"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sexta-feira, 21 de agosto de 2020

"SENHOR, não me repreendas na tua ira".

SALMO 6.1
“SENHOR, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor”.

O grande infortúnio que Davi ora experimentava, havia sido provavelmente, infligido pelos homens, mas sabiamente considerou que devia tratar com Deus. Não são poucos os homens que se veem incomodamente atormentados por aflições, que não conseguem ter imediatamente uma visão direta e nítida de sua causa ou origem. O que notamos é que na maioria dos casos há insensibilidade sobre a questão. Portanto, seja de que ponto nossas aflições venham, aprendamos a volver nossos pensamentos para Deus e reconhecê-lo como o Juiz que nos intima, não como inocentes, a comparecer diante de seu tribunal. Como os homens, porém, quando constrangidos a sentir que Deus está irado com eles, às vezes se entregam a reclamações, em vez de detectar faltas em si mesmos, devemos notar particularmente, que Davi não atribui simplesmente a Deus as aflições sob as quais se vê sofrendo, mas reconhece que são a justa retribuição por seus pecados. Ele não censura a Deus como se fosse um inimigo, tratando-o com crueldade, sem qualquer justa causa; senão que, atribuindo-lhe o direito de repreender e castigar, ele deseja e ora pelo menos que se ponham limites à punição que ora se lhe inflige. Com isso Davi declara que Deus é Justo Juiz a exercer castigo contra os pecados dos homens. Mas assim que confessa que é disciplinado por justa razão, ele ardentemente roga a Deus que não o trate segundo a estrita justiça, ou segundo o mais extremo rigor da lei. Ele não recusa totalmente o castigo, ele julgou que sem ele, seria mais prejudicado do que beneficiado. O que Davi temia mesmo era a ira de Deus, a ameaça aos pecadores de ruína e perdição eterna.

Temos algo similar nas palavras do profeta Jeremias, no capítulo 10, versículo 24: “Castiga-me, ó SENHOR, mas em justa medida, não em tua ira, para que não me reduzas a nada”. É verdade que Deus demonstra ira contra os pecadores quando lhes inflige punição; é verdade também que, para com alguns, ele não só adiciona algo da doçura de sua graça para aliviar sua dor, mas também se lhes mostra favorável, moderando seu castigo e misericordiosamente retraindo sua mão. Mas, como devemos inevitavelmente sentir-nos abalados de terror sempre que Deus se mostre o vingador da impiedade, não é sem causa que Davi, segundo as sensações da carne e da alma, esteja temeroso da ira e furor de Deus.

Por experiência, você entende o que isso significa? “Ó SENHOR, confesso que mereço ser destruído e reduzido a nada. Não me trates segundo meus merecimentos, mas, ao contrário, perdoa meus pecados, mediante os quais tenho provocado tua ira contra mim”. 

Tão logo, pois, nos virmos oprimidos, aprendamos do exemplo de Davi a recorrer a Deus de toda graça e compaixão; é Ele quem nos conduz ao arrependimento e a verdadeira paz de espírito.

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

*Resumo dos comentários do Salmo 6, João Calvino, Edições Paracletos. 

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-8375

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