“DO CONHECIMENTO DE DEUS”
“Ó profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que lhe venha a ser restituído? Porque dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém!” (Rm 11.33-36).
Quase toda a sã doutrina consiste nestas duas partes: o
conhecimento de Deus e de nós mesmos. O que a Deus se refere, temos de aprender
no que diremos aqui.
Para mantermos uma fé sólida, em primeiro lugar temos de reter na
mente que Deus é sabedoria, justiça, bondade, misericórdia, verdade, poder e vida
infinitos. E todas essas coisas, onde que quer que sejam notadas, procedem dele
(Tg 1.17; Pv 16.4).
Em segundo lugar, todas as coisas, nos céus e na terra, foram
criadas para a glória dele. E isso, para servi-lo tão somente em razão de sua
própria natureza, conservar sua regra, aceitar sua majestade e, em obediência, reconhecê-lo
como Senhor e Rei – tudo isso se deve a ele por direito (Sl 148; Dn 3.17; Rm
1.21).
Em terceiro lugar, ele é, em si, Juiz justíssimo, de modo que
castigará com severidade todos aqueles que se apartarem de seus preceitos, os
que não querem ser submissos à sua vontade, os que pensam, dizem ou fazem
aquelas coisas que não visam à glória dele (Sl 7.9-17; Rm 2.1-16).
Em quarto lugar, ele é misericordioso e manso, recebe os pobres e
miseráveis que à sua clemência se refugiam e à sua fidelidade se apoiam; está
preparado a perdoar e a se condoer de quantos lhe rogam por perdão, querendo
sempre socorrer e ajudar o que implora seu auxílio e guardar os que nele
depositam e lançam toda a sua confiança (Êx 34.6,7; Mt 11.28-30).
Deus nos abençoe!
João Calvino (1509-1564).
*Institutas da Religião Cristã, Ed. Fiel.
*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
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