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segunda-feira, 9 de março de 2020

“Pois tu, SENHOR, abençoas o justo”

Pois tu, SENHOR, abençoas o justo
Mas regozijem-se todos os que confiam em ti; folguem de júbilo para sempre, porque tu os defendes; e em ti se gloriem os que amam o teu nome. Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da tua benevolência” (Sl 5.11,12). 

“Pois tu, SENHOR, abençoas o justo e, como escudo, o cercas da tua benevolência”. Davi confirma neste ponto a sentença conclusiva do versículo precedente, isto é, que todos os servos de Deus em geral buscarão apoio para sua fé com base no que ele experimentou, pois ele, partindo de um só exemplo, poderia moldar nosso juízo sobre a imutabilidade e perpetuidade da graça divina para com todos os santos. Também, por esse meio ele nos ensina que não existe alegria genuína e eficaz senão aquela que nasce do senso do amor paternal de Deus.

A palavra abençoar, quando falamos dela como um ato humano, significa desejar felicidade e prosperidade a alguém e orar por ele; quando, porém, é expressa como um ato divino, significa o mesmo que fazer uma pessoa prosperar, ou enriquecê-la abundantemente com todas as coisas boas; porque, visto que o favor de Deus é eficaz, sua bênção, por natureza, produz em abundância tudo quanto é bom.

O título justo não se restringe a uma pessoa em particular, mas significa todos os servos de Deus em geral. Aqueles, contudo, que na Escritura são chamados justos, não são assim chamados em razão do mérito de seus feitos, mas porque têm fome e sede de justiça; pois, como Deus os tem recebido em seu favor, não lhes imputando seus pecados, ele aceita seus sinceros esforços como perfeita justiça.

O que se segue tem a mesma importância que a cláusula precedente: Tu os premiarás com teu gracioso favor, ou, melhor, como com um escudo. O que Davi quer dizer é o seguinte: o fiel será completamente defendido de todos os lados, visto que Deus, de forma alguma, os privará de sua graça, a qual é para eles uma fortaleza inexpugnável, e a mantém em perfeita segurança. O verbo premiar, que o salmista emprega, às vezes denota ornamento ou glória, mas, visto que aí se adiciona a similitude de um escudo, não tenho dúvida de que ele o usa metaforicamente no sentido de fortificar ou cercar. O significado, pois, é que, por maiores e variados sejam os perigos que cercam os justos, não obstante eles escaparão e se salvarão, porque Deus lhes é favorável.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Comentário do Livro dos Salmos, Edições Paracletos.

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-8375

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