"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

“EM LUGAR DA ALEGRIA PROPOSTA”


“EM LUGAR DA ALEGRIA PROPOSTA”

“Corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta, olhando para Jesus, o Autor e Aperfeiçoador de nossa fé, o qual, pela alegria que lhe estava proposta, suportou a cruz, desprezando a ignomínia, e está assentado à direita do trono de Deus” (Hb 12.1,2).

“Pela alegria que lhe estava proposta”.

Embora a tradução latina seja um tanto ambígua, o significado do que escreveu o apóstolo é demonstrado claramente no grego. Sua intenção consiste em que, embora Cristo estivesse livre para poupar a si mesmo de todo sofrimento e guiar-nos a uma vida de plena felicidade e repleta de todas as coisas boas, não obstante submeteu-se voluntariamente a uma morte amarga e ignominiosa. “Pela alegria” tem o mesmo sentido de “em lugar da alegria”, e alegria inclui todo gênero de vantagens. O apóstolo afirma que ela foi posta diante dele, visto que Cristo tinha o poder de desfrutá-la, caso desejasse. Se alguém concluir que “em lugar da alegria proposta” indica a causa final, não faço muita objeção, visto que o significado seria que Cristo não fugiu à morte da cruz, uma vez que antevia seus benditos resultados. Contudo, prefiro a primeira explicação.

O apóstolo nos recomenda a paciência de Cristo por duas razões: primeiramente, porque ele suportou a morte cruel; e em segundo lugar, porque ele fez pouco caso da ignomínia. Ele prossegue, dizendo que o fim de sua morte foi glorioso, para que os crentes soubessem que todos os males que ele teve que suportar terminariam em salvação e glória, contanto que o seguissem. Assim afirma também Tiago: “Eis que temos por felizes os que perseveram firmes. Tendes ouvido da paciência de Jó, e vistes o fim que o Senhor lhe deu; porque o Senhor é cheio de terna misericórdia e compassivo” (Tg 5.11). A intenção do apóstolo é dizer-nos que o fim de nossos sofrimentos será o mesmo que vemos em Cristo, seguindo o que diz Paulo: “Se sofrermos com ele, também com ele reinaremos” (Rm 8.17).

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Exposição de Hebreus - Edições Paracletos.

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Rua Elias Karan, 150.
(41)3239-2123

sexta-feira, 28 de janeiro de 2022

JUSTIFICAÇÃO – LIVRE GRAÇA

 

JUSTIFICAÇÃO – LIVRE GRAÇA

“Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” (Rm 8.32,33).

“Cristo, através de sua obediência e morte, quitou plenamente o débito de todos aqueles que são assim justificados, e fez uma justa, real e plena satisfação à justiça de seu Pai, em favor deles. Todavia, visto que lhes foi dado pelo Pai, e sua obediência e satisfação aceita em lugar deles, e ambas gratuitamente, não por algo existente neles, sua justificação é tão somente da livre graça; para que tanto a exata justiça quanto a rica graça de Deus fossem glorificadas na justificação dos pecadores” (CFW. XI. seção III).

A primeira verdade asseverada nesta seção consiste em que Cristo, por sua obediência e morte, pagou plenamente o débito daqueles que são justificados; e que ele fez por eles uma justa, real e plena satisfação à justiça de seu Pai.

Em conexão com a afirmação supra, a segunda verdade que é ensinada aqui consiste em que esta justificação é, no que tange à pessoa justificada, desde o princípio até ao fim, uma estupenda manifestação da livre graça de Deus.

O fato de a justiça de Cristo ser a base da justificação, e que sua justiça, em estrito rigor, satisfaz plenamente todas as exigências da lei divina, em vez de ser inconsistente com a perfeita liberdade e graciosidade da justificação, acentua amplamente sua graça. É óbvio que Deus tinha que, ou sacrificar sua lei, ou seus eleitos, ou seu Filho (Gl 2.21; 3.21). Não é menos óbvio que é uma expressão muito mais forte de amor e livre graça salvar os eleitos a expensas de tal sacrifício do que seria salvá-los ou com base no sacrifício de princípios ou, no caso, que nenhum sacrifício fosse necessário. A cruz de Cristo é o centro para o qual os mais intensos raios como os da divina graça e justiça se convergem, nos quais eles são perfeitamente reconciliados. Esse é o alcance máximo da justiça, e ao mesmo tempo e pela mesma razão o alcance máximo da graça que o universo poderia ver. A auto-apropriação da penalidade por parte do eterno Filho de Deus é a mais elevada vindicação concebível da absoluta inviolabilidade da justiça, e ao mesmo tempo a mais elevada expressão concebível de amor infinito.

