"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

“FOI TRANSFIGURADO DIANTE DELES”


“FOI TRANSFIGURADO DIANTE DELES”

"Seis dias depois, tomou Jesus consigo a Pedro e aos irmãos Tiago e João e os levou, em particular, a um alto monte. E foi transfigurado diante deles; o seu rosto resplandecia como o sol, e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz" (Mt 17.1,2).

Estes versículos narram um dos mais notáveis acontecimentos ocorridos durante o ministério terreno de nosso Senhor Jesus - aquele comumente chamado de “a transfiguração”. A ordem em que esse incidente ficou registrado é bela e instrutiva. A última porção do capítulo anterior mostra-nos a cruz, que já surge no horizonte. Aqui, porém, somos graciosamente brindados com a visão de algo sobre a nossa recompensa vindoura. Os corações dos discípulos, que há pouco tempo haviam sido profundamente entristecidos diante da clara afirmação feita por Cristo, acerca dos seus sofrimentos, logo em seguida foram alegrados pela visão da glória de Jesus Cristo. Devemos salientar esse ponto. Nós perdemos muito, quando ignoramos a conexão existente entre um capítulo e outro da Palavra de Deus.

Sem dúvida alguma, existem mistérios dentro da visão aqui descrita. Porém, é forçoso que assim aconteça. Afinal, ainda estamos no corpo físico. Os nossos sentidos estão voltados para as coisas materiais deste mundo. As nossas ideias e a nossa percepção sobre corpos glorificados e sobre santos mortos, são necessariamente, vagas e imprecisas. Por conseguinte, contentemo-nos em assimilar as lições práticas que a transfiguração de Jesus tenciona ensinar-nos.

Notamos uma notável demonstração da glória com que Cristo e o seu povo aparecerão, quando Ele vier pela segunda vez. Não se pode tolerar qualquer dúvida de que esse foi um dos principais objetivos dessa admirável visão. O propósito da mesma era encorajar aos discípulos, conferindo-lhes um vislumbre das coisas boas que ainda teriam lugar. Aquele rosto que “resplandecia como o sol”, e aquelas vestes que se tornaram “brancas como a luz” tiveram a finalidade de proporcionar aos discípulos alguma ideia da majestade com que o Senhor Jesus aparecerá neste mundo quando vier, pela segunda vez, juntamente com todos os seus santos. Por assim dizer, um pouco do véu foi erguido, a fim de mostrar aos discípulos a verdadeira dignidade do seu Senhor e Mestre. Foi dessa maneira que eles puderam entender que se Jesus não havia aparecido neste mundo com a figura majestosa de um monarca, isso era devido tão-somente ao fato que o tempo dEle vestir seus trajes reais ainda hão havia chegado. É impossível a gente extrair qualquer outra conclusão, se levarmos em conta a linguagem empregada pelo apóstolo Pedro, quando escreveu sobre o assunto. Referindo-se claramente à transfiguração, escreveu: “... nós mesmos fomos testemunhas oculares da sua majestade” (2Pe 1.16).

Para nós convém que a vindoura glória de Cristo e do seu povo seja profundamente impressa sobre as nossas mentes. Inclinando-nos, mui tristemente, por esquecer-nos disso. Há poucas indicações visíveis dessa glória, no mundo presente. Porquanto ainda não vemos que todas as coisas estão posta sob os pés de nosso Senhor. Por toda a parte abundam o pecado, a incredulidade e a superstição. Na prática, milhares estão dizendo: “Não queremos que este [Jesus] reine sobre nós” (Lc 19.14). E também ainda não se manifestou como se tornarão as pessoas que fazem parte do povo de Cristo. Suas cruzes, suas tribulações, suas debilidades e seus conflitos, tudo isso nos é perfeitamente evidente. Entretanto, há mui escassos sinais da futura recompensa deles. Cuidemos, portanto, em não permitir que nos surjam dúvidas quanto a essa particularidade. Silenciemos essas dúvidas, em nossos corações, lendo outra vez o relato da transfiguração de Jesus Cristo (Mt 17.1-13; Mc 9.2-8; Lc 9.28-36). Para Jesus e para todos quantos nEle confiam está reservada a glória tão intensa como o coração humano não é capaz de conceber. E não somente essa glória nos foi prometida, como também conta com o testemunho de três competentes testemunhas. Uma dessas testemunhas deixou registrado por escrito: “... e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai” (Jo 1.14). Por certo, bem podemos acreditar naquilo que foi visto por elas.

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário. 

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