"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



quinta-feira, 19 de junho de 2025

“NÃO TEMAS, FILHA DE SIÃO”


“NÃO TEMAS, FILHA DE SIÃO”

“E Jesus, tendo conseguido um jumentinho, montou-o, segundo está escrito: Não temas, filha de Sião, eis que o teu Rei aí vem, montado em um filho de jumenta” (Jo 12.14,15).

Nestas palavras do profeta Zacarias, como citadas pelo evangelista João, devemos observar, em primeiro lugar, que nunca a tranquilidade é restaurada em nossas mentes, ou o temor e tremor banidos dela, exceto quando temos consciência de que Cristo reina entre nós. As palavras do profeta, assim, são diferentes; pois ele exorta os crentes a cultivarem entusiasmo e regozijo. Aqui, porém, o Evangelista descreve a maneira como nossos corações exultam com verdadeiro júbilo. Isso se dá quando é removido aquele temor com o qual todos nós seríamos atormentados até que, estando reconciliados com Deus, obtenhamos aquela paz que emana da fé [Rm 5.1]. Este benefício, pois, vem a nós através de Cristo, que, esmaga o jugo do pecado, cancela a culpa e abole a morte, libertando-nos da tirania de Satanás. Livremente, nos gloriamos, confiando na proteção de nosso Rei, já que aqueles que são postos sob sua guarda não devem temer perigo algum. Não que vivamos isentos de temor, ao longo de toda a nossa vida terrena, mas porque a confiança, fundada em Cristo, se ergue superior a tudo mais. Ainda que Cristo estivesse a uma imensa distância, contudo o profeta exortou os piedosos daquele tempo a que nutrissem entusiasmo e regozijo, porque Cristo haveria de vir. “Eis que”, disse ele, “teu Rei aí vem; portanto, não temas”. Agora que ele já veio, a fim de que nos regozijemos em sua presença, devemos lutar mais vigorosamente contra o temor, para que, livres de nosso inimigo, pacificamente e com intenso júbilo honremos ao nosso Rei.

Filha de Sião. O profeta se dirigiu a Sião em seu próprio tempo, porque ela era a habitação e morada da Igreja. Agora, Deus arrebanhou para si uma Igreja do mundo inteiro, mas esta promessa é peculiarmente dirigida aos crentes que se submetem a Cristo, para que reinem neles. Ao descrever Cristo como “a cavalgar um jumento”, significa que seu reino em nada será comum, com a pompa, esplendor, riqueza e poder do mundo e era oportuno que isto se tornasse conhecido mediante uma manifestação externa, para que todos se assegurassem plenamente de que isto [o reino] é espiritual.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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