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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

“A VIRGEM CHAMAVA-SE MARIA”


“A VIRGEM CHAMAVA-SE MARIA”

“No sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado, da parte de Deus, para uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com certo homem da casa de Davi, cujo nome era José; a virgem chamava-se Maria” (Lc 1.26,27).

Temos no capítulo primeiro do livro de Lucas o anúncio do acontecimento mais maravilhoso que já ocorreu neste mundo: a encarnação e nascimento de nosso Senhor Jesus Cristo.

O anjo que anunciou o seu advento foi enviado a uma vila obscura da Galileia chamada Nazaré. A mulher que recebeu a honra de tornar-se a mãe do Senhor ocupava claramente uma posição social humilde. Tanto em sua condição social quanto em sua cidade, havia ausência completa daquilo que o mundo considera “grande”. Não devemos hesitar em concluir que em tudo isso estava a sábia Providência. O conselho do Altíssimo, que ordena todas as coisas nos céus e na terra, poderia determinar que a residência de Maria fosse Jerusalém, tão simplesmente quanto determinar que fosse Nazaré; ou, da mesma forma, poderia ser escolhido a filha de algum escriba poderoso para ser a mãe do Senhor, tão facilmente como escolheu uma moça pobre. Pareceu-Lhe bem ser como foi. O primeiro advento do Messias deveria se um advento de humilhação. Essa humilhação dar-se-ia já desde a sua concepção e nascimento.

Cuidemos para não desprezarmos a pobreza dos outros ou de nos envergonharmos da nossa própria pobreza, caso Deus nos conceda. A condição de vida que Jesus escolheu voluntariamente para Si deve ser vista sempre com santa reverência. A tendência comum dos nossos dias, ou seja, de curvarem-se as pessoas diante dos ricos e de idolatrarem o dinheiro, deve ser sistematicamente resistida e desencorajada. O exemplo do Senhor é a resposta suficientíssima para milhares de máximas aviltantes sobre a riqueza tão comuns entre os homens. “Sendo rico, se fez pobre por amor de vós” (2Co 8.9).

O Herdeiro de todas as coisas não somente assumiu a natureza humana, mas o fez da forma mais humilhante que poderia fazer. Já seria humildade vir ao mundo para governar como rei. Mas a sua vinda ao mundo como homem pobre, para ser desprezado, sofrer e morrer, é um dos milagres da misericórdia que ultrapassa a nossa compreensão. Que o seu amor nos impulsione a viver não para nós mesmos, e sim para Ele. Que o seu exemplo traga à nossa consciência o preceito da Escritura que diz: “Em lugar de serdes orgulhosos, condescendei com o que é humilde” (Rm 12.16).

"A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito se alegrou em Deus, meu Salvador, porque contemplou na humildade da sua serva" (Lc 1.46-48).

Deus nos abençoe!

John Charles Ryle (1816-1900).

*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil - Curitiba(PR).

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