“E que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Chegando-se ao
primeiro, disse: Filho, vai hoje trabalhar na vinha. Ele respondeu: Sim, senhor;
porém não foi. Dirigindo-se ao segundo, disse-lhe a mesma coisa. Mas este
respondeu: Não quero; depois arrependido, foi. Qual dos dois fez a vontade do
pai?” (Mt 21.28-31).
Nós somos conduzidos pelo arrependimento à mudança de mente e conduta. No arrependimento verdadeiro há um sentimento de culpa e uma apreensão da misericórdia de Deus. Inclui um abatimento de alma, como também aversão ao pecado, e um esforço
persistente no sentido de levar uma nova vida, de santa obediência. A iluminação
espiritual e a renovação dos afetos que são efetuadas na regeneração levam o
crente a ver e a apreciar a santidade de Deus revelada tanto na Lei como no
Evangelho, e também perceber e sentir nessa luz a extrema culpabilidade de todo
pecado e a inteira corrupção pecaminosa da sua natureza, como esta na verdade
é. O arrependimento para a vida consiste em mortificação, em morrer para o
pecado; em vivificação, um viver para Deus; em contrição, ou pesar pelo pecado;
em fé no evangelho, ou absolvição. O arrependimento é um gracioso dom de Deus. Não
obstante, é de tal necessidade, a todos os pecadores, que
ninguém pode esperar perdão sem ele. O arrependimento se dá na sequência
natural e instantânea da regeneração. Ele também envolve um elemento de fé em
Cristo Jesus, para a justificação. Aquele que se arrepende, também crê. Aquele
que não se arrepende, também não crê. Aquele que não crê, também não é
justificado. O arrependimento, como a fé, é um dever tanto quanto uma graça, e
os ministros de Deus são concitados a proclamá-lo como essencial ao perdão. “E sobre a casa de Davi e sobre os
habitantes de Jerusalém derramarei o espírito de graça e de súplicas, olharão
para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um
unigênito e chorarão por ele como se chora amargamente pelo primogênito” (Zc
12.10). “Esteja absolutamente certa, pois,
toda a casa de Israel de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o fez
Senhor e Cristo. Ouvindo eles estas
coisas, compungiu-se-lhes o coração e perguntaram a Pedro e aos demais
apóstolos: Que faremos, irmãos: Respondeu-lhes Pedro: Arrependei-vos, e cada um
de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo para remissão dos vossos pecados,
e recebereis o dom do Espírito Santo. Pois para vós outros é a promessa, para
vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos o
Senhor, nosso Deus, chamar” (At 2.36-39). Que Deus te conceda o
arrependimento para a vida. Amém!
Rev.
José Oliveira Filho
*Confissão de Fé de Westminster Comentada - A.A.Hodge, Editora Os
Puritanos.
*Esboços de Teologia - A.A.Hodge, Editora PES.
*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil no Champagnat
Rua Desembargador Otávio do Amaral, 885 – Curitiba/PR
(41) 3023-5896
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