A livre graça se manifesta: -

1. Na admissão de um sofredor vicário.

2. No dom do Bem-amado Filho de Deus para tal serviço.

3. Na eleição soberana das pessoas que seriam por ele representadas.

4. Nas gloriosas recompensas que lhes adviriam sob a condição daquela representação.

Deus nos abençoe!

A.A.Hodge (1823-1886).

*Confissão de Fé de Westminster Comentada - Ed. Os Puritanos.

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“DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO”

 

“DOUTRINA DA JUSTIFICAÇÃO”

“Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo; por intermédio de quem obtivemos igualmente acesso, pela fé, a esta graça na qual estamos firmes; e gloriamo-nos na esperança da glória de Deus” (Rm 5.1.2).

Justificação é um ato judicial de Deus, pelo qual ele nos declara conformados às exigências da lei como a condição de nossa vida; não é um ato de poder gracioso, fazendo-nos santos ou conformados à lei como padrão de caráter moral. O verdadeiro sentido de justificação consiste, quando tomada em sua conexão com a fé, no grande princípio central da Reforma, realçado e triunfantemente defendido por Lutero. Que tal procede, prova-se: -

1. Á luz do significado universal do verbo justificar, e do termo grego equivalente no Novo Testamento. Ambos são igualmente sempre usados para expressar um ato declarativo de que uma pessoa está quites com as exigências da lei, jamais para expressar um ato de torná-la santa (Gl 2.16; 3.11).

2. A justificação e a santificação são apresentadas na Escritura como graças distintas – inseparáveis, igualmente necessárias, contudo distintas em sua natureza, bases e objetivos (1Co 6.11).

3. Justificação não é mero perdão; ela inclui o perdão de pecados, e em adição à declaração de que todas as reivindicações da lei são satisfeitas em relação à pessoa justificada, e de que, consequentemente, ela tem direito a todas as imunidades e recompensas, as quais, no pacto de vida, estão interrompidas em perfeita conformidade com as exigências da lei.

* O Perdão: -

a. Abranda as reivindicações da lei, renuncia sua cobrança em dado caso.

b. É um ato de um soberano no exercício de prerrogativa absoluta.

c. É gratuito, descansando em considerações de misericórdia.

d. Simplesmente absolve a penalidade do pecado; não assegura nem honras nem recompensas.

* Em contrapartida, a Justificação: -

a. É um ato de um juiz, não de um soberano.

b. Repousa simplesmente no estado da lei e dos fatos, e é impossível onde não haja uma justiça perfeita.

c. Não proclama uma lei abrandada, mas cumprida em seu sentido estrito.

d. Declara a pessoa justificada como merecedora de todas as honras e vantagens suspensas, em perfeita conformidade com todas as exigências da lei.

“A Justificação é um ato da livre graça de Deus para com os pecadores, no qual ele perdoa todos os seus pecados, aceita e considera suas pessoas como justas aos seus olhos, não por qualquer coisa neles operada ou por eles feita, mas unicamente pela perfeita obediência e plena satisfação de Cristo, a eles imputadas por Deus e recebidas só pela fé” (Catecismo Maior de Westminster, questão 70).

Deus nos Abençoe!

A.A.Hodge (1823-1886).

*Confissão de Fé de Westminster Comentada - Ed. Os Puritanos.

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

“FÉ SALVÍFICA”


FÉ SALVÍFICA”

“Porque pela graça sois salvos, mediante a fé; e isto não vem de vós; é dom de Deus” (Ef 2.8).

Fé salvífica é aquele ato moral da alma regenerada que tem o seu fundamento na identificação do crente com a verdade pelo qual as experiências íntimas do coração e as ações externas da vida são produto da obediência à verdade. É aquele discernimento espiritual e a cordial aceitação da excelência e beleza da verdade divina, os quais são operados em nossos corações pelo Espírito Santo (Rm 5.1,2; Jo 17.17,19).

Os homens são espiritualmente incapazes de discernir as coisas espirituais. Por natureza, eles não aceitam as coisas do Espírito. “Ora, o homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente” (1Co 2.14).

Os homens creem porque são instruídos por Deus e iluminados para discernir e aceitar as coisas do Espírito. “Porque Deus, que disse: Das trevas resplandecerá a luz, ele mesmo resplandeceu em nosso coração, para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Cristo” (2Co 4.6).

“Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos” (Ef 1.17-18).

Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim” (Jo 6.45).

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

"DOUTRINA DO ARREPENDIMENTO PARA A VIDA"

Assista!

"Doutrina: Do Arrependimento para Vida".

“Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida” (At 11.18).


Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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sábado, 15 de janeiro de 2022

“DO ARREPENDIMENTO PARA A VIDA"


“DO ARREPENDIMENTO PARA A VIDA"

“Pois, se Deus lhes concedeu o mesmo dom que a nós nos outorgou quando cremos no Senhor Jesus, quem era eu para que pudesse resistir a Deus? E, ouvindo eles estas coisas, apaziguaram-se e glorificaram a Deus, dizendo: Logo, também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para vida” (At. 11.17,18).

Seção I. O arrependimento para a vida é uma graça evangélica, doutrina esta que deve ser proclamada por todo o ministro do evangelho, tanto quanto a da fé em Cristo (CFW. XV).

Seção II. Por ele um pecador, movido pelo que vê e sente, não só diante do perigo, mas também diante da imundícia e odiosidade de seus pecados, como sendo contrários à santa natureza e à justa lei de Deus, e na apreensão de sua misericórdia em Cristo destinada aos que são penitentes, de tal maneira se entristece e odeia os seus pecados que, deixando-os, se volta para Deus, propondo-se e diligenciando-se por andar com ele em todas as veredas de seus mandamentos (CFW. XV).

A luminosa apreensão da misericórdia de Deus em Cristo se faz necessário para o genuíno arrependimento, porque a consciência debilitada ecoa a lei de Deus e não pode ser apaziguada por nenhuma outra propiciação senão por aquela exigida pela própria justiça divina; e até que isso seja feito numa confiante aplicação dos méritos de Cristo, ou a indiferença entorpecerá ou o remorso atormentará a alma.

Fora de Cristo Deus é “fogo consumidor”, e o medo inextinguível de sua ira repele a alma. “Guardai-vos não vos esqueçais da aliança do SENHOR, vosso Deus, feita convosco, e vos façais alguma imagem esculpida, semelhança de alguma coisa que o SENHOR, vosso Deus, vos proibiu. Porque o SENHOR, teu Deus, é fogo que consome, é Deus zeloso” (Dt 4.23,24); “Por isso, recebendo nós um reino inabalável, retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus de modo agradável, com reverência e santo temor; porque o nosso Deus é fogo consumidor” (Hb 12.28,29).

O senso da espantosa bondade de Deus, aos nossos olhos, na dádiva de seu Filho, e de nossa ingrata retribuição a ela, é o mais poderoso meio de conduzir a alma ao genuíno arrependimento do pecado quando cometido contra Deus. E Isso se pode provar pelos exemplos de arrependimento registrados nas Escrituras. “Compadece-te de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; e, segundo a multidão das tuas misericórdias, apaga as minhas transgressões. Lava-me completamente da minha iniquidade e purifica-me do meu pecado” (Sl 51.1,2). “Se observares, SENHOR, iniquidades, quem, SENHOR, subsistirá? Contigo, porém, está o perdão, para que te temam” (Sl 130.4).

 Deus nos abençoe!

 Pr. José Rodrigues Filho

*Confissão de Fé Comentada, A.A.Hodge - Ed. Os Puritanos

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segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

"Doutrina da Perseverança dos Santos"

Assista: "Doutrina da Perseverança dos Santos"

“Farei com eles aliança eterna, segundo a qual não deixarei de lhes fazer o bem; e porei o meu temor no seu coração, para que nunca se apartem de mim” (Jr 32.40).


Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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domingo, 9 de janeiro de 2022

"Doutrina do Chamado Eficaz"

Assista: "Doutrina do Chamado Eficaz

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8.28,29).


Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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sexta-feira, 7 de janeiro de 2022

“O CHAMADO EFICAZ”


“O CHAMADO EFICAZ”

“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” (Rm 8.28,29).

A verdade quanto ao “Chamado Eficaz” é que ele é direcionado àqueles conforme vemos em Romanos 8.30. “Aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou”. Todos nós concordamos que essa não é uma porção bíblica que se pode afirmar quanto àqueles que não amam a Deus, que não se conformam à imagem de Jesus Cristo.

Em Romanos 1.1, está escrito: “Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus”. O apóstolo Paulo foi colocado por Jesus Cristo nessa posição, nesse ofício, nesse ministério. Sem dúvida, houve eficácia nesse chamado. Primeiro à salvação e depois ao apostolado. Não foi um simples convite. É isso que Paulo diz de si mesmo, conforme encontramos em Gálatas 1.15. “Quando, porém, ao que me separou antes de eu nascer e me chamou pela sua graça”. E, em Romanos 1.6,7. “Chamados para serdes de Jesus Cristo. A todos os amados de Deus..., chamados para serdes santos”.

Portanto, os que são chamados eficazmente para a salvação, são chamados com este propósito: para serem conformes à imagem do primogênito Filho de Deus. Em 1Timóteo 1.9, lemos: “Deus nos salvou e nos chamou com santa vocação”. E em Efésios 4.1, está escrito: “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados”.

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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