SALMO 6.1
“SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me
castigues no teu furor”.
O grande infortúnio que
Davi ora experimentava, havia sido provavelmente, infligido pelos homens, mas
sabiamente considerou que devia tratar com Deus. Não são poucos os homens
que se veem incomodamente atormentados por aflições, que não conseguem ter
imediatamente uma visão direta e nítida de sua causa ou origem. O
que notamos é que na maioria dos casos há insensibilidade sobre a questão.
Portanto, seja de que ponto nossas aflições venham, aprendamos a volver nossos
pensamentos para Deus e reconhecê-lo como o Juiz que nos intima, não como
inocentes, a comparecer diante de seu tribunal. Como os homens, porém, quando
constrangidos a sentir que Deus está irado com eles, às vezes se entregam a reclamações,
em vez de detectar faltas em si mesmos, devemos notar particularmente, que Davi
não atribui simplesmente a Deus as aflições sob as quais se vê sofrendo, mas
reconhece que são a justa retribuição por seus pecados. Ele não censura a Deus
como se fosse um inimigo, tratando-o com crueldade, sem qualquer justa causa;
senão que, atribuindo-lhe o direito de repreender e castigar, ele deseja e ora
pelo menos que se ponham limites à punição que ora se lhe inflige. Com isso
Davi declara que Deus é Justo Juiz a exercer castigo contra os pecados dos
homens. Mas assim que confessa que é disciplinado por justa razão, ele
ardentemente roga a Deus que não o trate segundo a estrita justiça, ou segundo
o mais extremo rigor da lei. Ele não recusa totalmente o castigo, ele julgou
que sem ele, seria mais prejudicado do que beneficiado. O que Davi temia mesmo
era a ira de Deus, a ameaça aos pecadores de ruína e perdição eterna.
Temos algo similar nas
palavras do profeta Jeremias, no capítulo 10, versículo 24: “Castiga-me, ó
SENHOR, mas em justa medida, não em tua ira, para que não me reduzas a nada”. É
verdade que Deus demonstra ira contra os pecadores quando lhes inflige punição;
é verdade também que, para com alguns, ele não só adiciona algo da doçura de
sua graça para aliviar sua dor, mas também se lhes mostra favorável, moderando
seu castigo e misericordiosamente retraindo sua mão. Mas, como devemos
inevitavelmente sentir-nos abalados de terror sempre que Deus se mostre o
vingador da impiedade, não é sem causa que Davi, segundo as sensações da carne
e da alma, esteja temeroso da ira e furor de Deus.
Por experiência, você entende o que isso significa? “Ó SENHOR, confesso que mereço ser destruído e reduzido a
nada. Não me
trates segundo meus merecimentos, mas, ao contrário, perdoa meus pecados,
mediante os quais tenho provocado tua ira contra mim”.
Tão logo, pois, nos virmos oprimidos, aprendamos do exemplo de Davi a recorrer a Deus de toda graça e compaixão; é Ele quem nos conduz ao arrependimento e a verdadeira paz de espírito.
Tão logo, pois, nos virmos oprimidos, aprendamos do exemplo de Davi a recorrer a Deus de toda graça e compaixão; é Ele quem nos conduz ao arrependimento e a verdadeira paz de espírito.
Deus nos abençoe!
Pr. José Rodrigues Filho
*Resumo dos comentários do Salmo 6, João Calvino, Edições Paracletos.
*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
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*Resumo dos comentários do Salmo 6, João Calvino, Edições Paracletos.
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Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-8375
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