"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sexta-feira, 25 de setembro de 2020

“Magnífico Deus!”


“Magnífico Deus!”

“Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade” (Sl 8.1).

Temos neste Salmo uma reflexão de Davi sobre a beneficência paternal de Deus para com o gênero humano. Ele não se contenta em simplesmente dar graças por ela, mas também se sente completamente envolvido e fascinado, por isso exclama:

Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade.

Vemos que Davi, é verdade, expõe diante de seus olhos o grandioso poder e glória de Deus na criação e no governo do universo material; mas ele apenas olha levemente sobre este tema, de passagem, por assim dizer, e insiste principalmente sobre o tema da infinita bondade de Deus para conosco. Existe diante de nossos olhos, em toda a ordem da natureza, os mais ricos elementos a manifestarem a glória de Deus, mas, visto que somos inquestionavelmente mais poderosamente afetados com o que nós mesmos experimentamos, Davi, neste Salmo, com grande propriedade, expressamente celebra o favor especial que Deus manifesta no interesse da humanidade.

Pode parecer estranho que Davi tenha iniciado o Salmo com uma exclamação, quando a forma usual é primeiramente fazer a avaliação de uma coisa, e então magnificar sua grandeza e excelência. Mas se tivermos em mente o que se diz em outras passagens da Escritura referente à impossibilidade de expressarem-se em palavras as obras de Deus, não causará estranheza que Davi, com esta exclamação, se considere incapacitado à tarefa de relatá-las detalhadamente. Davi, portanto, ao refletir sobre a incompreensível benevolência com que Deus condescendeu graciosamente galardoar a raça humana; e sentindo todos os seus pensamentos e sentidos mergulhados em contemplação e subjugados por ela, exclama que esta é uma coisa digna de admiração, visto que não tem como ser expressa em palavras. Além disso, o Espírito Santo, que dirigia as palavras de Davi, sem dúvida pretendia, com sua instrumentalidade, despertar os homens da insensibilidade e indiferença que lhes são tão peculiares, de maneira que não se contentem em apenas celebrar o infinito amor de Deus e os imensuráveis benefícios que recebem de suas dadivosas mãos, com uma atitude fria e apática, mas, ao contrário, que apliquem todo o seu coração a este santo exercício e que se dediquem a Deus todos os seus mais intensos esforços. Esta exclamação de Davi implica que, mesmo quando todas as faculdades da mente humana são aplicadas ao máximo na meditação sobre este tema, elas ainda são insuficientes.

Quão magnífico em toda a terra é o teu nome! - O nome de Deus deve ser aqui subentendido como sendo o conhecimento do caráter e perfeições de Deus, até ao ponto em que ele se nos faz conhecido. A referência aqui está mais relacionada às obras e propriedades pelas quais Deus é conhecido do que à sua essência. Davi, portanto, diz que a terra está cheia da prodigiosa glória de Deus, tanto que a fama ou renome dela não apenas alcança os céus, senão que sobe muito acima deles. A terra é por demais pequena para conter a glória ou as maravilhosas manifestações do caráter e perfeições de Deus.

Ó SENHOR, Senhor nosso, quão magnífico em toda a terra é o teu nome! Pois expuseste nos céus a tua majestade.

Aleluia!

Pr. José Rodrigues Filho

*Resumo dos comentários de João Calvino

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375

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