza, caso Deus nos conceda. A condição de vida que Jesus escolheu voluntariamente para Si deve ser vista sempre com santa reverência. A tendência comum dos nossos dias, ou seja, de curvarem-se as pessoas diante dos ricos e de idolatrarem o dinheiro, deve ser sistematicamente resistida e desencorajada. O exemplo do Senhor é a resposta suficientíssima para milhares de máximas aviltantes sobre a riqueza tão comuns entre os homens. “Sendo rico, se fez pobre por amor de vós” (2Co 8.9).

O Herdeiro de todas as coisas não somente assumiu a natureza humana, mas o fez da forma mais humilhante que poderia fazer. Já seria humildade vir ao mundo para governar como rei. Mas a sua vinda ao mundo como homem pobre, para ser desprezado, sofrer e morrer, é um dos milagres da misericórdia que ultrapassa a nossa compreensão. Que o seu amor nos impulsione a viver não para nós mesmos, e sim para Ele. Que o seu exemplo traga à nossa consciência o preceito da Escritura que diz: “Em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde” (Rm 12.16).

"A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva" (Lc 1.46-48).

Deus nos abençoe!

John Charles Ryle (1816-1900).

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sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

“A SI MESMO SE HUMILHOU”


A SI MESMO SE HUMILHOU”

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-8).

A humildade pode ser definida como sendo o hábito da mente e do coração que corresponde à nossa indignidade e vileza em comparação com Deus, ou o senso de nossa própria insignificância aos olhos de Deus, com a disposição para um comportamento correspondente à humildade. Ela consiste em parte no senso ou estima que temos de nós mesmos; e, em parte, na disposição que temos para um comportamento correspondente a este senso ou estima (Rm 12.3).

O primeiro elemento na humildade é: O senso de nossa própria insignificância comparativa. Digo insignificância comparativa porque a humildade é uma graça peculiar aos seres que são gloriosos e excelentes em todos os seus muitos aspectos. Assim os santos e anjos no céu, suplantam em humildade; e esta é peculiar a eles e adequada neles, ainda que sejam seres puros, impolutos e gloriosos, perfeitos em santidade e excelentes na mente e força. Mas, ainda que sejam assim gloriosos, contudo possuem uma insignificância comparativa diante de Deus (Sl 113.4-6).

Assim o homem Jesus Cristo, que é o mais excelente e glorioso de todas as criaturas, no entanto é manso e humilde de coração, e em humildade suplanta todos os demais seres. A humildade é uma das excelências de Cristo, porque ele é não somente Deus, mas também homem, e, como homem, ele era humilde; pois humildade não é, e não pode ser, um atributo da natureza divina. A natureza de Deus é de fato infinitamente oposta ao orgulho, e contudo a humildade não pode ser, propriamente, um predicado dele; pois, se o fosse, isto implicaria imperfeição, o que é impossível em Deus. Deus, que é infinito em excelência e glória, e infinitamente acima de todas as coisas, não pode ter em si qualquer consciência de insignificância, e, portanto não pode ser humilde. Humildade, porém, é uma excelência peculiar a todos os seres inteligentes criados, pois todos eles são infinitamente pequenos e insignificantes diante de Deus (1Pe 5.6).

Deus nos abençoe!

Jonathan Edwards (1703-1758).

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“RECIPROCAMENTE NOS CONFORTEMOS”


“RECIPROCAMENTE NOS CONFORTEMOS”

“Porque muito desejo ver-vos, a fim de repartir convosco algum dom espiritual, para que sejais confirmados, isto é, para que, em vossa companhia, reciprocamente nos confortemos por intermédio da fé mútua, vossa e minha” (Rm 1.11,12).

Nós mesmos devemos conduzir-nos com modéstia diante de todos. Quando ensinamos, devemos estar abertos também para aprender de qualquer que possa nos ensinar. Deste modo, ensinamos e aprendemos ao mesmo tempo. Não nos vangloriemos orgulhosamente das nossas pretensões de saber, desprezando os que nos contradizem. Não ajamos como se já tivéssemos chegado ao topo, e os outros tivessem que sentar aos nossos pés.

O orgulho é um mal que prejudica os que pretendem levar outros a marchar humildemente para o céu. Portanto, tenhamos cuidado, para não suceder que, tendo conduzido outros para lá, as portas se mostrem estreitas demais para nós mesmos. Ora, se Deus pôs para fora um anjo orgulhoso, tampouco tolerará um homem orgulhoso. Na verdade, o orgulho está na raiz de todos os outros pecados: a inveja, o espírito belicoso, o descontentamento e todos os obstáculos que impedem a renovação espiritual.

