“E ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa
manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2.7).
Todos nós devemos usar o evangelho para nos avaliar. Quão próximos ou
distantes estamos de Cristo? Como estamos nos saindo quando o assunto é fé e
amor? Muitos se inflamam com uma devoção sonhadora quando ouvem sobre quão
pobre Cristo era quando nasceu. Eles se enfurecem com as pessoas de Belém e
criticam a cegueira e a ingratidão delas. Eles pensam que, se estivessem lá,
teriam servido ao Senhor e à sua mãe. Eles não teriam permitido que elas fossem
tão desprezíveis. Mas essas pessoas nem mesmo notam seus próprios vizinhos que
estão ali tão próximos e precisam de ajuda. Elas os ignoram e os deixam do
jeito que os encontraram. Quem, neste mundo, não está cercado de pessoas
miseráveis, doentes, descuidadas ou pecadoras? Por que elas não demonstram amor
a essas pessoas? Por que elas não fazem por seu próximo o que Cristo fez por
eles? Não engane a si mesmo pensando que você teria tratado Cristo bem ao mesmo
tempo que, no presente, você não faz coisa alguma pelo seu próximo. Se você
estivesse em Belém, você teria prestado tão pouca atenção nele quanto todas as
outras pessoas o fizeram. Você só deseja servi-lo porque sabe quem ele é.
Digamos que ele viesse, deitasse numa manjedoura e deixasse você saber que ele
é aquele de quem agora você tanto sabe. É claro que você desejaria fazer algo
para ajudar. Mas, antes disso, você não teria feito coisa alguma. De forma
semelhante, se você pudesse ver o seu próximo agora como ele será no futuro, e,
se ele estivesse deitado na sua frente, você certamente cuidaria dele. Mas, por
vê-lo somente pelo que é agora, você o ignora. Você falha em reconhecer Cristo
em seu próximo.
*Martinho Lutero (1483-1545)
“Então, dirá o Rei aos que estiverem à sua direita: Vinde, benditos de
meu Pai! Entrai na posse do reino que vos está preparado desde a fundação do
mundo. Porque tive fome, e me destes de comer; tive sede, e me destes de
beber; era forasteiro, e me hospedastes; estava nu, e me vestistes; enfermo, e
me visitastes; preso, e fostes ver-me. Então, perguntarão os justos:
Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te
demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te
vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei,
respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um
destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes” (Mt 25.34-40).
Deus nos abençoe!
Triste verdade. Quão miserável sou que não dou aos humildes e necessitados a atenção que Jesus quer que seja dada. Amém por essa reflexão. Vamos tornar o Natal em manifestação de amor a todos, especialmente aos pobres e necessitados
ResponderExcluir