“CADA ÁRVORE É CONHECIDA PELO SEU PRÓPRIO FRUTO”
“Porquanto cada árvore
é conhecida pelo seu próprio fruto. Porque não se colhem figos de espinheiros,
nem dos abrolhos se vindimam uvas. O homem bom do bom tesouro do coração tira o bem, e o mau do mau tesouro
tira o mal; porque a boca fala do que está cheio o coração” (Lc 6.44,45).
Destes versículos
podemos aprender que existe apenas um teste satisfatório para julgarmos o
caráter da vida espiritual de uma pessoa. Este teste é seu comportamento e
conversa.
As palavras de nosso
Senhor Jesus sobre este assunto são claras e inconfundíveis. Ele utilizou a
ilustração de uma árvore e estabeleceu um princípio universal: “Cada árvore é
conhecida pelo seu próprio fruto”. Mas Ele não parou por aí. Prosseguiu mostrando
que a conversa de um homem revela o estado de seu coração: “A boca fala do que
está cheio o coração”. Estas duas afirmativas são profundamente importantes. Ambas
precisam ser guardadas entre as principais máximas de nosso cristianismo
prático.
Este deve ser um firme
princípio de nosso cristianismo: quando uma pessoa não apresenta o fruto do
Espírito, ela não possui o Espírito Santo em seu coração. Resistamos,
considerando-a um erro fatal, à ideia de que todas as pessoas batizadas são
nascidas de novo, e que todos os membros da igreja têm o Espírito Santo. Uma
simples pergunta deve ser nosso critério: que fruto esta pessoa está
demonstrando? Ela abomina as obras da carne? Ela se arrependeu de seus pecados?
De todo o coração, ela crê em Jesus Cristo? Ela vive em santidade, vencendo o
mundo? Quando estes
frutos estão ausentes, não podemos afirmar que alguém possui o Espírito de
Deus em seu coração.
Também este deve ser um
firme princípio de nosso cristianismo: quando a conversa geral de uma pessoa é
ímpia, o seu coração está destituído da graça divina e ainda não se converteu
ao Senhor Jesus. Não devemos aceitar a ideia habitual de que não podemos
conhecer o coração dos outros e de que, embora os homens estejam vivendo de
maneira pecaminosa, em seu íntimo possuem bons corações. Tal ideia é contrária
ao ensino de nosso Senhor. A maior parte da conversa de uma pessoa é mundana,
carnal, contrária às coisas espirituais, ímpia e profana? Então reconheçamos
que esse é o estado de seu coração.
Terminemos esta palavra
com uma auto-inquirição, utilizando-a para julgar nosso próprio estado diante
de Deus. Que frutos estamos apresentando em nossas vidas? São do Espírito de
Deus, ou não? Que tipo de evidência nossas conversas fornecem quanto ao estado
de nosso coração? Falamos como pessoas cujos corações são retos diante de Deus?
Não podemos esquivar-nos do ensino apresentando por nosso Mestre e Senhor: a
conduta é o grande teste do caráter e as palavras são uma grande evidência do
estado de nosso coração.
Deus nos abençoe!
J.C.Ryle (1816-1900).
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