Onde há orgulho, todos querem dirigir e ninguém quer seguir ou concordar. O orgulho é causa de cismas, apostasias, usurpação arrogante e outras formas de imposição. É causa também do ensino ineficaz de tantos e tantos “mestres”, que pura e simplesmente são demasiado orgulhosos para aprender. Como Agostinho disse a Jerônimo: “Embora seja mais próprio do idoso ensinar que aprender, também lhe é mais próprio aprender que ficar na ignorância”. A humildade nos ensina a aprender de boa vontade tudo que não sabemos, pois, se quisermos ser mais sábios do que todos, temos que estar dispostos a aprender de todos.

O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, e honra, e vida” (Pv 22.4).

Deus nos abençoe!

Richard Baxter (1615-1691).

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segunda-feira, 1 de dezembro de 2025

“JESUS CRISTO É O SENHOR”


“JESUS CRISTO É O SENHOR”

“Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai” (Fp 2.9-11).

Cristo Jesus é exaltado sobre todos, o seu nome está acima de todo nome. Ele é o nosso Senhor e Salvador, o Príncipe da Paz, Deus conosco. Somente nEle somos justificados, perdoados, temos paz com Deus, e gloriamo-nos na esperança da glória (Rm 5.1,2).

“Laços de morte me cercaram, e angústias do inferno se apoderaram de mim; caí em tribulação e tristeza. Então, invoquei o nome do SENHOR:  ó SENHOR, livra-me a alma (Sl 116.3,4).  

“Buscai o SENHOR enquanto se pode achar, invocai-O enquanto está perto” (Is 55.6).

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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quarta-feira, 26 de novembro de 2025

“NÓS VOS ABENÇOAMOS EM NOME DO SENHOR!”


NÓS VOS ABENÇOAMOS EM NOME DO SENHOR!”

“Sejam envergonhados e repelidos todos os que aborrecem a Sião! Sejam como a erva dos telhados, que seca antes de florescer, com a qual não enche a mão o ceifeiro, nem os braços, o que ata os feixes! E também os que passam não dizem: A bênção do SENHOR seja convosco! Nós vos abençoamos em nome do SENHOR!” (Sl 129.5-8).

Seja qual for a maneira como entendemos estes versículos, o salmista declara que os fiéis não têm razão de viver em desânimo, quando visualizam seus inimigos subindo ao topo. A erva que cresce nos telhados não é, em virtude de sua posição elevada, mais valiosa do que a espiga de trigo que, rente ao chão, é pisada sob os pés; pois, embora a erva do telhado fique acima da cabeça dos homens, murcha e desaparece rapidamente. A erva nos telhados, em vez de continuar num estado de frescor, murcha e perece em seu primeiro estágio, porque não tem raiz embaixo, nem terra para supri-la com seiva ou umidade para sua nutrição. 

Sempre que o esplendor ou a grandeza de nossos inimigos nos abalem com temor, devemos recordar essa comparação: assim como a erva que cresce nos telhados, embora esteja no alto, não possui raízes e, consequentemente, tem breve duração, assim também esses inimigos, por mais que se exaltem, depressa serão consumidos pelo calor intenso, pois não possuem raízes — é somente a humildade que atrai a vida e o vigor de Deus.

Com a qual não enche a mão o ceifeiro. Temos aqui uma confirmação adicional da verdade de que, embora os perversos se elevem e formem uma opinião extravagante de sua importância pessoal, continuam sendo apenas erva, não produzem nenhum fruto bom, nem atingem um estado de maturidade, mas se exaltam apenas com a aparência da carne. Para tornar isto mais óbvio, o salmista os põe em oposição às ervas que produzem frutos, as quais nos vales e nos solos férteis produzem fruto para os homens. Enfim, ele afirma que merecem ser envergonhados ou sumariamente desprezados, enquanto comumente todo aquele que passa pelos campos de trigo os abençoa e ora pelos segadores. Além do mais, como o salmista tomou emprestada esta ilustração de sua doutrina das atividades da vida ordinária, somos ensinados que, sempre que houver um esperançoso prospecto de uma boa colheita, devemos rogar a Deus, cujo propósito peculiar é transmitir fertilidade à terra, que ele dê pleno efeito a suas bênçãos. E, considerando que os frutos da terra estão expostos a tantos percalços, certamente é estranho que não sejamos incitados a nos engajarmos no exercício da oração com base na absoluta necessidade de tais frutos para o homem e animais. Tampouco o salmista, ao falar de transeuntes que abençoam os segadores, fala exclusivamente dos filhos de Deus, os quais realmente são instruídos por sua palavra que a frutificação da terra se deve a sua bondade; mas ele também abarca os homens profanos em quem o mesmo conhecimento está naturalmente implantado. Concluindo, contanto que não apenas habitemos a Igreja do Senhor, mas também labutemos por ter um lugar no número de seus genuínos cidadãos, seremos aptos a destemidamente desprezar todo o poder de nossos inimigos; pois ainda que floresçam e façam grande exibição externa, por algum tempo, no entanto não passam de erva estéril, sobre a qual repousa a maldição do céu

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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