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quarta-feira, 20 de março de 2024

“SEMELHANTES NA MORTE E NA RESSURREIÇÃO”


“SEMELHANTES NA MORTE E NA RESSURREIÇÃO”

“Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição” (Rm 6.5).

O apóstolo Paulo confirma o argumento que previamente apresentara, fazendo uso de expressões mais claras. A comparação que introduz remove toda e qualquer ambiguidade, visto que o nosso enxerto significa não só nossa conformidade com o exemplo de Cristo, mas também com a união secreta, por meio da qual crescemos unidos a ele, de tal forma que nos revitaliza pela instrumentalidade de seu Espírito e transfere para nós o seu poder. Portanto, assim como o elemento exertante tem a mesma vida ou morte do ramo no qual é enxertado, também é razoável que sejamos plenamente participantes tanto da vida quanto da morte de Cristo. Se formos enxertados na semelhança da morte de Cristo, visto que sua morte é inseparável de sua ressurreição, então à nossa morte seguirá a nossa ressurreição.

Crisóstomo (407d.C) sustenta que, pela expressão “em semelhança de homem” [Fp 2.7) ele quer dizer “sendo feito homem. Parece-me, contudo, que existe na expressão mais importância do que simplesmente isto. Além de referir-se à ressurreição, parece achar-se implícita a ideia de que não passaremos pela morte natural à semelhança de Cristo, mas que existe esta similitude entre a nossa morte e a dele - assim como Cristo morreu na carne que recebera de nós, também morremos em nós mesmos, a fim de que possamos viver nele. Nossa morte, pois, não é a mesma [morte] de Cristo, senão que é semelhante à dele, pois devemos notar a analogia entre a morte nesta presente vida e a nossa renovação espiritual.

“Fomos unidos”. Esta palavra [unidos ou exertados] leva grande ênfase, e revela que Paulo não nos está exortando, e, sim, ensinando acerca do benefício que derivamos de Cristo. Ele desejava simplesmente realçar a eficácia da morte de Cristo, a qual minifestou-se na destruição de nossa carne, e também a eficácia de sua ressureição que nos renova interiormente segundo a natureza superior do Espírito.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário. 

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