"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



segunda-feira, 18 de março de 2019

A Glória de Cristo como Mediador: Seu Amor

A Glória de Cristo como Mediador: Seu Amor
Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós” (1Jo 3.16).

Há muitos textos nas Sagradas Escrituras que se referem ao amor de Cristo. Por exemplo: “...o Filho de Deus, que me amou e a si mesmo se entregou por mim” (Gl 2.20) ; “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós...” (1Jo 3.16); “Àquele que nos ama, e, pelo seu sangue, nos libertou dos nossos pecados, ...a ele a glória e o domínio pelos séculos dos séculos” (Ap 1.5,6). A porção mais brilhante da glória de Cristo é o Seu amor. Não há nenhum terror nele, mas é atraente e nos traz refrigério.

A razão principal de Cristo tornar-Se mediador foi por causa do amor do Pai. O qual escolheu salvar um número incontável de pessoas mediante o derramamento do sangue de Cristo. E eles são santificados pelo Espírito (2Ts 2.13; Ef 1.4-9). Desde que Deus é amor, qualquer comunicação que se estabeleça entre Ele e Seu povo há de ser em amor (1Jo 4.8,9,16). Certamente não havia nada neles para que Deus os amasse. Qualquer coisa boa que haja em alguém é o efeito do amor de Deus nele (Ef 1.4). O amor de Deus é a eterna fonte da qual a Igreja recebe a sua vida através de Cristo.

Vamos agora considerar o amor do Filho, que é cheio de compaixão. Apesar de sermos criaturas pecaminosas, foi possível a nossa recuperação. Deus nos escolheu como um meio de expressar o Seu divino amor e bondade. Cristo assumiu a nossa carne e sangue, não a natureza dos anjos (Hb 2.14-16). Ele antevia com grande gozo a salvação dos pecadores, a qual iria trazer tanta glória a Deus.

O Seu desejo e prazer de assumir a natureza humana não foram diminuídos por causa do conhecimento das grandes dificuldades que Ele teria de enfrentar. Para nos salvar, Ele teria que continuar até que Sua alma estivesse “profundamente triste até a morte”. Mas isto não o deteve. O Seu amor e perdão correram como águas de uma poderosa corredeira, por que Ele diz: “Então, eu disse: eis aqui estou, no rolo do livro está escrito a meu respeito; agrada-me fazer a tua vontade, ó Deus meu; dentro do meu coração, está a tua lei” (Sl 40.7,8). Desta forma, um corpo foi preparado para Ele, a fim de dar expressão à imensurável graça e ao fervente amor que Ele possuía pela humanidade. Agora, quando pensamos no glorioso amor de Cristo, descobrimos que há em Sua natureza divina o amor de Deus, o Pai. E há mais ainda, porque quando colocou em prática esse amor, Ele foi humano também. O amor nas duas naturezas é bastante distinto, contudo vem da mesma pessoa, Cristo Jesus. Foi um ato indescritível de amor quando Ele assumiu a nossa natureza humana, porém isso foi apenas um ato de Sua natureza divina. A Sua morte foi apenas um ato de Sua natureza humana. Os dois atos, porém, foram verdadeiramente dEle, como lemos em 1Jo 3.16: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós”.

Apelo a vocês para que, de contínuo, preparem as suas mentes para as coisas celestiais, meditando seriamente na glória do amor de Cristo. Isto não pode ser feito, se suas mentes estão sempre cheias de pensamentos terrenos. Não se satisfaçam com pensamentos gerais sobre o amor de Cristo, mas pensem nisso de uma forma um pouco mais detalhada.

1 – Considerem de quem é o amor: o amor do Filho de Deus, que é também o Filho do homem. Assim como Ele é único, o Seu amor também deve ser único.

2 – Pensem na sabedoria, bondade e graça demonstradas nos atos eternos da Sua natureza divina e na compaixão e amor de Sua natureza humana em tudo que Ele fez e sofreu por nós (Ef 3.19; Hb 2.14,15; Ap 1.5).

3 – Merecíamos a ira, porém “Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.10). O amor de Cristo não é diminuído porque nós somos espiritualmente desagradáveis.

4 – Pensem no poder deste amor quanto aos seus efeitos em nossas vidas habilitando-nos a produzir frutos para Sua glória.

É por isso que devemos meditar nos ensinamentos das Escrituras que contêm a doçura do amor de Cristo. Não se contentem apenas em ter uma ideia do amor de Cristo em suas mentes, mas provem, nos seus corações que o Senhor é gracioso (Ct 2.2-5). Cristo é o alimento das nossas almas. Não existe outra nutrição espiritual maior que o Seu amor para conosco, o qual sempre deveríamos desejar.

Deus nos abençoe!

John Owen (16l6-1683)

*Meditações sobre a Glória de Cristo, Editora PES.

*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375

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