“NÃO VENHA EU MESMO A SER DESQUALIFICADO”
“Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão,
para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado” (1Co
9.27).
Tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a
ser desqualificado. Há quem explique estas palavras da seguinte maneira: “A fim de
que, tendo ensinado a outrem fielmente e bem, não incorra eu na condenação de
Deus por levar uma vida ruim”. Mas a leitura será melhor se se considerar esta
frase como a referir-se à sua relação com outrem, da seguinte forma: “Minha
vida deve gerar alguma sorte de exemplo para outrem. Portanto, esforço-me por
viver de tal maneira que meu caráter e conduta não conflitem com o que eu
ensino, e que, portanto, não venha eu a negligenciar as próprias coisas que
ordeno a outrem, e assim me envolva em grande infortúnio e traga graves ofensas
aos meus irmãos”. Esta frase pode também ser acrescida àquela que Paulo expressou
numa afirmação precedente, com este resultado: “Para que não venha eu a ser privado
do evangelho, do qual outros vieram a participar através do meu trabalho”.
Deus nos
abençoe!
João Calvino (1509-1564).
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