"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



terça-feira, 21 de outubro de 2025

“COMPADECE-TE DE MIM, Ó SENHOR,


“COMPADECE-TE DE MIM, Ó SENHOR,

“Compadece-te de mim, ó SENHOR, pois a ti clamo de contínuo” (Sl 86.3).

O salmista novamente recorre à misericórdia de Deus. A palavra a qual traduzi, substancialmente é o mesmo que satisfazer, ter prazer. É como se ele dissesse: não me escudo em meu próprio mérito, mas humildemente oro por livramento unicamente com base em tua misericórdia. Quando fala de clamar diariamente, é uma prova de sua esperança e confiança, do que falamos um pouco antes. O verbo clamar, como tenho tido ocasião de observar várias vezes, denota a veemência e o ardor da alma. Os santos, aliás, nem sempre oram em voz audível; porém seus suspiros e gemidos secretos ressoam e ecoam fora e sobem de seus corações, penetrando o próprio céu. O suplicante inspirado não só se representa como a clamar, mas como a perseverar nessa atitude, para ensinar-nos que não estava desencorajado no primeiro ou no segundo encontro, mas prosseguia em oração com incansável ardor. No versículo seguinte, ele expressa mais definidamente por que suplicava a Deus que tivesse misericórdia dele, ou, seja: para que sua angústia fosse removida. Na segunda sentença, ele declara que não havia hipocrisia em seu clamor; porque ele elevou sua alma a Deus, que é a principal característica da oração correta. “Alegra a alma do teu servo, porque a ti, SENHOR, elevo a minha alma”.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil - Curitiba(PR).

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