A Dureza de um Coração Ímpio
“Tendo Jesus dito estas palavras, saiu juntamente
com seus discípulos para o outro lado do ribeiro Cedrom, onde havia um jardim;
e aí entrou com eles. E Judas, o traidor, também conhecia aquele lugar, porque
Jesus ali estivera muitas vezes com seus discípulos. Tendo, pois, Judas
recebido a escolta e, dos principais sacerdotes e dos fariseus, alguns guardas,
chegou a este lugar com lanternas, tochas e armas. Sabendo, pois, Jesus
todas as coisas que sobre ele haviam de vir, adiantou-se e
perguntou-lhes: A quem buscais? Responderam-lhe: A Jesus, o Nazareno.
Então, Jesus lhes disse: Sou eu. Ora, Judas, o traidor, estava também
com eles” (Jo 18.1-5).
Vemos nesses versículos a excessiva dureza de coração que pode tomar conta da alma de uma pessoa ímpia. Somos informados que Judas, um dos apóstolos, tornou-se o
guia daqueles que prenderam a Jesus. Judas utilizou o conhecimento que possuía
sobre o lugar para o qual Jesus costumava se retirar e trouxe os terríveis
inimigos do Senhor. João nos conta que Judas, o traidor, estava também com o
grupo de oficiais e soldados que se aproximaram de Jesus, para prendê-lo. Mas
este foi o homem que durante três anos esteve na companhia de Jesus, viu seus
milagres, ouviu seus sermões, desfrutou dos benefícios de sua instrução
particular, professava ser crente, trabalhou e pregou em nome de Cristo! Com
razão, poderíamos indagar: “Senhor, que é o homem?” Para alguém cair do mais
elevado grau de privilégio para as profundezas do pecado, são necessários
apenas alguns passos. Um privilégio mal utilizado é capaz de paralisar a
consciência. O mesmo fogo que derrete a cera endurece a argila.
Tenhamos cuidado para não fundamentarmos nossa esperança de salvação em
conhecimento religioso, embora o tenhamos em abundância, ou em vantagens
espirituais, ainda que sejam muitas. Talvez conheçamos todas as verdades
doutrinárias e sejamos capazes de ensiná-las aos outros, mas, apesar disso,
estas coisas podem mostrar-se inúteis, e nós sejamos lançados na condenação
eterna assim como Judas Iscariotes. Podemos nos aquecer em todo o resplendor
dos privilégios espirituais, ouvir os melhores ensinos de Cristo e não produzir
fruto para a glória de Deus; por conseguinte, seremos contados como varas
murchas e lançados no fogo. “Aquele, pois, que pensa estar em pé veja que não caia”
(1Co 10.12). Acima de tudo, tenhamos cuidado para não alimentar em nossos
corações qualquer pecado oculto e habitual, tal como o amor ao dinheiro ou ao
mundo. Um pequeno vazamento pode afundar um barco. Um pecado não mortificado
pode arruinar um crente professo. Aquela pessoa tentada a ser negligente no que
se refere à sua vida espiritual deve meditar nessas coisas e tomar cuidado.
Lembre-se de Judas Iscariotes, cuja história é uma lição.
“Não são poucos os que, a semelhança de Judas Iscariotes, caminham por toda a vida enganando a muitos”.
Deus nos abençoe!
J.C.Ryle (1816-1900).
J.C.Ryle (1816-1900).
*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-8375
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