"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



segunda-feira, 19 de outubro de 2020

“Contemplado pelos Anjos, pregado entre os Gentios”

 

“Contemplado pelos Anjos, pregado entre os Gentios”

“Evidentemente, grande é o mistério da piedade: Aquele que foi manifestado na carne foi justificado em espírito, contemplado por anjos, pregado entre os gentios, crido no mundo, recebido na glória” (1Tm 3.16).

Contemplado pelos anjos, pregado entre os gentios. Todas essas afirmações são maravilhosas e espantosas, ou seja, que Deus se dignou conferir aos gentios – o que até então havia sido vago e incerto ante a cegueira de suas mentes – a revelação de seu Filho que estivera oculto dos próprios anjos celestiais! Porque, dizer que ele foi visto pelos anjos significa que essa foi uma visão que, por sua novidade e excelência, atraiu a atenção dos anjos. Quão singular e extraordinária foi a vocação dos gentios. (Efésios 2). Nem causa estranheza que a mesma tenha atraído a visão dos anjos, porque, ainda que tivessem conhecimento da redenção da humanidade, afinal não sabiam como seria ela realizada, e teria sido oculta deles com o fim de que a grandeza da benevolência divina pudesse ser contemplada por eles com admiração mais intensa.

Crido no mundo. É espantoso, acima de tudo, que Deus haja concedido igual participação de sua revelação aos gentios profanos e aos anjos que era a terna herança de seu reino. Mas essa poderosa eficácia do evangelho proclamado pelo qual Cristo venceu todos os obstáculos e introduziu à obediência da fé os que pareciam completamente incapazes de ser subjugados, não era de forma alguma um milagre comum. Certamente, nada parecia ser mais improvável, tão completamente fechada e selada estava a entrada. Não obstante, por meio de uma vitória quase incrível, a fé venceu.

Finalmente, o apóstolo diz que ele foi recebido na glória, ou seja, depois desta vida mortal e miserável. Portanto, quer no mundo, pela obediência de fé, quer na pessoa de Cristo, uma maravilhosa mudança se operou, pois ele foi exaltado do execrável estado de servo à gloriosa destra do Pai, para que todo joelho se dobre diante dele.

 Aleluia!

João Calvino (1509-1564).

*Comentários, Pastorais - Edições Paracletos.

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